Itajaí

Tensão e drama

Natana Caurio se emocionou, ao vencer a favorita Maristela Mulaski no taekwondo

Por Adriano Assis

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Uma luta tensa entre a peixeira Natana Caurio e Maristela Mulaski, da Terra dos Alemóns, abriu as disputas do taekwondo na tarde desta sexta-feira na sociedade Ipiranga, em Blumenau. As duas fizeram a semifinal da categoria até 68 quilos. A lutadora de Itajaí, de apenas 16 anos, fazia sua estreia em Jogos Abertos e encarava a favorita.

Depois de um primeiro round sem pontos pra ninguém, o segundo foi mais quente. Numa troca de chutes, o joelho de Maristela pegou na virilha de Natana, que desabou e precisou de atendimento médico. Depois de uns minutinhos, ela estava recuperada e foi pra luta. Tomou um golpe certeiro que deu ponto pra alemoa, mas antes do fim ela empatou o duelo e levou pro golden point.

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Ninguém quis se arriscar, e o round decisivo começou com muito estudo e pouca ação. Mais perto do fim, não teve jeito, era hora do tudo ou nada. Natana acertou a cabeça da adversária e tomou um chute no peito. Na contagem, só entrou o golpe da atleta da casa e a peixeirada berrou muito do lado de fora. Maristela começava a comemorar quando o árbitro central sinalizou que iria consultar os outros árbitros.

Lutadores e técnicos nervosos, torcida apreensiva, juízes conversando, verificado sistemas e anotações. Depois viram a filmagem e voltaram a debater. Pouco mais de cinco minuto depois da paralisação do combate, veio o veredito: Natana acertou o golpe primeiro e venceu a luta. “Deu muito nervosismo enquanto eles decidiam, mas o que é meu, ninguém tira”, comemorou a peixeirinha que foi às lágrimas. “Eu sabia que ia ganhar desde que eu comecei a treinar pra vencê-la. Treinei muito”, lascou.

Natana é uma das pratas da casa, como praticamente toda a equipe. “Nosso orgulho é saber que esses nossos atletas vieram da nossa escolinha e do projeto social Mil e Uma Formas de Educar”, comenta o mestre Lenoir de Oliveira.

Não era só os peixeiros que estavam com lutadores vindo de projetos sociais. Navegantes levou cinco homens e quatro minas à disputa, sob o comando de André Ribas. “É a nossa primeira participação nos JASC nos últimos cinco anos”, contabiliza Gerson Fagundes, presidente da fundação de Esportes. Além do taekwondo, a turma veio com o atletismo. Só dois recebem bolsa atleta.

Um dos meninos vindos da escolinha é Lucas Melo de Andrade, 17 anos. As lutas não estavam no plano dele quando mais novo. “Comecei a praticar o taekwondo porque minha mãe me obrigou”, riu ao lembrar. Ele gostou e tá se dando bem. Estava na semifinal da categoria até 72 quilos e dia 14 faz o exame de graduação pra virar faixa preta. Foi por acaso, também, que Beatriz Macedo, 16, começou nas artes marciais. Decidiu aceitar o convite da amiga e fazer companhia nos treinos. A amiga depois parou, mas ela gostou e continuou na modalidade. “Vai fazer três anos isso”, diz. São os primeiros JASC pros dois.

Pagodeiro faixa vermelha

Um dos mais experientes da equipe dengo-dengo é Leandro Leonardo, 25, faixa vermelha da categoria até 82 quilos. O percursionista carioca veio pra Santa & Bela por causa do pagode. Decidiu fixar residência em Navega city e hoje toca no grupo Sem Abuso. Mas a paixão pela modalidade já vem de antes. “Comecei aos 16 anos, lá no Rio”. A agenda do grupo foi gentil no último mês, com poucos shows mais longe, e Leandro pôde se preparar bem para a competição. Mas quando a agenda não bate, aí não tem jeito. “O taekwondo acaba ficando meio de lado. A música é meu sustento”.

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Resultados

No fim, Itajaí quase trouxe pra casa o título no masculino. Ficou em segundo, atrás de Floripa. Já Navegantes ficou em 5º. No feminino, ouro pra Chapecó, prata pra Blumenau e bronze pra Itajaí. Balneário Camboriú ficou em 6º.

Itajaí cai na semi do handebol feminino com gol no último minuto

A vaga na final do handebol feminino ficou muito perto da peixeirada. A equipe de Itajaí chegou a estar vencendo a colonada de Concórdia, atual campeã da liga Nacional, mas com um gol faltando 30 segundos para o fim, as favoritas jogaram a turma do litoral pra disputa do bronze, às 15h deste sábado, contra quem perdeu de Blumenau e Videira, não encerrado até o fechamento da edição.

