Vistas?

Vistas?

A galega Anna Carolina poderia finalmente botar em votação na piramidal casa do povo seu projeto pra tratar a questão de nepotismo, mas acabou pedindo vistas. Como assim, a autora pedindo vistas do próprio projeto?

Desconhecimento ou manobra

É permitido que qualquer vereador peça vistas dos projetos a serem votados, mas, convenhamos, a autora “ter dúvidas” do próprio projeto é algo que não dá pra entender, até porque havia quórum suficiente pra rolar a votação. Anna justificou que pediu vistas pra que o edil Osmar Teixeira (Solidariedade), único ausente na sessão, pudesse votar também. Aí tem!

Se a moda pega

O fato é pra lá de estranho e bota estranho nisso. Teria a galega BBB feito a manobra pra expor o jovem vereador ao voto, uma vez que o radialista Osmar Teixeira tem conseguido boa aceitação popular no seu mandato?

Manda...

Além disso, o fato pode abrir o precedente dos edis terem que aceitar pedidos de vistas sempre que um vereador não estiver presente pra votar em qualquer projeto, atrasando todo o trabalho legislativo. Ou abriram o precedente só porque, como dizem, é a Anna quem manda por lá?

Inveja?

Nos bastidores, dizem que Osmar, que teria garantido que votaria contra o projeto de Anna, tem causado muito ciúmes e dor de cotovelo na galega, pois tá aparecendo mais do que ela na imprensa e também nas redes sociais. Pra piorar, tão lascando até que Anna estaria com inveja do jovem, que acabou de casar e agora vai ter uma filha, ao contrário da loira. Arreda, cambada de bocudo!

Por outro lado...

Uma coisa é verdade, quem é base governista, mais hora menos hora vai precisar pagar o preço por isso. Não dá pra ficar fazendo discurso de independência e política sem amarras e, na hora que o bicho pegar, não colocar o dedinho pra votar junto com a base. Não dá pra só se deleitar nas benesses do poder, sem arcar com os ônus que isto impõe.

Lei federal

O projeto de Anna busca trazer mais restrições a questões de nepotismo na administração pública e conta com o apoio de entidades. Alguns defendem a tese da galega, mas outros dizem que já existe lei federal, a Súmula Vinculante 13, que estabelece todas as questões de nepotismo no país, válida pra municípios, estados e União.

Súmula Vinculante

Na prática, a Súmula Vinculante 13, de 2008, já considera violação da Constituição Federal a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados e municípios.

Narrativas

Anna tenta impor sua narrativa de que quem votar contra seu projeto é a favor do nepotismo. Porém, na prática, votar contra a galega não quer dizer isso, uma vez que já existe lei maior que estabelece critérios pra essa questão. Ou vão querer dizer que a regra que baliza a administração pública no restante do país é ruim e todos os demais agentes públicos e políticos são favoráveis ao nepotismo?

Competência

Este socadinho escriba não é favorável ao nepotismo, sabe que o tema é polêmico, mas prima pela competência e capacidade pra realizar um bom trabalho, e talvez isso seja muito mais importante exigir dos nomeados nos cargos públicos.

Caneta

São pessoas com essas características que poderão desenvolver suas funções com competência, atender bem a comunidade, seja no serviço público ou na iniciativa privada. Claro que se na esfera pública tiver algum caso de parentesco que caracterize nepotismo, que o prefeito barbudinho Volnei Morastoni (MDB) use da força da caneta e o exonere.

PDT sendo PDT

Bocas de tarrafa da Dubai brasileira caceteiam que o PDT da cidade quis empurrar goela abaixo do prefeito pop star Fabrício Oliveira (Podemos) a indicação do bagrão do partido, Alan Schroeder, a cargo de primeiro escalão no governo.

Novamente?

E que essa prática é muito conhecida dos pedetistas da Dubai brasileira, já utilizada, inclusive, nos dois governo do homem-pássaro, Edson Periquito (MDB, por enquanto...), e agora tentada novamente, só que desta vez sem sucesso.

Rigor nas nomeações

Experiente no trato político e de zóio em sua gestão, que tem sido marcante pelo volume de obras e de ações em praticamente todas as áreas na Dubai brasileira, Fabrício é muito rigoroso na escolha dos nomes que compõem o seu governo, dizem os bocas de lata de plantão.

Correto

E, cá entre nós, o prefeito está corretíssimo. Chega da política velha do indicar por indicar. O anúncio da saída do PDT do governo de Fabrício, entretanto, coincide com os rumores que correm da ida de Periquito para o PDT… Hummmmm...

Tá lá

Ainda não arrumaram o buracão de 3 x 3 no forro da casa do povo dengo-dengo. Aparentemente existe a possibilidade de mexer em toda a forração. O que poderia ser resolvido com um gesseiro vai custar um dinheirão e, ainda, impossibilitará que o plenário seja usado pelos nossos heróis legislativos.

Brecado

A presença do povo também segue brecada na câmara de Navegantes. Enquanto na city peixeira, a piramidal foi reaberta para que o público possa acompanhar o trabalho dos vereadores, com limitação da capacidade, distanciamento, uso de máscaras e álcool gel.

Moisés paz e amor com a leleia

Depois de ter se livrado do segundo processo de impeachment pelos votos de arquivamento do mesmo, na semana passada, o governador bombeiro Carlos Moisés (PSL) voltou à Alesc (onde toda a crise política histórica e inédita no estado começou) na tarde desta terça-feira, desta vez, para uma visita oficial de retomada do diálogo e de agradecimento.

Diálogo franco

Ao se reunir com a presidência da Casa e deputados líderes de bancadas e dos blocos partidários, o governador falou em reabertura de um diálogo franco, além de fazer um gesto de agradecimento ao parlamento e um apelo para que seja derrubado o equivocado e controverso veto da então governadora Daniela Reinehr ao projeto do próprio executivo de R$ 350 milhões para as rodovias. 

Reforma

Também sinalizou que outro tema a ser acertado com a Assembleia, mas também com Ministério Público, Tribunal de Contas e Tribunal de Justiça, é a reforma da previdência dos servidores públicos, que deve gerar muito bafafá na Alesc este ano.

Positiva

A receptividade dos parlamentares à nova fase do governador Carlos Moisés foi extremamente positiva, todos acenando pelo acerto da reabertura do diálogo com o parlamento, o que inexistiu no início do governo.

Unir forças

Inclusive, o líder da oposição, proponente e relator da CPI dos Respiradores, um dos pivôs da crise política, deputado Ivan Naatz (PL), destacou que o momento é de unir forças naquilo que for de interesse do estado catarinense, advertindo, porém, da importância de manter a plena missão fiscalizatória do parlamento.

Liderança

Moisés também aproveitou para confirmar o nome do deputado José Milton Scheffer (PP) como líder do governo no parlamento. Resta saber até onde vai ou o quanto será duradouro esse clima de harmonia, tipo “lua mel pós impeachment?”