Depois de ter a prisão temporária decretada pela dona Justa, pela suspeita de ter trucidado uma velhinha e a filha dela, em Penha, na semana passada, o casal de paulistas Anderson Clayton Faria Sbruzzi, 38 anos, e Aline Aparecida Costa Terashima, a Aline Japinha, 24, não aguentou a pressão. Ontem, os dois se entregaram numa delegacia de Taubaté, no interior de São Paulo, a 700 quilômetros de onde o crime ocorreu. Angelo teria admitido que foi ele quem assassinou dona Elita Kratz, 67, e Márcia Zeferino, 46, em 6 de novembro. Hoje pela madruga, policiais civis de Penha iriam a Taubaté buscar o casal para uma reconstituição do crime.
A apresentão do casal rolou às 14h de ontem, quando o delegado Horácio Campos, da Delegacia de Investigações Gerais (Dig) de Taubaté, falava por telefone com Allan Coelho, que é o investigador responsável ...
A apresentão do casal rolou às 14h de ontem, quando o delegado Horácio Campos, da Delegacia de Investigações Gerais (Dig) de Taubaté, falava por telefone com Allan Coelho, que é o investigador responsável pela depê de Penha, o casal entrou naquela depê. O delegado informava ao tira catarinense que tinha recebido a informação de que os dois estavam lá, em Taubaté, e pedia cópia do mandado de prisão da dupla. Anderson passou a noite de ontem na cadeia de Guaratinguetá (SP) e Aline no presídio feminino de Pindamonhangaba (SP).
Antes de serem encaminhados ao sistema prisional, num trelelê informal com os tiras de São Paulo, Anderson teria admitido o crime, dizendo que tava chapadão de drogas e que rolou uma briga na casa de dona Elita. Ele garantiu que a namorada não participou dos assassinatos.
O delegado Rodolfo Farah, da depê de Balneário Piçarras, acompanhado de Allan e mais um tira, estavam ontem à noite se preparando para pegar a estrada durante a madruga e chegar em Taubaté ainda pela manhã. A previsão é de que retornem a Penha na quinta-feira. Os dois devem ficar os 30 dias da prisão temporária da depê de Penha mesmo.
De visitas passaram a assassinos
Além de checar as digitais do casal com as encontradas na casa, os tiras de Penha também querem fazer uma reconstituição do crime. Anderson e Aline Japinha, conforme a polícia paulista, não possuem antecedentes criminais.
O crime rolou na madrugada de quarta-feira da semana passada, na casa onde mãe e filha viviam, no número 1941 da rua Antônio Brigido de Souza, no Mariscal. No dia anterior ao crime, o casal tinha sido convidado a participar de um churrasco na baia das vítimas. E foram os espetos do churras que viraram a arma do crime, segundo a polícia.
Além do espeto, a polícia também investiga a possibilidade de uma faca ter sido usada. Ela foi encontrada com a lâmina retorcida. As duas mulheres estavam seminuas numa cama.
Depois de terem trucidado as vítimas, os assassinos botaram as roupas das mulheres, algumas toalhas, lençóis e até a bermuda de Anderson pra lavar. Não chegaram a tirar da máquina e foram embora, levando a carteira com documentos de Márcia. Os documentos foram encontrados por um caminhoneiro, jogados na BR-101, na sexta-feira, em Guaruva.