Depois de uma boa campanha, a equipe chegou na semi contra as favoritas ao título e não se intimidou. Abriu 3 a 1. A colonada virou o jogo, e Itajaí empatou. Foi assim até o final do primeiro tempo, que terminou em 9 a 8 pra Concórdia.

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No início da etapa final, as colonas dispararam e abriram 15 a 10, mas na sequência ficou 16 a 14. Até que Itajaí virou pra 18 a 17, faltando quatro minutos para o fim. Quando faltavam 30 segundos e estava 19 a 19, o técnico peixeiro Norton Cordini pediu tempo. A estratégia era que duas jogadoras fizessem marcação mina a mina com as ponteiras pra elas não avançarem, enquanto as demais faziam a barreira na linha dos sete metros. Ainda assim, Concórdia fez mais um gol. O cronômetro voava para os 30 minutos, quando o ataque de Itajaí achou um espaço, mas parou na defesaça da goleira adversária. Era o fim do sonho peixeiro.

Itajaí bate Blumenau no futsal, vai pra final e evita título antecipado

A disputa pelo título geral dos JASC não terminou. Quem evitou o título antecipado dos alemóns foi o futsal masculino da city peixeira, que venceu os donos da casa por 2 a 1 na semifinal em jogo que só terminou às 23h desta sexta-feira. A peixeirada ainda pode chegar a 280 pontos se vencer tudo que tiver pra disputar no último dia dos Jogos. Os alemóns fazem no mínimo 276 e, por isso, as chances de títulos são pequenas. Mas existem. Com o resultado, além de ainda ter chance de ser campeão geral, Itajaí volta à divisão especial da modalidade e faz a final contra Chapecó, às 12h30 deste sábado, no Galegão.

O jogo foi tenso desde o início. Não tinha quatro minutos e Ale (Itajaí) e Vinícius (Blumenau) já se encaravam. Os donos da casa saíram na frente, mas a peixarada empatou em seguida. No segundo tempo, tensão total até o final. Faltando 1min30, Willian dividiu com o goleiro e tocou pro fundo do gol pra garantir Itajaí na final.

A estranha tabela no tênis de mesa

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A equipe de tênis de mesa da city peixeira segue na briga pra repetir o feito do ano passado, de faturar os dois naipes da modalidade. Mas uma coincidência estranha tem incomodado o técnico Edson Silva, o Cebola. “Como pode os dois finalistas do ano passado e líderes este ano em seus grupos se cruzarem na semifinal?”, questiona o peixeiro. Ele fez a mesma pergunta pra Fesporte, e a resposta foi que os cruzamentos são definidos pelo posicionamento nas chaves. Como os dois foram os primeiros, continua estranho.

Durante as disputas da tarde de ontem, Cebola se negava a fazer uma estimativa ou um chute de como ficaria Itajaí na classificação final da modalidade. “É uma disputa muito cansativa, muito pesada, e tem um nível muito alto. Pode acontecer muita coisa”, alega. O treinador garante que o tênis de mesa dos JASC não perde em nada pros jogos de Sampa.

Perguntado sobre a presença do atleta olímpico Thiago Monteiro e da chinesa Wong Fu, Cebola se virou pra arquibancada e começou a apontar os atletas que estão na seleção brazuca ou já passaram por ela e que estão na disputa. Chegou em 14, contando Thiago, Fu e Gustavo, que estão por Itajaí. “Quem trouxe gente de fora? Itajaí, Concórdia, Criciúma, Florianópolis, Blumenau, Chapecó e Joçaba”, contabiliza.

Para o treinador, esses atletas melhoram o nível da competição e fazem a disputa ficar mais acirrada. “Isso sempre teve. Até 2010, nós só jogamos com atletas da casa. Ficamos em sétimo, oitavo, nono, e aí pegamos a classificação e vimos que só ficávamos atrás de quem contratava”, jura Cebola.

Mas quem mais defendeu as contratações foi o mesatenista Thiago Monteiro, da seleção brazuca. “Graças aos JASC, a gente pode viver do esporte. Ele já é uma competição importante no calendário dos atletas”. Esta já é a terceira edição dos JASC dele, a segunda por Itajaí. Antes, defendeu Concórdia. Thiago garante que, ao vestir a camisa de uma cidade, o atleta se sente parte da equipe e tem a mesma vontade de ganhar do que os pratas da casa.

Um dos principais atletas do país na modalidade, Thiago se mudou pra França há 10 anos. “Pra treinar numa estrutura melhor e ficar mais perto das etapas internacionais”, explica o cearense, que disputa cerca de seis etapas gringas por ano. Mas, de vez em quando, ele tá por aqui. Na conta de Cebola, Thiago passou pela city peixeira em abril, julho e chegou uma semana antes dos Jogos pra ficar treinando com a equipe..




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