Cinebiografia do cantor Ney Matogrosso chegou ao “Top 1” da NetFlix como o filme mais visto na plataforma
(foto: divulgação)
O cinema brasileiro está numa fase ascendente, mundialmente evidenciada com o Oscar de Melhor Filme Internacional (anteriormente denominado como Melhor Filme Estrangeiro) para “Ainda Estamos Aqui”, de Walter Salles – foi a primeira vez que um filme brasileiro venceu nesta categoria. E outros filmes brasileiros de qualidade não param de chegar. Depois de levar mais de 600 mil expectadores aos cinemas, o filme “Homem com H” estreou na Netflix no dia 17 de junho. Dirigida pelo paulistano Esmir Filho, a cinebiografia conta, desde a infância, a trajetória do cantor sul-matogrossense Ney Matogrosso. Rapidamente, a produção chegou ao “Top 1” como o filme mais visto na plataforma. E, além do Brasil, está disponível em 190 países para assinantes da plataforma.
Depois de mostrar a infância difícil do artista, na qual enfrentou a resistência do pai, um militar muito conservador e truculento, surge em cena o protagonista Jesuíta Barbosa, que interpreta Ney Matogrosso na fase adulta. O ator pernambucano aparece assustadoramente parecido com o cantor, bem amparado pelos figurinos fiéis à ousadia estética que sempre marcou a carreira de Ney. A trama mostra como o comportado jovem militar da Aeronáutica descobriu a própria sexualidade e tonou-se um autodeclarado “bicho” nos palcos. Sua sensualidade exuberante durante as apresentações chocou os mais conservadores na época da banda “Secos & Molhados”, sucesso estrondoso nos anos 1973 e 1974, em pleno auge da ditadura militar que oprimiu o Brasil em sucessivos governos, de 1964 a 1985. Apesar do evidente incômodo causado nos ditadores e nas classes dominantes, nada (nem mesmo a implacável censura governamental) conseguiu impedir o sucesso de Ney.
Com o final dos “Secos & Molhados”, causado pelo fato dos outros componentes da banda estarem obviamente incomodados com o protagonismo inegável assumido por Ney, o artista seguiu ...
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Depois de mostrar a infância difícil do artista, na qual enfrentou a resistência do pai, um militar muito conservador e truculento, surge em cena o protagonista Jesuíta Barbosa, que interpreta Ney Matogrosso na fase adulta. O ator pernambucano aparece assustadoramente parecido com o cantor, bem amparado pelos figurinos fiéis à ousadia estética que sempre marcou a carreira de Ney. A trama mostra como o comportado jovem militar da Aeronáutica descobriu a própria sexualidade e tonou-se um autodeclarado “bicho” nos palcos. Sua sensualidade exuberante durante as apresentações chocou os mais conservadores na época da banda “Secos & Molhados”, sucesso estrondoso nos anos 1973 e 1974, em pleno auge da ditadura militar que oprimiu o Brasil em sucessivos governos, de 1964 a 1985. Apesar do evidente incômodo causado nos ditadores e nas classes dominantes, nada (nem mesmo a implacável censura governamental) conseguiu impedir o sucesso de Ney.
Com o final dos “Secos & Molhados”, causado pelo fato dos outros componentes da banda estarem obviamente incomodados com o protagonismo inegável assumido por Ney, o artista seguiu em carreira solo. Com o tempo, consagrou-se como um dos cantores mais expressivos e admirados da música popular brasileira. Prestígio que preserva até os dias atuais – os 83 anos, continua em plena atividade, lotando as casas de espetáculos por onde passa. No filme, é mostrado também a forma corajosa como Ney e outros artistas de seu tempo enfrentaram o medo da Aids, nos anos 1980 e 1990, e as diversas mortes causadas pela síndrome na classe artística brasileira. Destaca-se a conturbada relação amorosa do cantor com o irreverente cantor carioca Cazuza. Obviamente, como não poderia deixar de ser, a trilha sonora e as reproduções de cenas de shows antológicos de Ney são um espetáculo à parte dentro de “Homem com H”.
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