Itajaí

Entrevistão com Jenny Liberato

Fundadora da Clínica São Lucas

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

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“Com a morte do meu filho, eu queria sair de Itajaí. Eu não conseguia mais... morar na mesma casa. [...] Eu morri. Todo o meu sonho de vida... Quando ele morreu, eu morri junto com ele.” “Todo mundo se aposenta com 55 anos. Eu com 67 fiz tudo aquilo [a clínica].” “Eu não tinha dinheiro pra comprar aqueles aparelhos. Eu fiz empréstimo no banco. Então toda essa coragem, essa força de realizar, foi obra de Deus. Você acha que uma mulher sozinha, sem dinheiro, ia comprar aparelhos tão caros? [...] Pegando empréstimo? Com 67 anos? So-zi-nha? Com Deus!” Dona de saúde e memória invejáveis, apesar dos 95 anos e de um acidente vascular cerebral em janeiro, seguido de pneumonia dupla, Jenny Coelho de Souza Liberato abriu exceção e recebeu a reportagem do DIARINHO para uma conversa cheia de lembranças e declarações de fé. Dona Jenny prefere atuar à sombra. Sua força vem da profunda convicção de que é apenas instrumento para a execução da vontade de Deus. A mulher que recusa elogios por legítima modéstia acaba revelando uma vida de muito trabalho ao lado do marido, o médico Affonso Liberato. Ombro a ombro com ele, socorreu os doentes, organizou a agenda de atendimentos, dedicou-se aos quatro filhos e fez dos revezes da vida uma razão para a mudança de rumo em duas trágicas ocasiões: quando o filho morreu, cursou medicina; quando o marido se foi, construiu a Clínica São Lucas – referência na área de exames médicos. O bate-papo com a jornalista Mariângela Franco foi fotografado por João Batista e gravado em vídeo por Lallo Bocchino. Assista a entrevista completa no vídeo abaixo. NOME: Jenny Coelho de Souza Liberato IDADE: 95 anos NATURAL: Rio de Janeiro/RJ ESTADO CIVIL: viúva FILHOS: quatro (um falecido) FORMAÇÃO: Farmácia e Medicina EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS: Trabalhou como farmacêutica, auxiliar do marido (médico Affonso Liberato) e fundou a Clínica São Lucas, em Itajaí. DIARINHO - A senhora sempre foi uma mulher à frente do seu tempo, e na juventude, tinha planejado cursar biologia em Paris. Conheceu o doutor Affonso no Rio de Janeiro, e acabou casando e vindo morar em Itajaí, uma cidade onde nem havia chegado o automóvel. Como foi essa mudança tão radical? Jenny Liberato - A pessoa tem capacidade de adaptação. E eu gostava muito do mato, da natureza. A natureza é uma coisa muito forte pra mim, sempre foi, desde pequena, porque meu pai era engenheiro agrônomo, e eu percorri quase todo o Brasil com ele pelos interiores. Então Itajaí representou este panorama pra mim. Calou fundo quando eu vim visitar minha irmã, que já estava casada há sete anos com o doutor Ivo Ferreira, médico, e eu nunca tinha vindo aqui. Eu vim no [navio] Carl Hoepcke. Levei três dias de viagem. Viagem cansativa, o navio jogava muito, era muito pequeno, mas eu estava habituada a navegar porque nós fomos até o Amazonas. Eu vivi três anos no Amazonas. Então eu estava muito habituada a andar de navio e por mar. Eu não enjoava. Eu gostava da viagem, mesmo o navio sendo pequeno e desconfortável. E eu me encantei pelo interior, porque Itajaí era interior. Era mato. A cidade não estava construída. Eu andava a cavalo aqui. Ia até Cabeçudas a cavalo. Então era aquilo que eu queria, o que eu gostava: a natureza. E fiquei encantada com Itajaí. O porto, a entrada do navio, a igrejinha, foram coisas que calaram no meu espírito. Eu gostei daqui, desde a primeira vez que vim. [A senhora conheceu o doutor Affonso em Itajaí?] Conheci o Affonso no Rio mesmo, em Niterói, quando... nós dávamos festas nos clubes para ganhar dinheiro para fazer a formatura, e numa dessas