Itajaí

Univali só cai pra Metodista na liga Nacional

Os dois líderes fecharam o turno do Grupo B na noite de sábado, no ginásio da Barra, na Maravilha do Atlântico

Por Adriano Assis

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adriano@diarinho.com.br

Duas vitórias em dois jogos. Foi assim que as equipes Aceu/Univali/FME Balneário e Metodista/São Bernardo/Besni (atual tri-vice campeão) entraram em quadra na noite de sábado para fechar o primeiro turno da chave B da liga Nacional Masculina de Handebol. Toda a fase, que começou na quinta-feira, rolou no ginásio Multieventos Hamilton Linhares Cruz, o popular ginásio da Barra, na Maravilha do Atlântico. Mas só a equipe paulista saiu de quadra ainda invicta, vitória de 33 a 26.

A semana da equipe da casa começou com vitórias por 31 a 19 contra FME Campos/Goytacaz e 28 a 16 contra Unicep/AHB/São Carlos. E o início de jogo de sábado deu a impressão de que nem a favorita Metodista ia segurar a turma da Univali, que pelo primeiro ano representa Balneário Camboriú (já foi de Itajaí e Itapema). Logo nos minutos iniciais, 3 a 0 no placar. A conta já tinha sido feita pelo técnico Drean Dutra. “Se ganharmos, estamos entre os quatro. Se perdemos, vamos precisar vencer uma na próxima fase”. A equipe paulista começou a reagir, mas ainda sim a liderança era catarina. Foi desta forma até os 21 minutos do primeiro tempo, quando um erro de passe deu origem ao contra-ataque da Metodista, que empatou a partida em 9 a 9. Foi pedido tempo técnico. Mais um contra-ataque e mais um gol do time adversário, virada para 10 a 9. Ramon Oliveira empatou a partida na sequência.

No lance mais polêmico do primeira tempo, José Guilherme, que disputou o Mundial Júnior pela seleção brazuca, puxava contra-ataque até ser parado por falta dura de Henrique Teixeira. Cartão vermelho para o atleta da Metodista e atendimento para o catarina. Ainda sobrou um cartão amarelo ao técnico Drean, por reclamação. A vontade e a velocidade da equipe da Univali começaram a parar na forte defesa da Metodista, que encaixava bons contra-ataques O primeiro tempo terminou em 15 a 12 para os paulistas.

O intervalo fez bem para equipe adversária. Rapidamente, a Metodosta abriu seis pontos até o primeiro pedido de tempo (20 a 14). Durante a etapa, a equipe foi mantendo a vantagem de seis a quatro pontos, mesmo quando passou dois minutos jogando com um homem a mais. Para segurar a equipe da casa, os paulistas também aproveitavam a maior estatura e abusaram de fazer falas. Mas funcionou bem, e venceram de 33 a 26. Allan Hoffman, da Univali, foi o artilheiro da partida com 13 gols.

“Três vitórias em três jogos: era esse o objetivo”, afirma o técnico da Metodista, José Ronaldo, o SB. “Sabíamos que íamos encontrar dificuldade, principalmente contra Balneário Camboriú, mas a força da nossa defesa e a experiência da nossa equipe foram fundamentais”, comemorou. SB também não poupou elogios ao adversário. “A equipe do Drean é uma equipe que vem evoluindo e vai crescer ainda durante essa competição”, arrisca. Mesmo com a derrota, o objetivo da equipe do Balneário segue o mesmo. “Chegar entre os quatro”, avisa o treinador.

O regulamento

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Na primeira fase, as equipes jogam entre si dentro de seus grupos. A chave A, formado pelo atual tricampeão Esporte Clube Pinheiros, o também paulista TCC/Unitau/Unimed/Tarumã/Taubaté, os paranaenses da Unimed/UEM/Maringá e Juiz de Fora, da Terra do Pão de Queijo, jogam entre os dias 2 e 4 de outubro, em Taubaté. Na segunda fase, as equipes de um grupo jogam contra as equipes do outro grupo, em data ainda a ser definida. As melhores equipes na soma das duas fases passam para as semifinais.

