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A decisão é da juíza Adriana Lisboa, da Vara da Fazenda Pública. Ela acatou em parte pedido do ministério Público Estadual, em ação movida no final do ano passado pelo promotor Rosan da Rocha.

A decisão é da juíza Adriana Lisboa, da Vara da Fazenda Pública. Ela acatou em parte pedido do ministério Público Estadual, em ação movida no final do ano passado pelo promotor Rosan da Rocha.

O promotor indicou que os 10 bondindinhos da empresa, quando o assunto é acessibilidade para deficientes e idosos, não tão em conformidade com o que determinam as normas do departamento Estadual de Transportes e Terminais (Deter) e da associação Brasileira de Nomas Técnicas (ABNT).

Na prática, os bondindinhos não têm elevadores e não têm portas de entrada de saída do lado esquerdo. Para o promotor, como também pega passageiros que estão do lado esquerdo da pista, os veículos deveriam ter as entradas e saídas para garantir maior segurança.

A multa diária pelo descumprimento da decisão, caneteada pela juíza Adriana Lisboa, é de R$ 10 mil.

Vão brigar na justiça

Evandro Luiz Ern, diretor da Expressul, diz que a empresa vai recorrer da liminar. “Respeitamos a decisão da juíza, mas vamos impetrar todo o tipo de recursos que a justiça nos permitir”, adianta.

A intimação da decisão, segundo ele, foi feita esta semana. A Expressul tem até 10 de abril para apresentar os recursos.

A discordância, afirma Evandro, não é em relação à colocação das rampas. “Desde quando foi proposta a ação nós salientamos, reiteramos, que quanto à acessibilidade nós iríamos cumprir”, afirma. E emenda: “Mas é que ocorreu em pleno verão (quando o movimento aumenta) e foi muito recente”, argumenta.

De acordo com Evandro já foi feita a compra de uma rampa. “O primeiro equipamento deve chegar até terça-feira, no máximo quarta. Em no máximo 15 dias o primeiro bondindinho já sai com elevador. E daí sucessivamente”, promete.

O que a empresa não concorda, explica Evandro, é a exigência das portas de entrada e saída também no lado esquerdo dos veículos. “É o ponto que divergimos”, afirma, sem revelar os motivos.

O bondindinho, que faz o trajeto avenida Brasil e avenida Atlântica, já tem quase 40 anos. Pelas contas do diretor da Expressual, a média diária de passageiros gira entre 3,8 mil e 4 mil pessoas. Apesar de ser voltado a turistas, os nativos também usam.