festas – ele estudava em Niterói – ele me conheceu e pediu para dançar comigo, mas como eu era organizadora da festa, não tive tempo. E foi uma surpresa quando eu o encontrei aqui, no baile de fim de ano, de Natal. Ele me pediu pra dançar, conseguiu dançar na última dança da noite, porque a rapaziada - moça nova aqui na terra, vinda do Rio de Janeiro – toda a rapaziada queria dançar. E ele não tinha vez. Quando nós dançamos a última dança... [Onde foi a festa?] Foi no Bloco dos 20. Não existe mais. Era a rapaziada da terra que organizou o Bloco dos 20. Faziam reuniões dançantes pra se divertir. Mas depois ele pediu se podia me acompanhar, aqui em Itajaí. Ele quis andar a cavalo comigo [risos], mas ele se deu mal porque não estava habituado e os cavalos não eram treinados para andar com pessoas, né. Eram cavalos xucros. Então eles troteavam muito. No dia seguinte ele estava imprestável. Aos poucos ele foi se adaptando. E ele... é uma coisa inédita o que vou dizer. Não sei se dá de acreditar. Mas na segunda vez que nós andamos a cavalo, nós paramos ali perto da igreja [Matriz] onde tem aquele depósito de água. Ali era um campo de tênis. Eram quadras de tênis naquela região. Então nós paramos para ver o jogo. Nós descemos dos cavalos, estávamos apoiados na grade, e ele disse assim: “eu vou casar contigo”. Eu disse: “casar comigo? Não, eu não estou pensando em casar”. “Por quê?” Eu era muito nova, tinha 15 anos. E disse pra ele: “eu tenho que estudar”. Ele então perguntou: “por que você tem que estudar?” Eu disse: “porque eu preciso trabalhar”. E ele: “por que você precisa trabalhar? Você acha que eu, como médico, não vou poder te sustentar?” Eu disse: “acho que você vai poder me sustentar, mas eu vou te dizer uma coisa. Eu quero uma independência financeira. Eu quero ganhar o meu dinheiro”. Aí ele disse: “mas isto não é comum”. Eu falei: “mas é o que eu penso”. E ficou assim. Eu voltei pro Rio, e ele já tinha marcado toda a vida dele pra Curitiba, onde tinha faculdade de medicina. Aí ele trocou pelo Rio. [Ele não era formado ainda?] Não, não era formado. Depois de quase um mês, quando tocou a campainha, eu abri a porta e era ele. E aí começou o nosso namoro. [A senhora casou com que idade?] Com 21 anos. Nós estávamos quase terminando as faculdades. Depois viemos para Itajaí. E eu cheguei aqui, não tinha casa pra morar, pra alugar, não tinha hotel pra ficar, só tinha aquele ali [Rota do Mar] defronte a atual clínica [São Lucas, na rua Lauro Müller], mas era muito rudimentar. E eu morei então na casa dos pais dele, durante quatro anos, até construir esta minha casa, que é a mesma casa construída desde que cheguei aqui. Não mudei. DIARINHO - A família do seu marido já trabalhava na área da saúde. A senhora chegou a exercer a profissão de farmacêutica na Farmácia Brasil, do seu sogro Heitor Liberato, que foi referência em toda a região? Jenny Liberato – O seu Heitor era o médico da cidade. O farmacêutico conhecido em toda a região. Formava fila na frente da farmácia pra consultar com ele. [Onde era a farmácia?] Na Lauro Müller, no mesmo lugar [onde hoje funciona a Clínica São Lucas]. Aí ele [o marido, dr. Affonso] exerceu a profissão de maneira intensa. Era chamado nesse interior todo, que às vezes não tinha acesso, ele tinha que pegar cavalo pra chegar na residência da pessoa, e ele... meu Deus! Ele chegava a ir a Navegantes de canoa, pra atender doentes. Eu ficava numa aflição, porque às vezes era de noite e às vezes o rio não estava bom. Ele tinha coragem de ir ao pontal de Navegantes com barquinhos que encostavam aqui na beirada. Ele levou uma vida intensa, muito intensa na medicina de Itajaí. Ele atendia tudo, como se diz: clínica médica. Desde o parto até as doenças. [A senhora chegou a exercer a sua profissão de farmacêutica na farmácia do seu sogro?] Muito pouco. Eu ajudava ele [o marido] na clínica. Não tinha uma pessoa que soubesse fazer uma esterilização de um material. Então eu tinha que ir pra lá. Trabalhava como uma auxiliar. [E ali teve os filhos, trabalhando, cuidando do marido...] Aí os meus filhos...