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Edison d´Ávila é itajaiense, Mestre em História e Museólogo, mestre em Cultura Popular e Memória de Santa Catarina. Membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de SC, da Academia Itajaiense de Letras e da Associação de Amigos do Museu Histórico e Arquivo Público de Itajaí. É autor de livros sobre história regional de Santa Catarina

Como já foi o Carnaval de Itajaí


Como já foi o Carnaval de Itajaí

Está aberta no Museu Histórico de Itajaí, desde o último dia 6 de fevereiro – e vai até 8/3 – a mostra “Sons, cores e fantasias: memórias do Carnaval itajaiense”, uma realização da equipe da Fundação Genésio Miranda Lins, mantenedora do Museu Histórico e Arquivo Público de Itajaí.

Fotografias, indumentárias, músicas, obras de arte resgatam mais de um século de história do Carnaval de Itajaí. Além do que, graças ao acervo de fantasias e outros trajes que possui o Museu Histórico, nomes de carnavalescos e foliões referenciais são também destacados.

O Carnaval em Itajaí, até o final do século XIX, limitava-se ao entrudo na terça-feira e a um que outro folião solitário a desfilar pelas ruas fantasiado de qualquer coisa.

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Fotografias, indumentárias, músicas, obras de arte resgatam mais de um século de história do Carnaval de Itajaí. Além do que, graças ao acervo de fantasias e outros trajes que possui o Museu Histórico, nomes de carnavalescos e foliões referenciais são também destacados.

O Carnaval em Itajaí, até o final do século XIX, limitava-se ao entrudo na terça-feira e a um que outro folião solitário a desfilar pelas ruas fantasiado de qualquer coisa.

Mas em 1881, um cronista em artigo de jornal constatava: “No Itajaí há vontade para a folia; falta, porém, quem excite, quem anime, quem congraçasse a mocidade e meta com ela mãos à obra; então o pagode seria bom, andaria tudo numa roda viva!”

Isso de fato veio a acontecer em 1897, quando no mesmo mês de março, por iniciativa de moços, duas sociedades foram fundadas para animar o carnaval da cidade: Sociedade Estrela d´Oriente e Sociedade Carnavalesca Guarani. 

Dali em diante as folias de Momo tomaram vulto e qualidade como nunca se tinha visto antes. Bailes à fantasia nos salões das duas sociedades; bandas de música: desfiles carnavalescos ou préstitos, como se dizia então; blocos de foliões fantasiados, os chamados “zé pereiras”; carros alegóricos, muitos de mutação; escolas de samba e carnavalescos com suas ricas e criativas fantasias. 

Toda essa movimentada folia agitava a cidade durante os dias e noites de Carnaval, e mesmo aqueles que não se envolviam com ela compareciam em massa à rua Hercílio Luz e à praça Vidal Ramos para ver passar a beleza, a criatividade e a alegria das bandas, dos blocos e dos carros de Carnaval das Sociedades Atiradores, Guarani, Vila e do Grêmio XXI de Julho.

Então, mudaram-se os tempos; e mudaram os carnavais!... Hoje, lamentavelmente, não se tem nada mais disso. Carnaval na cidade agora é singelo desfile de uma ou outra charanga e bailes no Mercado Público, alegres, regados à muita bebida, mas sem ter o povo o que ver.

Sobra a saudade, ao visitar e apreciar a bela mostra com sons, cores, fantasias. Memória do que já foi o Carnaval de Itajaí. 


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