Um clima alegre e de muita hospitalidade marcou a sexta-feira na Vila da Regata de Le Havre. De acordo com o prefeito Edouard Philippe, a realização da competição a cada dois anos é uma forma de mudar um pouco a imagem de cidade portuária, apenas preocupada com importações e exportações, para a de um município alegre, no qual os habitantes têm prazer de morar.
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Também é uma forma de amenizar o sofrimento do passado. A cidade foi quase que completamente destruída pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial e teve de ser totalmente reconstruída. O clima ...
Também é uma forma de amenizar o sofrimento do passado. A cidade foi quase que completamente destruída pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial e teve de ser totalmente reconstruída. O clima de festa, com muita música, bandeiras coloridas e velejadores de vários países do mundo, ajuda a acrescentar um pouco de cor no outono cinzento da cidade de pouco mais de 193 mil habitantes, que espera receber mais de 300 mil pessoas até domingo.
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Na manhã de sexta-feira, Edouard Philippe recebeu a comitiva de Itajaí, chefiada pela vice-prefeita Dalva Maria Rhenius (PSD) e acompanhada pelo vereador Douglas Cristino da Silva (PSD), pelo secretário de Turismo de Itajaí, Agnaldo Hilton dos Santos e representantes de várias entidades peixeiras.
No encontro, o prefeito Edouard até arriscou umas palavras em português. Viva a amizade entre Le Havre e Itajaí, discursou. A vice-prefeita Dalva estava encantada com a hospitalidade e prometeu retribuir o carinho em Itajaí. Vejo muitas semelhanças entre as duas cidades, seja em termos do número de moradores, seja na tradição portuária que compartilhamos. Temos certeza de que a chegada em Itajaí vai ser um sucesso e que a população vai comparecer em peso, diz.
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Dalva acredita que a Jacques Vabre vai consolidar Itajaí como sede de eventos náuticos. O nome de Itajaí está sendo projetado para o mundo. Vamos trabalhar para que a regata volte para o nosso município na próxima edição e para que o resultado final faça com que Itajaí possa ter outros eventos desta natureza, acrescenta.
Após o encontro com o prefeito, a comitiva peixeira conheceu os pavilhões da regata, visitou os barcos e prestigiou os eventos culturais que acontecem diariamente, muitos deles ligados à cultura brasileira. A música não para e, apesar de não serem os franceses corajosos a ponto de dançar em público, eles fazem de tudo para que a música não pare. É que um dos compromissos da regata é com o meio-ambiente, e para ouvir música brasileira em uma das tendas, é necessário pedalar para gerar energia elétrica e dar vida às caixas de som.
Para quem quer se aventurar num barco, mas sem se molhar, é possível participar de uma regata virtual, inclusive de casa, pelo saite www.virtualregatta.com. Já são mais de oito mil inscritos que, a partir de domingo, vão ter de escolher as melhores rotas e aproveitar bem o vento pra chegar o quanto antes à nossa terrinha peixeira. Os atletas, através do computador, podem personalizar os barcos, os quais vão enfrentar os mesmos perigos e armadilhas meteorológicas que os velejadores de verdade vão passar, mas sem o risco de capotar e ficar perdido no meio do Atlântico, nas 5400 milhas que separam Le Havre de Santa Catarina.