[suspiro] Ah, os meus filhos! Foi difícil. Mas antigamente tinha muitas moças do interior que queriam vir pra cidade. Então era fácil encontrar uma moça boa, que cuidasse bem das crianças. E o consultório era junto da minha casa, então de vez em quando eu podia estar vendo as crianças, alimentação, tudo. Eu não descuidava da casa, das crianças. Tanto que tive quatro filhos. DIARINHO – Bom, vamos falar do acidente de automóvel do seu filho Heitor, aos 23 anos, quase na véspera da formatura em medicina. Foi essa tragédia que levou a senhora a fazer medicina também? Foi uma forma de homenageá-lo? Dona Jenny – Não como uma homenagem a ele. Eu fiquei destruída. Foi o maior impacto que eu tive com a vida. Porque o meu sonho todo era esse menino. Com a morte do meu filho, eu queria sair de Itajaí. Eu não conseguia mais... morar na mesma casa. Meu sonho do consultório era para o meu filho. Eu não podia andar nos lugares que eu tinha planejado pra ele. Eu morri. Todo o meu sonho de vida... Quando ele morreu, eu morri junto com ele. [Então foi para Florianópolis?] Não, aí eu fui pro Rio de Janeiro. Passei um ano no Rio de Janeiro. Aí Nicola Caminha, que tinha ensinado radiologia para o Affonso, falou para ele: “Affonso, nós vamos inaugurar uma faculdade de medicina em Teresópolis. Um grupo de médicos do Rio, da Federal do Rio, resolveu montar uma faculdade em Teresópolis. Bote a Jenny”. Porque ele me conhecia e sabia da minha potencialidade. O Affonso chegou pra mim e disse: “Jenny, vai inaugurar uma faculdade em Teresópolis; Teresópolis é bem perto do Rio, né? Não queres entrar?” Eu não sabia se teria cabeça pra aprender outra coisa. Eu já aprendi tanta coisa na minha vida. “Por que tu não experimentas? Experimenta. Porque tu tens objetivo. Tu vais te dedicar ao estudo.” Ele queria que saísse a ideia do meu filho da minha cabeça. E eu topei. Aí eu aluguei um quarto no hotel lá e o pessoal da faculdade ia estudar comigo, porque eu gostava muito de estudar. E eu comprei um gravador que era grande assim, tinha aquela roda que vai pro outro lado. Eu gravava todas as aulas porque eu não conseguia me manter atenta a aula toda. Meu pensamento fugia. Quando eu via, eu tava longe... Aí eu puxava na fita e repetia a aula. Eu tinha, quando botei tudo fora, era... quase que dava um quartinho [de fitas]. Porque eu precisava. Meu pensamento tava nele. Fugia. Depois de um ano, o Affonso disse: “Jenny, eu tenho que decidir. Eu tenho que voltar pra Itajaí. Você vai voltar comigo?” Aí eu fui pra Florianópolis, fui pra faculdade, que Itajaí não tinha. Eu aluguei um apartamento em Florianópolis. Aí foi um outro ambiente. A rapaziada de 20, 20 e poucos anos, bem... outra cabeça. [Em que ano a senhora se formou?] Eu tinha 52 anos quando me formei. E eu fiquei no meio deles. No princípio, me rejeitaram um pouco. Depois eles me amaram. Eles vinham para o meu apartamento para estudar comigo, porque eu fazia os pontos todos, né. Aí eu não estava mais com o gravador. Eu já estava comigo mesma. DIARINHO – A senhora exerceu a profissão de médica até que ano? Dona Jenny – Não exerci nunca a profissão de médica! Eu disse que eu não iria exercer nunca a profissão de médica. A profissão de médica era pra eu crescer no que eu via e fazia ali dentro. [Na clínica?] Na clínica! Apagar inteiramente a visão do meu filho, que não me deixava. Era pra eu pensar em outra coisa. Vinha uma pessoa doente no consultório [do marido]. Eu também bolava o diagnóstico. Eu via e também