No Brasil, o terror nunca foi um gênero cinematográfico muito forte, ofuscado pelo drama e a comédia. Ele começou a ganhar força com o cineasta José Mojica Marins, o “pai” do terror nacional, que criou personagens icônicos, como o Zé do Caixão no longa “À meia-noite levarei sua alma” (1964). Nos últimos anos, o interesse por produções nacionais do gênero tem voltado a crescer, como fica claro nos lançamentos de “As boas maneiras” (2017), “Morto não fala” (2018) e “Enterre seus mortos”. Dessa forma, as plataformas de streaming têm se tornado uma boa alternativa para distribuição dessas obras, como é o caso da produção original da Globoplay “Reencarne”.

A série de oito episódios será disponibilizada neste dia 23 no serviço de streaming e conta com Taís Araújo, que acabou de se despedir da personagem Raquel no remake de “Vale Tudo”, como protagonista. Na trama, a atriz interpreta a delegada Bárbara Lopes, chefe da Divisão de Homicídios de Goiânia. Conhecida por ser uma mulher dedicada à carreira, além de extremamente cética e racional, a personagem vê sua vida pessoal ser invadida por fenômenos sobrenaturais inexplicáveis. Isso acontece durante as investigações de uma série de assassinatos marcados por ferimentos misteriosos, o que a faz questionar suas próprias convicções.

Ao mesmo tempo, a série também acompanha a história de Tulio (Welket Bungué), um ex-policial condenado e preso pelo assassinato de seu melhor amigo, Caio (Pedro Caetano). Vinte anos depois, o personagem sai da cadeia e tem sua vida virada de cabeça para baixo ao encontrar Sandra (Julia Dalavia), uma mulher que afirma ser a reencarnação de Caio. Além disso, a trama também explora o drama vivido pelo médico cirurgião Feliciano (Enrique Diaz), que está disposto a ultrapassar todos os limites para salvar sua esposa, que ficou doente depois de seu primeiro acidente vascular, 20 anos antes.