Nenhum bebezinho vai nascer mais no hospital de Camboriú. Desde sexta-feira passada, as grávidas da Capital da Pedra que tão na hora de dar à luz têm que procurar atendimento médico nos hospitais das citys da região. Depois de suspender o serviço da maternidade no período noturno, agora o centro obstétrico da fundação Hospitalar de Camboriú (FHC) fechou de vez.
O comunicado foi feito na semana passada porque o médico pediatra pediu pra sair e, sem ele, não há como fazer partos ou cesáreas pelo sistema Único de Saúde (SUS). Por isso os serviços obstétricos ...
O comunicado foi feito na semana passada porque o médico pediatra pediu pra sair e, sem ele, não há como fazer partos ou cesáreas pelo sistema Único de Saúde (SUS). Por isso os serviços obstétricos, sala de parto e plantão tão suspensos por tempo indeterminado.
Em julho deste ano, assim que a prefa assumiu o pronto-atendimento do hospital, o atendimento às gestantes foi limitado ao período diurno. Ou seja, das 19h às 7h não poderiam nascer bebês em Cambu. A brecada rolou porque os médicos queriam receber o sobreaviso, um valor referente ao plantão mesmo estando em casa, mas o município alegou não ter grana pra pagar. Seriam R$ 66 mil por mês só pra pagar os médicos obstetra, pediatra e anestesista pra ficarem de sobreaviso, diz a secretária de Saúde da Capital da Pedra, Márcia Regina Oliveira Freitag.
Dessa vez quem deixou o hospital foi o pediatra, que largou o serviço no dia 20. A abobrona explica que sem o especialista não é possível fazer partos na unidade, pois a criança precisa ser avaliada assim que sai da barriga da mamãe.
Embora o pediatra seja um dos profissionais mais escassos do ramo médico, Márcia garante que tá se mexendo pra solucionar o problema e normalizar o atendimento.
Marieta não vai atender
Enquanto isso, as gestantes que têm consulta marcada no hospital serão reavaliadas e encaminhadas ao Ruth Cardoso ou ao Marieta.
Acaba sempre sobrando pra nós, afirma a diretora do hospital do Balneário Camboriú, Leila Chaves Cabral. Segundo ela, o atendimento tá rolando normalmente, pois antes desse perrengue já havia atendimentos de pacientes de Cambu.
O problema é que em Camboriú eles simplesmente dizem que tão sem médico e não vão mais atender, e nós é que temos que arcar com a demanda. O Ministério Público devia impor ao hospital a contratação de um pediatra, mas em Camboriú não é assim, reclama. Mesmo com a maternidade cheia, o hospital da Maravilha do Atlântico vai atender a mulherada.
Em Itajaí, o hospital Marieta já comunicou à promotoria pública que não tem condições de assumir essa demanda. A unidade informa que são atendidos cerca de 10 partos por dia, número que estaria acima da capacidade do hospital. O perrengue maior, segundo o Marieta, não seriam nem os partos, mas as avaliações das grávidas a partir do pronto-socorro.