Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio - janioflavio@terra.com.br
Jânio Flavio de Oliveira é comunicador, comentarista esportivo, apresentador, colunista, radialista (DRT 2608/SC) e jornalista (DRT 7183/SC). Atualmente, preside a Associação Catarinense de Cronistas Esportivos (ACCE)
Falta de convicção
A efetivação de Rogélio Silva como técnico do Marcílio Dias para o Catarinense de 2026 mostra mais uma vez a total falta de convicção desta diretoria na gestão do futebol. O Marinheiro havia acertado com o técnico Márcio Nunes, que estava no Esportivo (RS) disputando a Copa Gaúcha, mas o presidente Tarcísio Guedim decidiu mudar de ideia ao ver a repercussão negativa que o nome do treinador gaúcho teve entre torcedores nas redes sociais quando a imprensa divulgou a informação. Nunes já era, pelo menos, a terceira opção, depois de o Marcílio receber um “não” de Raul Cabral e não conseguir acertar com Tcheco, que já estava negociando com outro clube. Sem opções no mercado pela inércia da diretoria que não foi atrás de um treinador quando Waguinho Dias pediu demissão no final de setembro, o Marinheiro teve que recorrer a Rogélio novamente. Auxiliar técnico há anos no Marcílio Dias, Rogélio mais uma vez assume uma responsabilidade que não deveria ser sua. Embora seja uma pessoa muito querida e respeitada por toda a torcida, imprensa e funcionários do clube, ele deu mostras na Copa Santa Catarina de que não está preparado ainda para comandar uma equipe como o Marcílio na elite do Catarinense, ainda mais no ano em que três times serão rebaixados. O Marcílio foi um desastre nas duas semifinais contra o Figueirense e não mostrou nenhuma estratégia contra o time limitado, mas bem treinado por Waguinho. O Marinheiro só reagiu quando perdia por 4 a 0 no placar agregado, graças à expulsão de um jogador do Figueira. Ainda assim Rogélio demorou em colocar mais um atacante, além de ter tirado Cesinha de campo, o camisa 10 e jogador mais lúcido da equipe, único capaz de armar o time, finalizar de fora da área e cobrar escanteios e faltas. O Marcílio achou dois gols na individualidade de Zé Eduardo e em um pênalti cavado por Victor Guilherme, mas pagou pela péssima atuação no Scarpelli. Aliás, mesmo tomando 3 a 0 no jogo de ida, o Marcílio repetiu a escalação para a volta, apenas com o retorno de lesão do titular da lateral esquerda, mostrando que também não preparou nada de novo para o jogo. Efetivar Rogélio é seguir na mesma batida, não tentar nada de novo, se acomodar com a derrota, e esperar que as coisas deem certo sem fazer algo diferente. A esperança é que o capitão Sílvio, agora como coordenador técnico, mexa com essa mentalidade dentro do clube e auxilie Rogélio nas decisões que terá que tomar à beira do campo em 2026.
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