A empresa Tridapalli, comércio e Indústria de Pescados, localizada no bairro Espinheiros, em Itajaí, foi multada na quarta-feira passada em R$ 200 mil por despejo irregular de resíduos de óleo e restos de peixe no solo, às margens do rio Itajaí-açu, sem tratamento. Esta não é a primeira vez que a firma é autuada pela fundação do Meio Ambiente (Fatma). O caso foi denunciado por um leitor ao DIARINHO, que ficou indignado com o crime ambiental.
Uma caixa de concreto serve de depósito para o material despejado às margens do rio Itajaí-açu, em meio aos arrozais. De longe, o cheiro insuportável já causa embrulho no estômago e denuncia a irregularidade ...
 
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Uma caixa de concreto serve de depósito para o material despejado às margens do rio Itajaí-açu, em meio aos arrozais. De longe, o cheiro insuportável já causa embrulho no estômago e denuncia a irregularidade. Eles vêm sempre no período da noite com um caminhão branco, que tem um tanque, tipo os caminhões limpa-fossa, diz o reclamante, que preferiu não ser identificado.
Segundo o fiscal da Fatma, Wagner Cleyton Fonseca, a fundação recebeu a denúncia na quarta-feira passada e deu um chego no lugar pra bizolhar a situação. Verifiquei que tinha óleo, por isso interditamos de novo. Eles não podem mais depositar resíduos lá, afirma o agente fiscal, que já havia autuado a empresa em setembro do ano passado e aplicado, na época, uma multa de R$ 50 mil.
Em junho deste ano, segundo Wagner, a Fatma autorizou provisoriamente a Tridapalli a testar o sistema de tratamento que eles alegavam utilizar naquela caixa de concreto às margens do rio. A fundação solicitou análise do material para comprovar o tratamento, mas a exigência não foi cumprida e a empresa foi caneteada. Wagner informou, ainda, que um procedimento foi aberto no ministério Público Federal (MPF) por conta dos crimes ambientais. O DIARINHO conversou por telefone com a administradora da Tridapalli, que se limitou a dizer que todas as adequações necessárias já haviam sido realizadas e que o problema já está resolvido.
A afirmação dela, porém, não bate com as informações fornecidas pela Fatma. Eles estão proibidos definitivamente de despejar resíduos naquele local, garantiu Wagner. Conforme explicação do fiscal, a solução para a Tridapalli seria encontrar uma empresa que pudesse fazer o tratamento adequado do material ou instalar uma estação de tratamento de esgoto seguindo as normas estabelecidas pela Fatma. Segundo Wagner, em alguns casos o solo pode ser usado como filtro, mas não é o tratamento mais adequado para o lugar onde a empresa estava realizando o despejo.