Testemunhas contaram aos policiais militares que atenderam a ocorrência que João Carlos andava pela rua Rodolfo da Silva Simas, no bairro Bela Vista, quando dois homens passaram de motoca e fizeram os disparos. E não foram poucos. Além dos três balaços que ficaram cravados na cabeça do pobre coitado, sete cápsulas de pistola foram encontradas ao lado do corpo.
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O serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) chegou a ser acionado, mas quando os socorristas chegaram no local, João Carlos já tinha partido desta para melhor. Testemunhas teriam contado aos tiras que o autor dos disparos seria um menor, conhecido na comunidade.
A PM também recebeu a informação que, depois do crime, o dimenor suspeito estaria na casa de um traficante, na rua Manoel Inácio Linhares. A polícia chegou a ir ao local, mas não encontrou o pivete. João Carlos tinha a ficha limpa.
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O delegado Osnei Valdir de Oliveira, chefão da DIC, garantiu que sua equipe já começou o trampo de investigação. Fizemos a coleta de dados e a avaliação do local do crime. Nos próximos dias, vamos começar a ouvir as pessoas, afimou.
O delegado confirmou o papo sobre um suspeito pro fuzilamento, mas disse preferir não tirar conclusões antecipadas. Não foi confirmada a procedência dessa afirmação, argumentou.
Para delegado de Camboriú,
Para delegado de Camboriú, morte tem a ver com o tráfico
O delegado Rodrigo Coronha, da depê de Camboriú, acredita que o homicídio tenha relação com o tráfico, como a grande maioria dos crimes. Dos 19 assassinatos que rolaram neste ano na Capital da Pedra, 16 foram contra homens. Cinco deles eram adolescentes. A maioria dos crimes está sendo investigada pela DIC.
Pelo menos 10 dos homicídios deste ano rolaram no distrito de Monte Alegre. De acordo com o delegado Coronha, é nos bairros Monte Alegre e Tabuleiro e também no loteamento Conde Vila Verde, que integram aquele distrito, onde se concentram a maioria dos crimes. A grande concentração de pontos de drogas é apontado pelo policial como a causa do problema. Os bairros abrigam pessoas com nível menor de instrução, portanto sujeitas de se envolverem com tráfico, opina.
Considerando que estamos no ante-penúltimo mês do ano, é provável que 2013 seja menos violento que o ano passado, quando, segundo Coronha, Camboriú registrou 42 assassinatos. Mesmo assim, a quantidade ainda assusta. Para o dotô, as estatísticas só vão mudar quando o governo sicoçar e investir mais em educação, saneamento básico e infraestrutura, que trazem mais valorização aos bairros. Trazendo mais desenvolvimento, os imóveis ficam mais caros, fazendo com que se afaste a criminalidade, acredita Coronha.
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