Um morador da rua Érico Veríssimo, na praia dos Amores, em Balneário Camboriú, reclama que o prédio da associação de moradores do bairro tem sido frequentado por maloqueiros de plantão. A situação é complicada: fizeram um barraco na associação, está jogada às traças, debulha o leitor, que não quis se identificar. Para o reclamão a associção está sendo conivente, já que o perrengue vem rolando há meses.
O DIARINHO deu um pulo no bairro e conversou com uma vizinha, moradora há 26 anos da rua, e que também não quis se identificar. Para ela, o uso da sede da associação está passando dos limites. ...
O DIARINHO deu um pulo no bairro e conversou com uma vizinha, moradora há 26 anos da rua, e que também não quis se identificar. Para ela, o uso da sede da associação está passando dos limites. O lugar vive cheio de gente fumando maconha, bufa. O intruso na associação, segundo ela, conseguiu autorização da presidenta da entidade para cuidar do terreno. É uma pena, pois o lugar poderia ser mais bem aproveitado. Até acho que estão tentando ajeitar, mas tá difícil.
Pra meter o pau tem 100, desabafa bagrona
Há três meses no cargo de presidenta da associação de Moradores da Praia dos Amores (Ampa), Cirlene Socher tenta explicar a situação. A associação está falida, não temos recursos, contou, ao lado da tesoureira Maria do Carmo Andreola.
Segundo ela, o terreno com pista de skate, campo de futebol, parquinho de diversão e amplo espaço pra festas e churrascos, no final da Érico Veríssimo, foi doado pela prefa para a criação da associação. O espaço foi cedido em 1999, diz.
A bambambã conta que pediu autorização do procurador-adjunto da city, Bruno Campanholo, para deixar alguém morando e tomando conta do prédio da Ampa. Esse documento me dá poderes para fazer o que quiser na associação em prol da comunidade, inclusive colocar uma pessoa pra cuidar da sede, bate no peito.
Cirlene conta que, depois que começou a presidir a Ampa, as coisas melhoraram. Deu uma limpa, as pessoas não vêm mais usar drogas, melhorou muito, jura. Ela carca que está difícil tocar a associação. Pra meter o pau, tem 100. Mas essas pessoas que reclamam não vão às reuniões, garante.
Não devem nada à prefa
O procurador-chefe do reino da Dinamarca, Marcelo Freitas, esclareceu que a Ampa não deve satisfação à prefeitura. Ele explicou que Cirlene foi atrás da procuradoria porque em agosto o Cuida (órgão que toma conta de invasões e ocupações irregulares na maravilha do Atlântico) recebeu uma denúncia sobre estranhos morando na sede.
Por isso, o procurador-adjunto Bruno Campanholo emitiu uma notificação à presidenta para resolver a situação. A única satisfação deles perante a procuradoria é zelar pelo patrimônio da associação e fazer benfeitorias à comunidade, explica o dotô.