O microempresário Genildo Demarch, 58 anos, é dono de um terrenão na rua Sylvio Demarch, no bairro Itaipava, em Itajaí. Durante quase cinco anos, o local foi usado pela prefa peixeira como depósito de resíduos de construção civil. Há seis meses, porém, a área foi embargada pela fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Fatma), que proibiu o despejo de qualquer material lá. Mesmo assim, Genildo garante que a prefa, pelo menos três vezes nos últimos meses, jogou merda no terreno.
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Em 2008, a terra foi cedida ao município. O acordo era que a prefa utilizasse o local como depósito de materiais de construção civil, logo após as grandes enchentes daquele ano. Em junho de 2013 ...
Em 2008, a terra foi cedida ao município. O acordo era que a prefa utilizasse o local como depósito de materiais de construção civil, logo após as grandes enchentes daquele ano. Em junho de 2013, porém, a Fatma deu um chego no número 283 da rua Sylvio Demarch e flagrou várias latas de tinta, o que resultou numa liminar de embargo pra secretaria de Obras. Foi notificado há seis meses, mas um caminhão da prefeitura continuou despejando dejetos em cima do meu terreno, denuncia o microempresário, que diz ter flagrado a irregularidade pela última vez ontem de manhã.
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O secretário de Obras de Itajaí, Tarcizio Zanelato, garante que ninguém trabalhando pro município colocou os pés no terreno desde que foi embargado. O abobrão frisa, ainda, que as latas de tinta encontradas no lugar também não foram jogadas pela administração da city. Por conta disso, ele tá correndo atrás pra conseguir escapar da multa gorda que chegou junto com a liminar, há seis meses. Só depositávamos restos de móveis, madeira e material de construção. Não tinha nenhum produto químico nem esgoto, faz questão de dizer. Como o terreno não é cercado, o secretário acredita que outras pessoas tenham aproveitado pra usar o terreno como depósito.
Em novembro, o abobrão pediu vários testes de sondagem pra provar que não houve nenhum tipo de contaminação. Os resultados já saíram e foram encaminhados pra Fatma, que vai bater o martelo e decidir se a secretaria vai ou não ser obrigada a pagar multa pelo despejo irregular. De acordo com Zanelato, todos os testes deram negativo, mostrando que o lençol freático não sofreu interferência. A reportagem não conseguiu ontem contato com a Fatma.
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