JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Vereador homenageia… o pai
(foto: divulgação)
E nós pagando a conta... Vereador pexêro Beto Cunha (Republicanos) homenageia o próprio pai na piramidal
Bispei um pouquinho a penúltima sessão da piramidal casa do povo pexêro e fiquei abismado com o fim melancólico da legislatura atual. O nível baixíssimo dos debates e a demagogia descarada da maioria dos edis.
Matutando
Isso me faz pensar que quem defende o fechamento do legislativo não está totalmente errado (e não defendo!). É difícil enxergar uma luz no fim do túnel, ainda mais com o radicalismo tomando conta da próxima leva de vereadores.
Sempre os interesses
O que mais se viu foram projetos inconstitucionais, sem chances de se tornarem realidade, serem debatidos. E no meio disso algumas nobres causas serem marginalizadas numa vala comum. Não é preciso alembrar que por diversas vezes, quando era de interesse dos nossos amados heróis, projetos inconstitucionais foram aprovados. Mas nunca o filtro foi a constituição e sim os interesses.
Brecaram
Sob a alegação de ser inconstitucional, os vereadores brecaram a criação de um conselho LGBT proposto pela vereadora Hilda Deola (PDT). O público interessado na formação do conselho esteve presente, argumentou e explicou o quanto sofrem com discriminação, violência e o quanto lutaram para que o governo do barbudinho Volnei Morastoni (MDB) enviasse o projeto, mas por questões religiosas pipocou.
Seletividade
Os edis não se comoveram e usando de memória curta e seletividade preconceituosa, rejeitaram a proposta alegando ser inconstitucional. Vários edis que cansaram de votar projetos inconstitucionais, diga-se de passagem. Uma hipocrisia danada. Não sou a favor que normas e regimentos sejam ignorados, mas um pouco de bom senso e coerência no discurso não fazem mal a ninguém, né?
Compromissada
A tchurma que participou da abordagem aos vereadores e defendeu a ideia do conselho LGBT, apesar de frustrada com o resultado, saiu feliz com o compromisso da minha ex-musa BBB, a galega Anna Carolina (PSDB).
Será que deixam?
A Anna Carolina assumiu perante os vereadores e o vice-prefeito eleito, o galego Robin, ops, Rubens Angioletti (PL), o compromisso de implantar o conselho LGBT no próximo governo. Mas será que os radicais da direita vão deixar?
Paradoxo
Num paradoxo, o vereador Bruno da Saúde (MDB), de última hora, forçou a aprovação de um projeto inconstitucional de distribuição de merenda escolar no período de férias. Digo que é um paradoxo porque a excelência excelentíssima nunca se preocupou nestes quatro anos.
Tás tolo?
Em quatro anos de mandato e sendo base de governo, Bruno nunca se preocupou com a merenda nas férias (o edil deve achar que somos tolos. Só phode!). Só porque seu governo perdeu o Bruno forçou a barra. Diferente do conselho LGBT que é uma luta reconhecida de anos.
Doce ilusão
Na discussão da proposta, vereadores tentando vender uma doce ilusão para o povão, de que se o projeto fosse aprovado ele poderia ser implementado assim, num estalo de dedos. Como se o município tivesse um dinheiro infinito e não precisasse superar várias burocracias e cortar vários outros custos na educação pexêra. Uma insensatez danada, um jogo de discursos vazios que dá nojo.
Papai
E no meio desse debate desqualificado, o devoto Beto Cunha (Republicanos) vota uma moção de sua autoria homenageando ninguém mais, ninguém menos que o seu próprio pai. Favorecimento pessoal que, em vez de abrilhantar a história do homenageado, que pode até ser bacana, joga a piramidal ainda mais morro abaixo. É o ego, a vaidade e a arrogância do poder dominando o devoto.
“Não falo palavrão, sugiro destinos...” Sei lá, quem falou isso
Pode piorar
Espero que esta quinta-feira não traga ainda mais decepção durante a última sessão dessa legislatura. Vozes ocultas sopram que, por enquanto, o tal trem da alegria aumentando assessores e verba de gabinete está na geladeira. Mas não duvido que seja colocado de última hora. Nada mais me surpreende nessa legislatura, mas é bom que o povão fique de zóios bem abertos. Atentai, meu povo!
A questão do timing
Tem um ditado antigo que diz assim: antes da hora é hora, na hora ainda é hora, depois da hora não é mais hora. E eu acho que foi isso uma das coisas importantes que influenciou decisivamente a perda que sofremos ao ter o porto de Itajaí federalizado. E a culpa é de quem dormiu no ponto.
Sem querer querendo?
Aí entra uma dúvida que nunca esclareceremos: os responsáveis pelo porto perderam o timing de propósito (sem querer querendo?), ou foi incompetência mesmo? Porque ao se rever o relato de nossas perdas nos últimos anos, vemos que pode ter sido tanto uma quanto outra, porque o que não falta ali é incompetência, mas ao mesmo tempo sobra esperteza. Então, nunca saberemos.
Feito Pilatos
O que sabemos é que o prefeito Volnei Morastoni não moveu uma palha, apesar de agora vir postar nas redes sociais que lutou pela manutenção do porto municipalizado. Quando? Onde? Quando ele teve audiência com o presidente da República? Ou com o ministro dos portos? Ou com o governador Little Jorge pra tratar sobre isso? Hein? Só se foi secretamente...
