Delfim de Pádua Peixoto Neto, o Delfinzinho, botou no currículo mais uma condenação determinada pela dona justa. Ontem, a 3ª câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça manteve a indenização de R$ 15 mil em favor do jornalista e radialista Rodrigo Santos, 35 anos, agredido em 10 de julho de 2010. O assessor Especial da federação Catarinense de Futebol e filho do presidente da entidade, Delfim Pádua Peixoto Filho, não quis falar com a reportagem sobre a decisão do tribunalão.
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A canetada foi unânime. De acordo com o desembargador Marcus Tulio Sartorato, relator do recurso apresentado por Delfinzinho, a alegação do agressor, que diz ter sido difamado pelo radialista, não ...
A canetada foi unânime. De acordo com o desembargador Marcus Tulio Sartorato, relator do recurso apresentado por Delfinzinho, a alegação do agressor, que diz ter sido difamado pelo radialista, não justifica a violência da porradaria. O magistrado lembrou que, para combatê-la [a difamação], existem meios legais, diversos daquele utilizado pelo réu - o de promover justiça com as próprias mãos, publicou a assessoria de Comunicação do Tribunalão.
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A agressão aconteceu durante a transmissão da final da copa Santa Catarina de 2010, entre Joinville e Brusque, na arena Joinville. Dois minutos depois do fim da partida, quando o time visitante saiu vencedor, Delfinzinho invadiu a cabine da rádio Cidade AM e desceu a porrada no narrador do jogo. A foto do rosto ensanguentado do radialista foi estampada na capa do DIARINHO, na época.
Segundo o próprio Rodrigo, a primeira sentença contra Delfinzinho saiu em setembro do ano passado, mas o filho do chefão da federação recorreu da decisão. Não chegou a ser uma novidade para mim essa notícia, porque nós já sabíamos da decisão, afirmou Rodrigo ontem. O radialista ficou feliz com a sentença, mas garante que, três anos depois da violência sofrida, já não guarda rancores do assessor especial da FCF. Passa muita água por debaixo da ponte em três anos, né? Não é nem pelo valor, mas foi justa [a condenação], para que esse tipo de coisa não aconteça de novo, discursou o jornalista, que ainda trampa na rádio Cidade.
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O DIARINHO tentou contato com Delfinzinho ontem à tarde. A assessoria de imprensa da federação Catarinense de Futebol informou que o assessor Especial da Presidência prefere não se manifestar sobre o caso.
Hoje tem mais uma audiência para rolar
Esse não é o primeiro caso de agressão em que o filho do todo-poderoso do futebol barriga-verde é o autor. Hoje, Delfinzinho participa da primeira audiência conciliatória com o também radialista Zélio Prado.
O episódio desse caso rolou em julho deste ano, durante o jogo entre Marcílio Dias e Hercílio Luz pelo campeonato Catarinense da divisão especial. Zélio, no primeiro momento, acusou Delfinzinho de lhe ter dado um sopapo. Depois voltou atrás e disse que teria sido apenas xingado nas arquibancadas e ameaçado pelo assessor especial do presidente da federação Catarinense de Futebol.
Procurado pelo DIARINHO para comentar sobre a audiência, Zélio também preferiu não comentar o assunto. Fui orientado pelo meu advogado [Denísio Dolásio Baixo] a não falar nada antes da audiência, afirmou.
Através de sua assessoria, o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho confirmou ontem que é o defensor de Delfinzinho, mas que, até que a audiência ocorra e seu cliente autorize, não pode falar sobre o caso.
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