Desse jeito, nada

Desse jeito, nada

Mal-humorado por natureza e ainda mais por ter sido convocado a dar seus pitacos, Pai Atanásio já chegou fuzilando a classe política pexêra, garantindo que, com essa montoeira de nomes, Itajaí vai continuar a ver navios, sem um parlamentar em Brasília pra espernear pela city.

Não alinhou

A culpa pelo cenário, segundo nossa fonte extraterrena, deve-se ao não alinhamento da base governista e da oposição em torno de candidaturas viáveis de verdade. Diferente do que fez com o barbudinho júnior, quando toda base deve rezar a cartilha e apoiar o Thiago Morastoni (MDB). Pra federal parece que anda liberado.

Melancias governistas

Rondando a base governista, no mínimo três pré-candidaturas a deputado federal devem beliscar nichos de apoio dentro do governo. O empresário e suplente de deputado federal, Jorge Goetten (PL), o vereador licenciado e secretário de Obras Dedé da Murta (DEM) e o presidente da piramidal pexêra Marcelo Werner (PSC) devem disputar no tapa os apoios da situação, garantiu Pai Atanásio.

Voto fora!

Dentro desse cenário fragmentado, o empresário Jorge Goetten (PL) é o que apresenta mais condições de se eleger. Os linguarudos aqui do mundo real sopram que Goetten deve buscar, como em 2018, muitos votos fora, graças à capilaridade de suas empresas e ao apoio que angariou ao longo desses anos. E fazer bons votos em Itajaí.

E o vice?

Aproveitando que tirei Pai Atanásio de seu ócio de veraneio, questionei sobre o vice-prefeito Marcelo Saldré, ops, Sodré (PDT), que anda perambulando pelo estado e dando o ar da graça, agora todo fitness, nas redes sociais. Categórico, o véio me chamou pra realidade: “quantas vezes tu visse o Marcelo ciscar, ciscar e nada, a urna ele não enfrenta”.

Melanciais avulsas

Como se não bastassem três candidatos na base governista e a incógnita do vice, Pai Atanásio lembrou que circulam e agem como candidatos, sem alinhamento com a oposição ou com o governo, o atual deputado estadual Coronel Mocelin (Republicanos) e o eterno candidato a tudo Osvaldo Mafra (Solidariedade). “Mesmo perdendo do Vequi e do Patrick Dauer, o Mafra não perde a pose”, desdenhou o véio.

Melancias da oposição

Já a oposição ao barbudinho precisa se resolver. Isso porque também são, no mínimo, três os postulantes a uma cadeira em Brasília. O vereador revoga tudo Adriano Klawa (PSL ainda), que se assanha candidato pelos bolsonaristas de plantão, o devoto Beto Cunha (PSDB), que já disputou em 2018, e o ex-vereador o bonzinho Edson Lapa (PSL), candidato derrotado a vice-prefeito em 2020.

Funil

Diferente das candidaturas a deputado estadual, que devem se afunilar com mais rapidez e tendem a ficar bem divididas entre o barbudinho júnior Thiago Morastoni (MDB) pelo governo e o ex-vereador Robison Coelho (sem partido) pela oposição, como a coluna previu segunda-feira, o ajustamento das melancias no caminhão rumo a Brasília promete mais emoções e reviravoltas, garante Pai Atanásio.

Amfri pegou fogo

O prefeito da Mariscolândia Aquiles da Costa (MDB), que foi eleito presidente da Associação dos Municipios da Região do Itajaí-Açu (Amfri) na última sexta-feira, chegou chegando e disposto a fazer o que nenhum dos seus antecessores teve coragem: mexer na estrutura da entidade.

Cortar cabeças

Aquiles teria pedido a lista e passou o canetão demitindo uma porrada de cargos, entre eles o todo poderoso Célio Bernardino que, ao longo dos anos, adquiriu até o sobrenome da entidade, sendo conhecido por todos como Célio da Amfri e estando como executivo da Amfri desde que o mundo é mundo.

Correu

A informação que circulou, segunda-feira, é que Célio, entre outros nomes após o gesto do presidente-prefeito Aquiles, teria corrido com outros nomes que foram demitidos da Amfri pra buscar apoios entre os prefeitos da região no intuito de reverter a situação. Aquiles teria mandado limpar as gavetas...

Espera

Em contato com a coluna, Célio da Amfri, digo, Bernardinho esclareceu que o presidente Aquiles teria demonstrado desejo de mudanças, mas que permanecia no cargo e que teria uma conversa com o novo mandatário da Amfri, ao longo da semana.

Feudo?

Ainda pros bocas de tarrafa, a Amfri sempre foi um feudo, abrigo de indicados de políticos e partidos poderosos da região que se encastelaram na entidade, sendo que sempre foi uma caixa preta, onde benesses, diárias e interesses sobrepujaram, detonam.

Para outros...

Já para os defensores, a Amfri é um importante mecanismo para fomentar projetos para as prefas da região. E que projetos importantes como o InovAmfri e até o futuro túnel que ligaria Itajaí a Navegantes, com o desmantelar de nomes que estão na entidade, correm o risco de se perderem e não mais ser realizados.

Aparelhar

Os detratores debulham ainda que Aquiles quer aparelhar a Amfri, assim como ocorreu com a Federação Catarinense dos Municipios (Fecam), e transformar a entidade em um feudo do manda-brasa. O certo é que a Amfri está em discussão e, nesse caso, abrir tudo e demonstrar o que acontece é o mais acertado. Afinal, quando se fala da Amfri, é tudo muito fechado, misterioso. Ou não?

Não é bem assim

O boa gente do Patrick Dauer (Avante) entrou em contato com este pançudinho escriba, dizendo que a história contada pelos fofoqueiros e publicada na coluna de sábado não era bem assim. Patrick confirma que recebeu uma carcada do juiz eleitoral por divulgação irregular de pesquisa sem registro, mas jura de pés juntinhos que não tá fugindo da Justiça Eleitoral.

Advogados

Patrick garante que os seus advogados (será que são os mesmos que perderam o prazo para recorrer da decisão que aplicou a multa em Patrick?) orientaram o ex-candidato a prefeito a não pagar a multa e esperar que ela seja inscrita em dívida ativa e possa ser parcelada.

Não contaram!?

Os advogados só não contaram pra Patrick que o parcelamento das multas eleitorais pode ser feito diretamente com o próprio juízo, no mesmo prazo da Fazenda Nacional. Além disso, garantem os sabichões consultados pela coluna, quando a multa é inscrita em dívida ativa por não ter sido paga em dia, ela aumenta ainda mais, com a famosa multa da multa.

Governador ou presidente!

Patrick segue seu contraponto garantindo que sua qualificação e experiência permitiram a candidatura a prefeito, que desbancou dois políticos tradicionais da city, o Osvaldo da Mancha Branca Mafra (Solidariedade) e o homem do nível quântico superior João Vechi (PT), fato que o orgulha. “Gastei muito menos que eles e ainda fiquei no pódio, se pudesse seria candidato a governador ou presidente”, concluiu todo pimpão!

Tem que pagar!

Caso queira levar adiante o sonho, além de ter que disputar as prévias do Avante, que namora o comandante Carlos Moisés (sem partido) para candidatura à reeleição ao governo do Estado e já lançou o deputado André Janones (MG) à presidência da República, Patrick vai ter que pagar a multa para conseguir sua certidão eleitoral e concorrer à presidência, ou, se não der, ao governo do Estado.