Estavam lá pra assinar os papélis os presidentes da SCClubes Wilfredo Brillinger, da federação Catarinense de Futebol (FCF) Delfim Pádua Peixoto Filho e os promotores de Justiça do MP Eduardo Paladino e Marcelo Zanelatto. O documento também foi avalizado pelos presidentes dos 10 clubes que disputarão a série A do ano que vem. O TAC vem sendo costurado desde o final do estadual deste ano, que bateu recorde de problemas e teve sua redação final aprovada semana passada, depois de várias reuniões envolvendo as três instituições.
Com 16 páginas, o documento define as obrigações dos clubes e da FCF e as cláusulas penais. Os clubes terão até o dia 26 de dezembro pra entregar, junto à federação, os laudos de aprovação de seus estádios. A federação, por sua vez, terá até sete de janeiro pra protocolar os laudos no Ministério Público, que depois faz o repasse pras cidades onde ficam os estádios. São as citys que vão ficar diolho pra ver se as recomendações e mudanças que forem exigidas serão feitas. O prazo para 2014 é apertado, mas pra 2015 foi aprovado um tempo maior pra entrega dos laudos: 65 e 60 dias, respectivamente. O TAC é um pacto pela segurança dos nossos torcedores e significa a união dessas três entidades pelo bem do futebol catarinense, discursou Brillinger, da associação de clubes.
Delfim aproveitou a oportunidade pra avisar que não vai dar moleza. Os clubes que não tiverem todos os laudos prontos no prazo acordado não poderão jogar em seus estádios e terão que mudar as partidas pra outra praça, afirmou o presidente da FCF, que no congresso técnico da série B, antes de dizer que gostaria de enfiar o microfone num lugar meio apertado dos radialista, disse que não vai aceitar jogo com portões fechados. Ontem ele voltou atrás e, em entrevista, cogitou a possibilidade de jogos com portões fechados quando não houver nenhum campo liberado por perto. Junto com os laudos, os clubes terão que preencher um formulário criado pelo MP pra facilitar a compreensão da situação dos estádios e o que tem que ser melhorado.
Laudos necessários:
* Segurança (polícia civil)
* Vistoria de engenharia (CREA-SC)
* Combate e prevenção de incêndios (bombeiros)
Higiene e de condições sanitárias (vigilância sanitária)
Marinheiro chora, ameaça e ganha R$ 65 mil a mais de dindim de TV
Não foi tão calma assim nem ficou restrita aos laudos de liberação de estádio a reunião da tarde de ontem da associação dos Clubes da Santa & Bela. A divisão do dindim da TV foi o assunto mais polêmico e de discussões mais encaloradas do encontro. Brigamos, xingamos, queriam me matar, brincou o presidente do Marinheiro, Marlon Bendini, ao telefone. Depois de muita discussão, ficou definido que Marcílio Dias e Brusque, os dois clubes que vêm da Segundona, vão levar R$ 65 mil a mais do que o programado.
Quem levou o assunto pra reunião foi o próprio presidente do Marinheiro, que tava revoltado com a verbinha de R$ 140 mil dos quatro milhões pagos pela RBS TV pelos direitos exclusivos de transmissão do campeonato catarina. Não vim aqui pra receber esmola. Falei que ou aumentavam o valor ou ficavam com o dinheiro, esbravejou Marlon. Depois de muito berreiro e ameaças, a federação Catarinense de Futebol (FCF) e os oito clubes que disputaram a série A no ano passado e que, portanto, recebem bem mais, decidiram dar uma força pra Marcílio e Brusque.
A FCF abriu mão de R$ 50 mil do dindim que receberia e vai dividir esse valor entre as duas equipes separadas pela rodovia Antonio Heil. Já os clubes abriram mão de R$ 10 mil cada, passando metade pra cada um. Assim, Marcílio e Brusque passam a receber R$ 65 mil a mais, ou seja, R$ 205 mil por toda a competição. Marlon garante que segue insatisfeito. Queria, pelo menos, R$ 100 mil a mais, lasca. Ele ainda conseguiu que fosse colocado na ata da reunião que, no próximo ano, os clubes vão se reunir pra discutir uma nova divisão dos valores. Hoje, eles são divididos em quatro grupos: os grandes (Avaí, Figueira, JEC e Tigre), a colonada da Chapecoense, os pequenos que não caíram e a dupla que subiu da Segundona