Os tiras da Divisão de Investigação Criminal (Dic) de Balneário Camboriú prenderam os traficantes Adriano Luiz, 33 anos, e Luciano Firmo, 41. O primeiro é apontado como um distribuidor graúdo de drogas, que abastece as bocas da região. Adriano, que usava nome falso, tem condenação por latrocínio (quando o bandido mata pra roubar) e estava fugido. Já Luciano seria o dono de uma renca de bocas de fumo em Itajaí e Tijucas, já tendo passagens pela polícia por tráfico. Na operação que resultou na prisão dos traficas, a polícia ainda apreendeu 10 quilos de maconha, mais de dois quilos de cocaína, dinheiro falso e cigarro contrabandeado.
Os dois foram apresentados à imprensa ontem, pela manhã, na sede da DIC, antes de serem levados para o presídio da Canhanduba, em Itajaí. É uma quadrilha responsável pela distribuição da drogas ...
Os dois foram apresentados à imprensa ontem, pela manhã, na sede da DIC, antes de serem levados para o presídio da Canhanduba, em Itajaí. É uma quadrilha responsável pela distribuição da drogas na região e mantenedores de alguns pontos de vendas de drogas. Com a prisão destes integrantes, acredito que a quadrilha será desmantelada, comentou o delegado Osnei Valdir de Oliveira, chefão da DIC e responsável pelas investigações.
Recebia pistola como pagamento
Depois de três meses de investigações, os policiais da DIC fizeram uma emboscada para pegar Adriano ca boca na botija. Na quinta-feira à tarde, seguiram o trafica foragido até o trevo de Brusque, na BR-101, em Itajaí, onde ele receberia o pagamento pela venda de 15 quilos de maconha, que rolou na terça-feira.
Por volta das 17h, Luciano Firmo chegou no trevo e entregou uma pistola 380 para Adriano. A arma, segundo a polícia, era o pagamento para o distribuidor. Quando os agentes da DIC deram o atraque, Adriano estava com uma carteira de motorista falsa. Ao ser desmascarado, tentou subornar os tiras com R$ 1,5 mil, o que lhe rendeu mais uma acusação.
Chegou no final de semana com carregamento de Foz do Iguaçu
Pelo que descobriram os tiras da DIC, no domingo passado Adriano chegou de Foz do Iguaçu/PR carregado de drogas. Parte da mercadoria já tinha sido distribuída. Na casa dele, na rua Petrópolis, no bairro Areias, em Camboriú, a polícia apreendeu um revólver calibre 32, quase 10 quilos de maconha, pouco mais de dois quilos de cocaína, cinco balanças digitais, cerca de 40 reais em notas falsificadas de R$ 2, além de cigarros contrabandeados. A mulher dele também foi guentada, mas liberada em seguida por falta de provas do envolvimento dela nos crimes do companheiro.
Adriano Luiz tem a ficha mais suja que pau de galinheiro. Além de ser apontado como o fornecedor dos traficantes da região, ele era foragido do presídio de Tijucas, onde cumpria pena por latrocínio, que é roubo seguido de morte. O crime foi cometido em Canelinha, em 25 de agosto de 2009, quando ele e uma companheira degolaram uma mulher para roubar o carro. Logo depois do assassinato, Adriano foi preso. Acabou condenado a 22 anos de cana dura, mas fugiu em 13 de novembro de 2009.
De acordo com o delegado Osnei Valdir, que comandou as investigações, Adriano morava há cerca de um ano e meio em Camboriú. Para driblar a polícia, usava o nome falso de Paulo Roberto França. Na Capital da Pedra. Adriano montou um esquema de distribuição de maconha e cocaína para os traficas da região.
O foragido Adriano foi enquadrado por corrupção ativa, já que tentou subornar os tiras, falsidade ideológica, tráfico de drogas, associação ao tráfico, porte ilegal de arma e contrabando. Luciano foi enquadrado por tráfico e associação ao tráfico de drogas.