Os barcões à vela que irão disputar a regatona francesa Jacques Vabre, a partir de novembro, vão atracar num píer flutuante quando chegarem a Itajaí. Na sexta-feira passada, a superintendência do porto de Itajaí divulgou que obteve concessão da fundação Municipal do Meio Ambiente (Famai) para construir o atracadouro. O órgão ambiental peixeiro confirmou a informação.
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A concessão para a construção do píer foi emitida pela Famai em 15 de outubro. A autorização ambiental 33/2013 vale até 15 de janeiro do ano que vem. Segundo Manuel Carlos Maia de Oliveira, engenheiro ...
A concessão para a construção do píer foi emitida pela Famai em 15 de outubro. A autorização ambiental 33/2013 vale até 15 de janeiro do ano que vem. Segundo Manuel Carlos Maia de Oliveira, engenheiro da Viseu Construção Industrializada, empresa responsável pelas obras da marina e que também vai tocar a construção do píer, a estrutura é provisória.
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Vai ficar 30 dias no Saco da Fazenda. Ficará lá só durante a regata Jacques Vabre, explica o sabichão. Segundo o engenheiro, a obra começa na semana que vem e está prevista para ser concluída em 8 de novembro.
O atracadouro é preso por correntes ligadas a barras de concreto no fundo do rio, por isso, segundo Manuel, não oferece risco de impacto ambiental. Como não vai estar preso por estacas, é um projeto seguro. Mesmo assim, fizemos todo o procedimento e solicitamos autorização ambiental, explica.
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Obras seguem de vento em popa
As obras da marina do Saco da Fazenda estão a todo o vapor. De acordo com Manuel, elas estão na fase de dragagem e aterro hidráulico. Apesar da aparente tranquilidade, o empreendimento está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, que pediu a paralisação dos trampos. A justificativa é de que um baita impacto ambiental teria rolado no local, que seria área de Preservação Permanente (APP).
O Procurador da República, dotô Pedro Paulo Reinaldin, chegou a pedir a anulação da licença Ambiental Prévia (Lap) emitida pela fundação do Meio Ambiente da Santa & Bela (Fatma). O dotô garante que a vegetação no local é manguezal, mas o pessoal da Fatma pensa diferente. Em reportagem publicada pelo DIARINHO no dia 7 de setembro, o gerente de Avaliação de Impacto Ambiental do órgão ambiental, Daniel Vinícius Netto, jura de pés juntos que não. Não restam dúvidas de que aquela vegetação não é mangue. Por isso foi permitida a supressão, afirma.
Manuel acredita que a dona justa não encontrará irregularidades na obra da marina. Ainda que isso aconteça, se diz confiante. Se tiver algo para ser regularizado, o juiz vai dar um tempo. Mas estamos bastante ansiosos quanto à decisão, revela.
A Procuradoria da República de Santa Catarina informou ontem, através de nota, que ainda não há uma decisão judicial sobre a ação civil pública ajuizada pelo dotô Pedro Paulo.
A construção da marina do Saco da Fazenda está prevista para terminar no fim do ano que vem, às vésperas da segunda edição da regata Volvo Ocean Race em terras peixeiras, em 2015.
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