fazia as minhas deduções. Era interessante pra mim. [Mas a senhora chegou a atender as pessoas na porta da sua casa, não é? Durante muito tempo a senhora atendeu doentes, andarilhos... Faziam fila aqui, não é?] Sim, eu me formei – isto não precisa botar nesse negócio [na entrevista]– eu me formei com a medalha de ouro da faculdade de medicina. Foi a nota mais alta durante toda a faculdade. Eu tenho a medalha de ouro. Foi a nota mais alta que a faculdade teve. [E este atendimento que a senhora fazia? As pessoas pediam pra senhora ajudar ou...] Eu ajudava, levava para o consultório. Eu quero dizer que eu não atendia porque eu fiz disso uma regra de vida. Eu levava para o consultório e o Affonso atendia. Sempre. Eu não exerci a profissão. Eu não quis exercer a profissão. Eu não consegui. [Esse atendimento com andarilhos e pedintes era cobrado?] Não. Quando o Affonso terminava o atendimento dele, a gente encaixava. Quando ele estava muito cansado, não atendia naquele dia. Era uma coisa esporádica, não era sistemática. [Faziam romaria na frente da sua casa?] Fizeram durante muito tempo, depois eles desistiram. Porque eu quero dizer que ele não tinha mais capacidade física. Porque a pessoa tem um limite. Todo mundo tem um limite de trabalho. E ele atendia, muitas vezes a pedido meu, ele ia na residência da pessoa quando dava. Mas não era uma coisa sistemática, era quando ele estava mais solto. Porque depois do consultório, ele saía para os chamados. Eu fazia uma lista dos chamados, a gente botava na ordem e ele atendia toda esta região, gente. Não tinha ambulância, não tinha nada. Era ele! Era só ele! [Não havia mais médicos na cidade?] Eu estou te dizendo que quando ele chegou tinha três médicos: o Ivo, o doutor Menescal e... mais um. O Menescal tava se aposentando, o Ivo também. Então era ele e ele. Entendeu? Não tinha mais médico. Se eu disser pra vocês, parece impossível que esse homem... tanto que ele morreu cedo, morreu com 72 anos. [Trabalhando sempre?] Trabalhando sempre. Eu quero te dizer que ele morreu cedo demais. O esforço dele foi muito grande. DIARINHO - Recentemente, em entrevista ao DIARINHO, o nego Buti chamou a senhora de “madrinha”. É verdade que a senhora o ajudou a largar a vida de drogas e alcoolismo? Como foi a relação com ele? Dona Jenny – O Buti? Ah, isto foi uma história muito longa, muito comprida. Foi uma vida... É a vida de um homem muito agradável, ele não é dessas pessoas enjoadas. Às vezes a pessoa que bebe é enjoada, não? Ele era muito engraçado e todo mundo gostava dele e dava sempre um dinheirinho pra ele, e com esse dinheirinho ele comprava bebida. Era o mal dele. Ele me chamava de mãe, me chamava de madrinha, me chamava de tudo. Ele, quando a gente conseguia interná-lo no hospital, gritava no corredor: “mãe Jenny, vem me tirar daqui!” As irmãs [Marieta] tinham horror dele. Mas era a única maneira porque ele tinha que ficar uns dias internado, ele tinha diabete. Uma vez eu peguei ele na clínica com 900 mg de glicose. Então tava uma coisa de louco. E esse ônibus que pega as pessoas e leva pro hospital não queria pegá-lo porque ele era uma sujeira só. Puseram até luvas! Eu disse: “o senhor pode colocar luva, mas pegue ele e leve pro hospital”. “Mas chega lá as irmãs mandam ele embora, não aceitam”. Eu digo: “Mas tem que levar”. Eu vou te dizer. O Buti... a gente tem que acreditar em uma coisa. Tem que acreditar em milagre de Deus. Se a gente não acreditar em milagre de Deus, a gente não acredita na recuperação do Buti. Eu consegui este lugar em que ele está [clínica de dependentes químicos]. Eles conseguiram aceitá-lo. Ele aprendeu a rezar. Ele aprendeu a conhecer Deus. E ele conseguiu se recuperar. DIARINHO - A Clínica São Lucas virou uma referência na região, especialmente na área de exames