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Coluna Fato&Comentário

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Edison d´Ávila é itajaiense, Mestre em História e Museólogo, mestre em Cultura Popular e Memória de Santa Catarina. Membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de SC, da Academia Itajaiense de Letras e da Associação de Amigos do Museu Histórico e Arquivo Público de Itajaí. É autor de livros sobre história regional de Santa Catarina

Penha x Navegantes - quase guerra


Penha x Navegantes - quase guerra

Nestes tempos lamentáveis de invasão militar da pacífica Ucrânia pela vizinha e agressiva Rússia, numa guerra inaudita e cruel, vem ao caso contar episódio em que se envolveram os municípios nossos vizinhos de Penha e Navegantes, que quase os levou às vias de fato.

O sucedido deu-se no começo do ano de 1965 e foi noticiado pelo jornal A Nação/edição de Itajaí e pela antiga Rádio Clube de Itajaí. De acordo com esse noticiário, o então prefeito de Penha, José João Batista, popularmente conhecido como Zito, fora aos microfones da rádio para denunciar a invasão cometida por Navegantes na localidade de Santa Lídia, que ele dissera ser parte do município de Penha. E disse mais: que se os invasores navegantinos não se retirassem de Santa Lídia, iria pedir providências ao Governo Federal, governo militar na ocasião, em Brasília, ameaçando invadir Navegantes, caso não fosse atendido.

A ameaça de confronto entre os dois vizinhos deixara a imprensa e a todos estupefatos e perplexos. Os repórteres logo procuraram o prefeito Cirino Adolfo Cabral, de Navegantes, para saber o que ocorrera e tomar suas declarações. Cirino se declarou pasmado com a ameaça de conflito do penhense e buscou explicar o que ocorrera.

Município novo, fora instalado em 1962, Navegantes vinha perdendo território por causa da indefinição de seus limites; recentemente Ilhota havia ficado com a região de Pedra de Amolar, sede da então próspera Usina de Açúcar Adelaide, que gerava muitos impostos. O acontecimento de Santa Lídia, com fiscais navegantinos a cobrar impostos de moradores que eram de Penha, se dera por conta dessa indefinição de limites territoriais.

De tudo o que se passara, não perdeu tempo em compor suas trovas jocosas Zé Fumaça, crítico de costumes e pessoas, alter ego do jornalista e escritor Jayme Fernandes Vieira, à época, o decano dos jornalistas itajaienses. No Jornal do Povo daquela semana, ele publicou com criatividade e muito humor as seguintes quadras:

“Prefeito Zito, da Penha                    E se este então falhar

Diz que com ele é na lenha              Só lhe resta u´a maneira

E não dá bola ao Cabral                  É urubu engordar

Se continuar a invasão                    De tanto comer sangueira...

Pedirá intervenção                                            

Ao Governo Federal...

E se este então falhar

Só lhe resta u´a maneira

É urubu engordar

De tanto comer sangueira...

(Zé Fumaça)


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