Familiares eram maioria nas arquibancadas

Mesmo se tratando de uma partida de liga Nacional, o ginásio da Barra estava longe de estar lotado. Cerca de 150 pessoas acompanharam a partida entre Univali e Metodista, com torcida quase toda para equipe da Maravilha do Atlântico. Mesmo com pouca gente, a turma fez barulho. Os torcedores vibravam a cada gol do time da casa, defesa do goleiro ou ataque mandado para fora da equipe adversária. Aplaudiram o time antes e depois do jogo. E, quando a situação estava difícil, sempre tinha alguém para puxar o coro de: “Balneário!” ou “Univali êôôõ”.

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Em sua maioria, a torcida era formada por amigos e familiares da turma que estava em casa. Caso de Teresinha Marafon, mãe de Fabiano, da Univali. Foi a estreia do filho e seu amigo Anderson, o Alemão, na equipe do litoral. Eles são de Videira. Ela aproveitou que a família tem apartamento em Itapema para cruzar os 350km que separam as duas cidades e ver, ao lado do neto Gabriel, 12 anos, o filho jogar. “Ele joga desde os 14 anos, já foi convocado para seleção brasileira. Mas não é sempre que eu o vejo jogar”, confessa. Apesar de torcer por Fabiano algumas vezes, hoje ele acompanha a partida mais calma. “No começo, eu ficava muito nervosa, principalmente se ele se machucava”, relembra.

Quem também foi em família para o ginásio foi o peixeiro Eden Rodrigues, 50 anos. Mas ele não é pai de ninguém que estava em quadra não. Foi convencido a ir ao jogo com a esposa e os dois filhos, pelo filho mais velho, Eduardo, 15 anos. “Ele joga handebol na equipe da fundação de Esportes de Itajaí e quis ver esse jogo porque tem duas equipes importantes. Vamos ver se elas são isso tudo”, comentou Eden. Se ainda não tinha formado uma opinião entre as equipes em quadra, já dava para definir o ginásio. “Nosso prefeito de Itajaí poderia colocar cadeiras que nem essas nos ginásio. Tem que levar uma almofada para não sair de lá congelado”, brinca. O peixeiro ainda aproveitou a oportunidade para reclamar da pouca visibilidade que o handebol tem no país. “Dão mais espaço ao futebol e ao vôlei. O handebol é um esporte ainda pouco divulgado”, avalia.

Estilos diferentes à beira da quadra

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Não era só dentro de quadra que as duas equipes eram diferentes. Na beira, também. SB era mais contido, olhava bastante o jogo, conversava mais de perto com os atletas. Alterou-se mais na etapa final, com algumas marcações da arbitragem, principalmente de faltas de defesa.

Drean não. O treinador andava muito de um lado para o outro, falava o tempo todo com grupo e só quando era para passar alguma estratégia ou forma de marcação diferente fazia isso de forma mais discreta. Fora isso, gesticulava o tempo inteiro. Vibrava muito com os gols e berrava quando a equipe errava. É claro que a arbitragem também sofreu com ele

Os dois foram atletas antes de se tornarem treinadores. SB está no quinto ano como técnico, mas tem 14 anos de equipe. Outra semelhança é que a turma vem segurando seu grupo. “A equipe é praticamente a mesma do ano passado. Temos agora a volta do Diogo e do Japonês que voltaram de lesões graves, mas mexemos pouco”, conta o técnico da Metodista. Já a equipe da Univali trouxe o juvenil Iago e dois atletas de Videira (Fabiano e Alemão), o restante é o mesmo grupo. “Tem moleque que treina comigo desde os 11 anos. De três anos pra cá mesmo não mudou praticamente nada”.

A estrutura e a idade são as principais diferenças entre as duas equipes. “Os moleques trabalham o dia todo, estudam à noite e depois vão para o treino”, explica Drean, que comanda três treinos durante a semana, das 22h30 à meia-noite fazendo um treino no sábado. A Univali garante a quadra e ajuda com material, transporte, além de dar bolsas e monitorias para alguns atletas. Já a fundação Municipal de Esporte cede alguns funcionários, ginásio para alguns torneios entre outros apoios. “A gente entrou no meio do ano, então não fazíamos parte do planejamento, mas estou feliz para caramba, pois é uma ótima oportunidade. Eu já queria há um tempo vir pra cá”, afirma Drean.



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