por imagens. São os seus filhos que tocam a empresa ou a senhora ainda participa da administração? Dona Jenny - Eu há dois anos deixei de tocar a empresa e quem está me substituindo é a Lílian [filha], que tem uma grande competência. Tem um grupo de médicos de alto gabarito profissional que tem tocado até hoje, desde que ela iniciou. E tem os netos também, que já voltaram do exterior, de cursos de especialização e que já estão incluídos no grupo ativo. Então a nossa equipe médica é altamente especializada. Espero que com eles a gente possa ajudar Itajaí no diagnóstico das patologias. DIARINHO - A senhora vive na mesma casa desde que chegou aqui. Muita gente acharia mais seguro e confortável viver num apartamento, mas a senhora permanece no mesmo endereço e mantém dezenas de árvores no quintal, que alguns chamam de “pulmão verde” do centro de Itajaí. Em época de verticalização das cidades, qual o grande diferencial de dispor de um imenso quintal no centro? Dona Jenny – Porque eu sempre amei a vegetação... É uma coisa que faz parte do meu ser. Desde pequena eu corria com meu pai nas grandes fazendas de São Paulo. Ele foi o primeiro engenheiro agrônomo de São Paulo. Então eu era a companheira dele. [Desde qual idade?] Desde que... não me lembro... eu acho que desde que comecei a andar. Porque eu gostava da natureza. Às vezes eu almoço e fico olhando... não sei explicar, mas é uma coisa que faz parte de mim, a vegetação. Eu amo a vegetação nativa. Olho estes morros... Tem hora que eu fico horas olhando pra vegetação. Então eu acho que é por isto que eu amei Itajaí. [Não trocaria a casa por um apartamento?] De jeito nenhum. As minhas plantas falam comigo. Elas falam de Deus pra mim e eu amo Deus acima de tudo. Elas são uma das partes de Deus mais bonitas. Elas falam de Deus pra mim, dessa beleza que Deus criou no mundo. Cada folha que cai, cada folha que nasce, ela é um pouco de Deus. DIARINHO - A sua casa é ponto de encontro de grupos de debate da igreja adventista. Como são esses encontros? O que representam para a senhora? Dona Jenny - Nós estudamos a Bíblia, e tu sabes que a Bíblia é a parte mais importante da religião, porque ela dá o sentido da vida. Ela dá o teu comportamento dentro da vida. Ela te fala do amor de Deus. E a gente sabe que é amada por Deus. Então, eu, pra chegar à idade que cheguei, 95 anos! Eu tive muito Deus comigo. Deus foi o meu rumo. Não importa a religião. O que é importante é ter Deus com você. Você amá-lo. Porque tudo o que eu sou, tudo o que eu fiz na vida, hoje eu entendo melhor, foi uma obra de Deus. Ele fez e eu fiz. Ele fez eu fazer, e eu fiz. Então eu sou um reflexo de Deus, do que eu fiz de bom pras pessoas. Ele falou por mim, ele me usou. Hoje eu entendo tudo o que eu fiz, a coragem que eu tive, porque eu fiz a clínica depois da morte do meu marido. Eu fiz a clínica depois dos 66 anos. Ele não existia mais. Mas era o sonho dele também, então também realizei o sonho do meu marido. Mas não só por ele. Deus agiu em mim pra que eu fizesse, porque foi muita coragem eu quebrar aquilo tudo que estava ali na frente. Eu não tinha dinheiro pra comprar aqueles aparelhos. Eu fiz empréstimo no banco. Então toda essa coragem, essa força de realizar, foi obra de Deus. Você acha que uma mulher sozinha, sem dinheiro, ia comprar aparelhos tão caros? Uma tomografia é um milhão e pouco. Um e quinhentos pra cada aparelho. Sem dinheiro? Pegando empréstimo? Com 67 anos? So-zi-nha? Com Deus. Todo mundo se aposenta com 55. Eu com 67 fiz tudo aquilo. Construí e reconstruí os prédios. Foi muito arrojo. A minha mola foi Deus. [kaltura-widget uiconfid="23448188" entryid="0_3b9copvl" responsive="true" hoveringControls="true" width="100%" height="56.25%" /]




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