A morte por meningite de uma criança de apenas um ano e seis meses deixou os pais da gurizada de uma creche peixeira preocupados. O pequeno L. R. C. estava internado no hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, desde a terça-feira da semana passada, e morreu no domingo, 20. O menino passou mal em casa e foi levado pelos pais ao hospital. Segundo a vigilância epidemiológica peixeira, não há motivo para o pessoal esquentar a cuca.
O bebê frequentou regularmente a creche Professora Diva Vieira Abrantes, no loteamento Santa Regina, até terça-feira passada sem apresentar sintomas. Segundo o secretário de Educação, Edison dÁvila ...
O bebê frequentou regularmente a creche Professora Diva Vieira Abrantes, no loteamento Santa Regina, até terça-feira passada sem apresentar sintomas. Segundo o secretário de Educação, Edison dÁvila, a família entrou em contato com a escola e informou a suspeita de meningite, mas as aulas não precisaram ser interrompidas. A vigilância nos comunicou que o tipo de meningite não era contagioso e não seria preciso fazer nada na escola. A vigilância iria cumprir os protocolos, e a gente seguiu exatamente as recomendações que nos passaram, afirma.
A falta de uma ação na escola preocupou os familiares de alguns alunos da creche, que se diziam preocupados com o risco de contágio, porque a gurizada não foi medicada. Porém, o órgão responsável pelo controle da doença diz que o povão pode ficar tranquilo, pois a bactéria que causou a morte do bebê era do tipo gram-positivo, que tem menor chance de se disseminar entre as pessoas.
De acordo com a enfermeira da vigilância epidemiológica, Rachel Marchetti, já se passaram mais de cinco dias da última vez que o pequeno esteve na escola, e assim não há mais riscos de outras crianças serem contaminadas. Uma enfermeira esteve com a criança antes que ela morresse e já orientou o pessoal da creche. Esse tipo de meningite tem menor potencial de transmissão, por isso não precisou ter bloqueio vacinal [medicação]. O caso já está encerrado e não há riscos, explica.
A ocorrência da doença não é comum nas escolas da city, sendo este o primeiro caso registrado no ano.
Vacinação ajuda a prevenir
A meningite é uma infecção nas meninges, membranas que protegem o cérebro. Ela é causada principalmente por bactérias e vírus, e a maioria dos casos registrados é em crianças. Existem diferentes tipos da doença, que são classificadas de acordo com o seu causador.
A meningite viral é mais leve, e os sintomas são parecidos aos de uma gripe ou resfriado, como febre, dor de cabeça, rigidez na nuca, irritação e falta de apetite. Já a meningite bacteriana é mais grave, e pode ser transmitida pela respiração ou estar associada a alguma infecção no corpo, como a dor de ouvido, por exemplo. Nesses casos, a doença deve ser tratada imediatamente. Para algumas meningites bacterianas, são recomendadas ações de bloqueio, como a medicação de pessoas que residem com o doente ou que tiveram contato prolongado com ele.
Para evitar a infecção, é importante que os pais mantenham a carteirinha de vacinas das crianças em dia. No Brasil, a vacinação preventiva é aplicada nos bebês em três momentos: aos três meses, aos cinco e uma dose de reforço no primeiro aninho.
Cuidados como lavar as mãos antes de comer são fundamentais para a prevenção. Em caso de suspeita da doença, a criança deve ser levada imediatamente ao médico.