Imagine a situação: você chega ao banco pela manhã e se depara com um morador de rua, dormindo, e com a magrela estacionada no meio da passagem. A cena aconteceu na área de autoatendimento do banco Bradesco, na Barra do Rio, em Itajaí. O andarilho, conhecido como Jacó, costuma dormir ali. O banco e a assistência social de Itajaí prometem checar o caso.

Na quinta-feira passada, o vigilante Marcos P. B., 34, ia sacar uma graninha para o fim de semana, às 6h30 da matina. Ele chegou à agência do Bradesco e viu uma senhorinha assustada na porta. A mulher não queria voltar ao banco porque havia um andarilho dormindo ao lado dos caixas eletrônicos.

“Ele estava imóvel no local. Entrei, tirei foto e ele nem se mexeu. O problema é que não sabemos se é um ladrão. As pessoas ficam com medo. Depois eu liguei pra PM. Mas, passei lá na segunda-feira, e ele estava dormindo no mesmo lugar”, contou o vigilante.

O Bradesco sabe que o morador de rua tira um ronco próximo dos caixas eletrônicos. “Não sabemos quando ele entra no banco. As portas magnéticas fecham às 22h e abrem às 6h. Ele deve entrar quando de madrugada, quando abre”, palpitou o funcionário.

Assistência vai verificar a situação

A assistência social de Itajaí vai verificar o problema. Entretanto, os servidores públicos não podem forçar o morador a aceitar à ajuda. “Historicamente há muita resistência a receberem nossa ajuda. Nós tentamos conversar, dar um apoio. Oferecemos banho, comida e um lugar para ficar. Temos a casa de Apoio Social e o acolhimento institucional”, comentou a assistente social, Sandra Pinheiro.

A assistente checa se há dependência químico, procura a família, e até arruma passagem quando o andarilho não é daqui. “Esse é um trabalho de formiguinha e, principalmente, ele precisa aceitar a ajuda”, explica Sandra.

Jacó deve receber uma visita do pessoal da assistência nos próximos dias.