Os dois barcões da Mod 70 já ultrapassaram a linha do Equador, e a previsão era de passarem por Fernando de Noronha ainda nesta madrugada. A turma da Multi 50 e da IMOCA cruzou, no final da tarde, Cabo Verde, na costa africana, e os atrasados da class 40 se aproximavam da ilha da Madeira. Edmond de Rothschild e Oman Air-Mussandam, da Mod 70, devem pintar na city peixeira até segunda-feira. E quando isso acontecer, tudo estará preparado. A logística esportiva para a chegada e a saída dos veleiros da Transat Jacques Vabre estão definidas.
Thierry Vernhes, coordenador geral e diretor técnico e de logística da Regatona francesa, foi o primeiro dos cabeças do evento a pintar na Santa & Bela. Ela está comandando pessoalmente a organização ...
Thierry Vernhes, coordenador geral e diretor técnico e de logística da Regatona francesa, foi o primeiro dos cabeças do evento a pintar na Santa & Bela. Ela está comandando pessoalmente a organização. Os demais chefões, como o diretor esportivo Manfred Ramspacher e a diretora de corrida Sylvie Viant, começam a chegar a partir de hoje.
O francês entende um pouco do português, mas não se arrisca a falar. Além do idioma do país de origem, ele domina o inglês. Mas para uma melhor comunicação com a galera daqui, ele é acompanhado de perto por uma tradutora. E foi assim que ele recebeu a equipe do DIARINHO na tarde de ontem, na Vila da Regata, para contar o passo a passo da chegada dos barcões a Itajaí.
A linha de chegada vai ser a mesma da Volvo Ocean Race: a entrada do canal de acesso ao Porto, na altura do farol de Cabeçudas. Cruzando a linha, os barcões vão ser recebidos por um barco a motor. Nele estará o júri internacional, presidido por um brazuca, que vai verificar os veleiros. Se tudo estiver dentro do regulamento, ele confirma o resultado.
Depois, o veleiro baixa a vela e é acompanhado até a Vila da Regata, onde estaciona o grandalhão e corre pro pódio. Os barcos menores vão ser levados pra seus lugares nos pontões [onde tá sendo feita a Marina] e os barcos maiores [Mod 70] vão ficar onde ficaram os barcos da Volvo, diz o gringo.
Os primeiros a chegar ficam na Vila da Regata até o dia primeiro de dezembro, e a segunda turma fica até o dia 15. Durante esse período, os veleiros vão ficar abertos para a visitação do público. Os primeiros colocados de cada categoria vão receber uma bandeira amarela pra ficar em cima deles. Assim, os visitantes vão saber identificar quem foram os primeiros, diz Thierry, em francês.
E depois da Regatona?
Durante o período de estada na city peixeira, os velejadores vão conhecer a região, passear pela Vila da Regata e atender visitantes e imprensa. Se necessário, vão fazer alguns reparos nos barcos. Só há uma regata prevista para o período em Itajaí. A regata local rola no dia 30 de novembro com a saída de águas peixeiras até Balneário Piçarras. Lá, eles contornam a ilha Itacolomi e voltam à Vila.
Uma parte das equipes volta pra casa de avião e despacha o barco num cargueiro. A outra parte volta velejando mesmo. Alguns voltam de avião e contratam uma equipe pra levar o barco à vela, mas outros voltam velejando mesmo, conta o coordenador geral da Regatona.
Não há data definida ainda para a chegada do cargueiro que vai levar a tchurma de volta pra Zoropa. Assim, o pessoal que precisa deixar a Vila da Regata no dia 1° de dezembro deve ter o mastro do barco retirado e levado a um local reservado, à espera da viagem de volta.