O entra e sai de gente no prédio do fórum Universitário, na avenida Joca Brandão, centro de Itajaí, é intenso. Lá funcionam setores da prefa peixeira, o escritório Modelo de Advocacia (EMA) da Univali, além de serviços do tribunal de Justiça da Santa & Bela, como o cartório do juizado especial civil e o cartório de executivo fiscal. O prédio pertence ao TJ e tá sem manutenção há eras: a única rampa pra cadeirantes tá detonada e funcionários disseram que idosos estão com dificuldade pra chegar ao local. Na entrada, os seis degraus que dão para a porta principal não têm corrimão. Se optar seguir pela rampa, a situação piora. A estrutura em ferro virou refém do tempo: tá corroída e cheia de buracos.
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No térreo, funciona o Procon, a procuradoria, o setor de alvarás, IPTU e ISS. Quem precisa usar os serviços do EMA ou da dona justa precisa encarar 20 degraus escada acima. O prédio não tem elevador ...
No térreo, funciona o Procon, a procuradoria, o setor de alvarás, IPTU e ISS. Quem precisa usar os serviços do EMA ou da dona justa precisa encarar 20 degraus escada acima. O prédio não tem elevador ou rampa de acesso pra cadeirantes. Isso mesmo. Se um deficiente físico precisar dum serviço que só tem no segundo andar, terá que ser carregado nas costas. Além disso, os banheiros também não são adaptados aos cadeirantes.
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A Univali e a prefa estão no prédio por conta dum convênio com a dona justa, que deveria manter a casa em ordem, segundo a analista de administração do Judiciário, Arlene Rosa Pirez de Souza. Desde 2009, ela atua como responsável pelo prédio e reconhece as falhas estruturais existentes. O que as pessoas mais reclamam é da falta de elevador. A calçada na entrada, quando chove, enche de água e vira uma piscina, impossível de passar, relata.
Segundo Arlene, todos os perrengues já foram comunicados ao TJ, em Florianópolis, e engenheiros estiveram dando um confere no local. Mas, até ontem, nem sinal de melhorias. Ano passado, mandei uma solicitação pedindo a reforma. Sei que existe uma verba pra estas obras, mas, até agora, nunca apareceu, desabafa Arlene. Ciente das péssimas condições e que o prédio apresenta e o risco para o povão, principalmente para os velhinhos, Arlene encaminhou fotos dos problemas. Nem com os flagrantes alguma coisa mudou.
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Obras só em 2015
No final do ano passado, o tribunal divulgou um cronograma completo com todas as obras previstas pra readequar os prédios com um projeto de acessibilidade. De acordo com o portal de transparência do TJ, o processo em Itajaí só deve começar no próximo ano. Primeiro, a estrutura passará por uma avaliação de engenharia e só em 2015 começará o prazo pra licitação. A execução da obra está prevista pra dezembro de 2015, mas o trampo só deve acabar em março de 2016. Serão investidos R$ 71 mil no total.