Itajaí

Contra tudo e contra todos

Por Adriano Assis

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Luxo e “mordomia” são só pra alguns jogadores de futebol e, ainda sim, depois de muito tempo de estrada. Foi de uma forma dura que a molecada do futebol da Maravilha do Atlântico aprendeu isso nos jogos Abertos da Santa & Bela. Começando pela diferença de idade. Enquanto as equipes jogam com atletas de 19 anos, o time do litoral tinha muitos jovens de 17.

E essa não era a única diferença. “A maioria das cidades vem com a base dos times, Florianópolis tem atletas do Avaí e do Figueirense. Chapecó veio com a Chapecoense. Mas nós estamos com a nossa escolinha”, lembra o treinador Joel Castro Flores, bicampeão catarina (com Joinville, 1982, e Chapecoense, 1996), que ainda passou 14 anos no futebol da Arábia e, quando deixou os gramados, trabalhou na comissão técnica do Inter, que ganhou três copas São Paulo de Futebol Júnior.

No time, ninguém de fora. Todos de Balneário. “Eles moram no bairro da Barra, Municípios, Nações e outros bairros”. Por só ter gente da casa sofrem em algumas posições, como no gol, onde só escreveram um goleiro e ele ainda deu bolo. William, quarto zagueiro, vinha usando a número um. Ontem, contra Ituporanga, na última rodada da primeira fase, foi a vez do volante Badozo ficar com as luvas. Os perrengues não param por aí. Balneário não se hospedou na Terra dos Alemóns. Por decisão da fundação de Esportes, estão fazendo bate e volta, e um acidente na BR 470 fez a equipe, que chegaria com uma hora de antecedência, chegasse um pouco atrasada. Pra completar a lista, cinco boleiros não foram liberados por seus patrões e, com isso, desfalcaram a equipe. Resultado: Balneário já começou a partida com um homem a menos, em um “campo” totalmente desconhecido. “Nem no congresso técnico e nem no ofício eles informaram que os jogos seriam em grama sintética. Nunca jogamos no sintético, só em grama natural”, se queixa Joel. “A bola parece viva, corre muito”. O que não é bom pra quem joga com um a menos.

A equipe vinha de três derrotas (Florianópolis, Joinville e Chapecó), já estava eliminada, e mesmo assim foi pro jogo. O habilidoso Ale era o único à frente das duas linha de quatro. “Ele está machucado, jogando no sacrifício”, lembra o treinador. Com isso, o artilheiro Ganso foi pro meio.

O time demorou um pouco pra se encontrar na partida e só não saiu perdendo já no começo porque Badazo esticou o pé e defendeu a bola. Mas, com um chutaço de fora da área, Léo fez 1 a 0 Ituporanga, que logo ampliou com Catito. Ganso tentou diminuir arriscando de fora da área, mas a bola foi pra fora. No segundo tempo, Carioca tocou pra Ale, que matou no peito, passou pelo zagueiro e dividiu com o goleiro. A bola sobrou pra Ganso, que deu um toquinho por cobertura e diminuiu. Mas a diferença numérica voltou a pesar, e Henrique e Paraíba fecharam o placar em 4 a 1. A equipe agora se prepara para a final do campeonato da associação Catarinense das Escolinhas de Futebol (ACEF), sábado, às 10h, no estádio das Nações.

Artilheiro do time nas duas competições, o jovem Ganso vê perto do fim a sua carreira no futebol, que começou aos 10 anos. Natural de Lages, mas vivendo em Balneário desde os três anos, ele tá estourando a idade do sub-20. “Tive uma chance no futebol profissional, mas não consegui. Ainda vou tentar até o final do ano, senão é parar e procurar um emprego”, lamenta o menino, que tenta mais uma chance atrás do seu sonho.

Uma “estrangeira” que é peixeira

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Nesta edição onde a discussão sobre a importação de atletas ganhou ainda mais força, uma peixeira criada a pouco mais de 600 quilômetros de distância garantiu a primeira medalha da natação de Itajaí, no primeiro dia de disputas da modalidade nas piscinas do complexo esportivo do Sesi.

Mary (leia-se Meire) Christiane Souza nasceu no litoral catarina, mas ainda criancinha sua família se mudou pra Santos. Competir na água foi a alternativa encontrada pra enfrentar a bronquite e, aos 10 anos, lá foi ela pra natação. Passou a fazer também aquatlon e só a partir de 2000 começou a se dedicar exclusivamente às piscinas.

Especialista nas provas dos 50 e 100 metros rasos, Mary entrou na prova dos 200 metros com um objetivo diferente. “Fui pra pontuar e ajudar a equipe na somatória”, revela. Mas ela fez muito mais que isso e ganhou a medalha de prata. “Eu não ia bem assim desde que os 200 metros era minha prova principal”, comemora a peixeira.

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Atleta da Universidade de Santa Cecília (UniSanta), tradicional nos esportes aquáticos, Mary vem há três anos pra defender a cidade natal nos JASC e vê como sua principal conquista o vice no troféu Maria Lenk, uma das competições mais importantes do país.

Itajaí levou, ainda ontem, prata com Renato Flores nos 200 metros livres masculino e Francisco Reback Souza nos 200 metros peito, além do ouro no revezamento 4x100m livres masculino.

O técnico Leandro Peixoto levou à Terra dos Alemóns 16 atletas, sendo 11 homens e cinco minas. “Temos grande chances de ser os campeões no masculino. No feminino, Blumenau veio muito, muito forte, e deve levar. Os outros estão muito parelhos. Podemos ficar em segundo, mas podemos também ficar em quarto”, avalia. A natação vai até sexta-feira.

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Blumenau fica a apenas oito pontos de Itajaí

No finalzinho da noite de ontem, os alemóns levaram o título do xadrez feminino, que Itajaí não pontuou, e um terceiro lugar no masculino, onde a alemãozada foi vice e encostou de vez na city peixeira na briga pelo título geral dos jogos Abertos da Santa & Bela. Agora, a diferença que já foi de 49 pontos, caiu pra oito (190 a 182). Hoje a pontuação não deve mexer. Só termina o handebol masculino, onde os dois estão fora, e o tiro armas longes, onde Blumenau dificilmente pontua. A briga pelo caneco vai pegar fogo na sexta-feira e no sábado, quando a competição chega ao fim.

O principal título da peixeirada ontem veio no atletismo masculino, onde bateram os donos da casa. No feminino, Blumenau ficou em terceiro e Itajaí em quinto. Bronze também pra Terra dos Alemóns no bolão 23 masculino, que a city peixeira não pontuou. E o grande clássico do dia ficou na bocha feminina, onde as cidades se enfrentaram na final: melhor para os donos da casa. Há 19 troféus ainda em disputa. Modalidades onde os dois disputam como natação, ciclismo, handebol feminino e vôlei masculino podem fazer a diferença.

A Maravilha do Atlântico não tem nada a ver com a briga na classificação geral. Mas a sua modalidade principal, o handebol masculino, tá perto do título. A Aceu/Univali/FME bateu Joaçaba por 32 a 26 e tá na final. Hoje às 20h, enfrenta Videira ou Caçador, que se enfrentaram ontem em jogo não terminado até o fechamento da edição.



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