Já tinha passado das 11h quando o diretor social do clube, Jânio de Oliveira, colocou ordem pra começar a coletiva no restaurante Santo Grill. Na mesa, dois representantes do Rubro-anil: o presidente Marlon Bendini e o vice Benício Luiz Medeiros. Quatro representantes da Open Trade e da Open One completavam a mesa: Wesley Santos, Carlos Martins, Paulo Fonseca e Fernando Neri.
Apesar de o Cílio não estar com nenhuma competição confirmada pra depois da copa do Mundo, o patrocínio assinado na frente da imprensa foi pra todo o ano de 2014. Marlon não quis confirmar o valor, mas garante que é o mais alto já assinado durante uma gestão sua. É uma questão administrativa do clube, mas não temos o que esconder. Vocês vão ficar sabendo quando cair na conta, fez mistério. Seria um valor fixo pra todo o ano, mas com alguns bônus, como pra passagem de fase e títulos. O ex-diretor Wagner Lúcio de Souza também participou das negociações.
A empresa foi uma das patrocinadoras do clube durante a primeira divisão em 2011 e 2012, mas não participou da campanha da Segundona. Segundo o presidente do Cílio, a culpa foi do próprio clube, que esqueceu de correr atrás.
Além da grana
O presidente tá empolgadaço com a assinatura e não poupou elogios aos parceiros. Não é só o dinheiro, mas também a preocupação com o dia a dia do clube, disse. Segundo o presidente, os empresários almoçaram esta semana no Gigantão das Avenidas, fizeram um tour pelo estádio e fizeram questão de conhecer o alojamento. Eu sempre digo que nós não gostamos de ser só investidores. Nós gostamos de participar, de acompanhar o desenvolvimento do dia a dia, garante Paulo Fonseca, um dos sócios da empresa.
Também foi da boca do cartola que saiu a informação de que eles vão ajudar o clube com contatos com empresários e até na indicação de boleiros. Eles gostam de esporte, gostam de futebol e têm amizade com muitos empresários.
Ele ainda deu uma indireta, ao dizer que acredita que a Open Trade vai estar junto com o Marcílio muito tempo e ainda lascou que um dos sócios poderia até virar presidente do Cílio. Eu caí de paraquedas no Marcílio Dias, eu não sou o homem preparado pra ser o presidente do clube. Paulo Fonseca, um dos sócios da empresa, preferiu ser mais pé no chão. Namoro é namoro, se vai virar casamento ninguém sabe, brincou.
Enquanto a Open Trade entra com dindim, indicação de boleiros e o meio-campo entre o clube e empresários de atletas, a academia do grupo, a Open One, vai ser o local pros treinos físicos da equipe. Todos os membros da comissão técnica falaram que essa academia é melhor do que a de qualquer clube que eles tenham trabalhado, jura o presidente.
E vem mais por aí. Sem revelar valores nem datas, Marlon diz que Gomes da Costa e Portonave vão mais uma vez patrocinar o clube. E não serão as únicas. Tem outras empresas de trade [comércio exterior] que estão pra fechar com a gente, adianta Marlon. As negociações estão sendo feitas pela empresa Bandeira Franco.
Só falta um manto pro Catarinão
Depois que a papelada já tava com todas as assinaturas, foi a vez de apresentar duas das camisas que serão usadas pelo Marinheiro no ano de 2014. A camisa número um foi a grande novidade. Depois de três anos seguidos usando listras verticais, o manto do Marinheiro será azul com três listras grossas vermelhas na horizontal.
Já a camisa número três é quadriculada em vermelho e branco na frente com as costas em azul, que nem a camisa do título da Segundona de 1999. As duas já estão à venda na loja Convés do Marinheiro por R$ 120 pra não-sócios.
A camisa número dois só vai ser usada em ocasiões especiais. Será azul com uma faixa vermelha na vertical pra encarar os grandes. E vai ser feita uma exclusiva pra cada partida em que ela for usada. Depois do jogo, ela também vai pra loja. Desta vez, não teve minas nem boleiros de modelo. O presidente Marlon Bendini vestiu a camisa número um e Fernando Neri, da Open One, vestiu a número três.