Devoto de São Francisco
E o governador Little Jorge? O que fez — além de vídeos raivinha — pra ajudar a manter o porto municipalizado? Se o cara nem recebe o presidente da República quando ele vem a Santa & Bela? Fez o número de ir falar com o ministro a portas fechadas em Joinville. Foi, mesmo, falar de Itajaí? Ou da menina dos olhos do governo do estado, o complexo portuário de São Francisco? Hein?
Tira o meu da reta
O que Jorginho fez, na opinião de muitos que me sussurram nos sensíveis ouvidos, foi tirar o dele da reta. Volnei também fez publicação pra tirar o fiofó dele da mira. Assim como fez, vamos ser sinceros, o prefeito eleito Robison Coelho (PL), que era secretário adjunto e depois titular dos Portos do Estado, além de portuário. Quer queira, quer não, a coisa toda passou na frente da cara dele. Será que fez o suficiente? Hein?
Rosário
Mas vou parar de desfiar o rosário por aqui, que tá ficando comprido demais. Nem vou falar da bancada catarinense e nem das entidades que, pelamordedeus, só se mexeram quando o tempo já tinha se acabado. Então, pra completar, tudo estava desenhado bem antes da hora, quando era hora ninguém se mexeu, agora, depois da hora, a gritaria é geral. Mas, já foi, já deu.
O nada
De tudo restou a narrativa bolsonarista contra o PT, e a lenga-lenga petista contra o bolsonarismo. Os dois lados da mesma moeda radical e que, sinceramente, já estamos cansados de ouvir. Eu, pelo menos, estou farto. Porque o que faltou mesmo para que não chegássemos onde chegamos foi timing, conversa, respeito, responsabilidade e política de interesse público. O resto é essa m que tá aí. O nada... Ou não? Ou estou errado?
Pode não esquentar
O ex-vice prefeito da capital da pedrada e ex-do tiro ao vereador, o Júnior Cardoso, pode não esquentar a cadeira de deputado estadual do PRD. O agora remoçado com a prótese capilar, assumiu nesta quarta-feira com a renúncia do delegado Egídio Ferrari (PL) que foi eleito prefeito da galega Blumenau.
Expulso
O PRD do Júnior não o quer mais nas fileiras da sigla e pretende tirá-lo da cadeira na Leléia. A comissão de ética do partido teria recebido denúncia e aprovou a expulsão de Júnior do PRD por infidelidade partidária. O agora deputado teria feito campanha no passado (fatos de 2022) até pra pombos e cachorros e ainda colocado em suas redes sociais, mas nada de pedir votos pro PRD.
De Lages
Segundo a denúncia que correu de forma a ouvir todos os lados e tomar a decisão, o foi por conta de ter descumprido normas do estatuto do partido. A sigla busca que a expulsão seja concretizada com a perda do mandato de deputado estadual, o vereador Jonata Mendes.
Não e sim
Juristas, de um lado, garantem que a expulsão não gera perda de mandato de deputado estadual. Outros afirmam que a expulsão se deu antes de ter assumido, por fatos ocorridos em 2022. No caso, a Assembleia Legislativa cumpriu com o que preconiza a legislação, empossando o Júnior Peruca, digo, Cardoso, e quem vai decidir a bronca será o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Vai longe...
Consta que o pastor Júnior teria uma carta assinada pelo presidente nacional do PRD, cientificando de que poderia deixar a sigla e não perderia a suplência (será que tem validade?). Contudo, não teria usado da carta e se mantido na sigla. Enfim, tem recurso e a briga promete ser longa...
Ignorada
O prefeito das bochechas rosadas, o pop star Fabrício Oliveira (PL) da Dubai city, decidiu ignorar a reforma administrativa proposta pela prefeita eleita Juliana Pavan (PSD), atendendo ao pedido dos vereadores da base aliada do PL.
Em cima do laço
Verdade seja dita, Juliana só entregou a “reforma” ao prefeito na semana que passou e pedindo urgência na aprovação para já iniciar o seu governo “reformada”, mas as sessões da casa do povo da praia alagada, digo, alargada, só tinham mais duas no ano e ainda com um calhamaço de projetos para aprovar e deixar a pauta do ano zerada.
Promessas
Juliana jogou a reforma para a torcida e tentou fazer um ato político que colocaria o alcaide Fabrício numa saia justa, porque Fabrício não enviou nenhuma reforma no seu governo durante oito anos. Por que enviaria no apagar das velas, aos 45 do segundo tempo?
Culpando
Essa decisão tem gerado ainda mais frustração entre os novos gestores, que acreditavam na importância da reforma para reorganizar e melhorar a administração pública. O governo da Juliana já começa mal, culpando o seu antecessor por aquilo que não vão conseguir cumprir. Ou vão?
Versão
Por outro lado, circulou versão no fechamento da coluna de que a reforma estava na ponta da agulha, mas o processo movido contra os vereadores do Partido Liberal teria feito com que os edis pedissem pra que não fosse levado à casa do povo. Qui coisa, meu povo!
Jogo jogado
Frente à informação de que o vereador rei do berreiro, Marcelo Achutti, o Quero-Quero (MDB), tem 10 votos a seu favor para ocupar a cadeira mais estofadinha da Dubai Maravilha, teve quem dissesse que o outro postulante, o Marquinhos Kurtz (Podemos), teria 12 votos. A conta não fecha e alguém vai trair alguém. A política ama a traição, mas não perdoa os traidores...
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