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Coluna Exitus na Política

Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

Coice e passo adiante


Jairos era uma pessoa autoritário e egoísta. Carregado de traumas fabricados em sua trajetória de vida, depois de avançar na idade, falava com sinceridade quando demonstrava suas revoltas. Ali, traía suas intenções ao revelar seus desejos mais egoístas, os quais não poderia declamar nas esquinas como socialmente honestos. Jairos vivia escondido nas coisas que escondia de si mesmo. Tinha a “alma” atordoada pelo acúmulo de si, dentro de si mesmo. Sua psiquê estava abarrotada por sua incapacidade de dar um passo de autossuperação.

 

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Jairos, sem escolhas, preferia o coice ao passo adiante! Não conseguia governar suas ações com destreza e cunhava sua marca em mentiras, em confrontos inventados, em culpar um alvo pelo seu erro. Indolente porque egoísta, qualquer sofrimento só poderia ser o seu. Para qualquer asfixia em sua garganta, culpa e responsabilidade estavam amarradas em terceiros, como cabos desgastados de navios prontos para ruir. Criar problemas e dar coices lhe deixava, intimamente, protegido e, para si mesmo, politicamente fortalecido. Pobre conjunto de carne e osso que se esvazia no eón [período de tempo muito longo], tinha ali sua franqueza: o coice.

Ao seu redor e por suas próprias mãos, o mundo que Jairos via e vivia era um circuito de disfarces. Sem música, Jairos dançava num baile de máscaras cheio de personagens, para os quais escrevia o destino, as falas e os crucificava por avaliação moral. Assim, restava-se a si próprio como o Grande Ser: era acusador e juiz, classificava aos outros e destinava as sentenças.

Havia, entre todos os convidas, o semblante de que o preço do combustível estava caro demais, mas, dizer isso a Jairos, era produzir dissonância e reações agudas. Jairos não admitiria críticas! Muitos não foram ao baile porque não resistiram a uma peste pegajosa e morreram sufocados por ausência de oxigênio ou por falta de vacinas ou por impossibilidade de tratamento. Mas Jairos, como cicerone, dizia que não era coveiro, embora sua responsabilidade fosse salvar vidas e não enterrar mortos.

Jairos, por seus traços psicológicos declarados em suas ações durante a vida e na forma de autorrelato como coisas comuns ou situações provocadas por outros, acusava a Democracia de ser aberta demais, portanto, prejudicial ao seu destino: se há mais votos aos outros, a culpa é da máquina que os registra e daqueles que a defendem. Mais um confronto a viver! Machista e impulsivo, colocara sua própria esposa em constrangimento ao revelar suas matinas.

Jairos acreditava defender a liberdade como a existência da circulação de seu sangue, mas abrigava condenados, protegia investigados, criava sigilos centenários para suas atividades constitucionalmente públicas, hostilizava mulheres que, no suporte profissional, lhe faziam perguntas. A liberdade que oferecia era para si mesmo, como cabos desgastados de navios muito a ruir.

Jairos não tinha escolha: estava psicologicamente preso nos escombros ou ruínas que trouxe em sua vida e, sem poder dar um passo à frente, estava condicionado a dar coices. Sua vida tinha estímulos para trás, sem energia para alimentar o futuro. Os dias rompiam a escuridão como todos os dias: disfarces, máscaras e coices. Jairos dispunha suas energias porque tinha muitas fraquezas ao invés de desafios. O baile apontava o nascer do sol e a culpa seria dos músicos!


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