Pedido de urgência colocado à votação para autorização de suplementação orçamentária para leitos de UTI Covid, votado na piramidal de Itajaí, na última sessão, deixou clara a falta de lideranças de bancadas, sejam de oposição ou de governo. Na votação, teve governista votando com a oposição e oposicionista votando com governo. Ninguém se entendeu.
Risco
O governo do paço da vila Operária, que até hoje não conseguiu definir uma excelência excelentíssima que aceitasse a espinhosa missão de liderar sua base, quase pagou um preço alto pela falta de articulação.
Contra
O projeto pingou na casa do povo peixeira sem nenhuma explicação dos motivos da urgência, fazendo com que os vereadores Bruno da Saúde (MDB), a cultural Hilda Deola (PDT), o radialista Osmar Teixeira (SDD) e o Mamão (PSB), que em tese seriam da base governista, votassem contrários à urgência.
Oposição desunida
Já a oposição, que também carece da falta de unidade e liderança marcantes na época do atucanado Robison Coelho (PSDB) e do futebolista Níkolas Reis (Podemos), não embarcou unida no papo da minha ex-musa BBB, Anna Carolina (PSDB), contrária à urgência.
Covid é prioridade
Os oposicionistas que votaram favoráveis à urgência alegaram que mesmo que o projeto estivesse incompleto, havia temor pela reprovação da urgência, pois poderia haver prejuízos aos recursos necessários para leitos de UTI Covid-19. Oposição também sem uma liderança, cada um por si.
Em tese...
Acabaram votando favoráveis à urgência os, em tese oposicionistas, Adriano Klawa com máscara (PSL); o devoto Beto Cunha (PSDB); o pingo d’ouro. Otto Quintino (Republicanos) e o galego Rubens Angioletti (Podemos). Sei lá, entende...
Resultado
No final, a urgência acabou sendo aprovada por 9 a 6, mas ficou clara a necessidade de ambas as bancadas se organizarem em torno de lideranças. É preciso consenso no discurso. Se isso aconteceu em um projeto simples de dotação orçamentária, imaginem o estrago que a falta de articulação governista pode fazer em proposições importante e que devem logo chegar à casa do povo? O plano diretor é uma delas.
Cada um
O grande problema é como escrevinhei no início da coluna: quem sacrificará seu mandato pra ser líder do governo? Tarefa árdua que, muitas vezes, obriga o líder a defender com unhas e dentes o indefensável. E, além disso, são poucos com esse perfil pra ser líder. E, num é?
Foi lá
O prefeito da capital da pedrada e ex-do tiro ao vereador, Camboriú, Elcio Bisturi Kuhnen (MDB), viajou a semana passada inteira. O alcaide desembarcou em Brasília, com o intuito de passar o chapéu e trazer recursos pra serem investidos na cidade mãe. Tudo dez, muito bacana.
Chafariz...
O problema é que o alcaide que gosta de viajar (vira e mexe tá longe de Camboriú), desembarcou em Sampa. Na capital paulista, Elcio foi dar uma bizolhada em chafariz e plantas ornamentais pra colocar no futuro parque linear. Não pegou tão bem, pois estamos em plena pandemia...
Juntos
Chegou à coluna deste pançudo escriba a informação que o por enquanto tucano, ex-vereador e ex-candidato a prefeito, Robison Coelho, e o pastor vice-presidente da igreja Mevam, ex-presidente do Conselho de Pastores, ex-vereador, ex-candidato a vice-prefeito de Itajaí e ex-bonzinho Edson Lapa (PSL), por enquanto - (ufa!) pretendem seguir juntos na lide política.
Café e planos
Na semana que passou a dupla, que foi cabeça de chapa na última eleição, se reuniu, bebericou café e falou de política. Robison e Lapa fizeram juntos 46 mil votos. Naturalmente que a eleição municipal é diferente, mas é um capital político e tanto. “A ideia é trabalhar por uma dobradinha”, antecipam.
Lá
O prefeito da ex-capital do Jet Ski, Tiago Baltt (MDB), está na capital federal, em Brasília. O alcaide de Piçarras leva junto mais de 20 projetos pra beneficiar a cidade. Quer grana para realizá-los.
Facada
Quem será o presidente de partido político da região que no passado, não tão distante, estava na rua da amargura? Com risco, inclusive, de ter o seu possante apreendido por falta de pagamento? E que recebeu o apoio de um prefeito da região? O problema é que pagou com uma facada nas costas do burgomestre. A madre superiora diria que é soda, sem açúcar...
Estrada Cênica
Os vereadores de Porto Belo aprovaram um requerimento, por unanimidade, que foi enviado ao prefeito Emerson Stein (MDB), pedinchando o envio de um projeto pra regulamentar a faixa de domínio da trilha que corta o topo do morro de Zimbros. E, também, que a estrada seja denominada de Estrada Cênica da Costa Esmeralda.
Segundo acesso
O legislativo encaminhou com o requerimento a minuta do projeto que, segundo as excelências excelentíssimas, capitaneadas pelo vereador Jonas Raulino (MDB), seria um passo importante no almejado segundo acesso. Sonho antigo de uma via alternativa para escoar o complicado trânsito, principalmente na temporada, entre Porto Belo e a capital do mergulho e da TPA, em Bombinhas.
Saiu
A exoneração do Airlon Jacques da Fundação de Esportes e Lazer da city peixeira foi publicada no jornal do munícipio, ontem, com data retroativa de 27 de abril. Igualmente a nomeação de novo mandachuva, Everton da Veiga, que era ou é do Democratas, e foi imposta pelo presidente do PSC, Fabio Rezes, o Fabinho, tem a data de 27 de abril.
Esquecidos
Enquanto isso, os filiados da sigla e os candidatos a vereador do partido do Fabinho, digo, peixinho, que se estrebucharam na lida do voto, em novembro do ano passado, foram esquecidos. Isso tem gerado revolta sem precedentes no PSC. Fora esse perrengue partidário, os R$ 500 mil pra área do esporte conseguidos por Airlon em Brasília podem não vir...
O fator Witzel
Expectativa política desta semana por toda Santa & Bela Catarina é por conta do julgamento final do governador afastado, o bombeiro Carlos Moisés (PSL), pelo tribunal misto na leleia, na próxima sexta-feira, dia 7 de maio.
7x5
Até lá, preveem os observadores do cenário político, a semana será de intensas articulações finais nos bastidores, de um lado por conta do sétimo voto que a governadora interina Daniela Reinehr (sem partido) precisa para ficar definitivamente no cargo.
6x4
Se o governador afastado manter o resultado do último julgamento (6 x 4) retornará ao cargo definitivamente, ou pelo menos, até as aleições do ano que vem...
Responsabilidade
Expectativa também nos bastidores do Tribunal Especial de SC, se haverá alguma influência em relação ao julgamento do Rio de Janeiro, que na sexta-feira última, por 10 votos a 0, selou o processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC).
Na espinha
O ex-juiz foi condenado por crime de responsabilidade, o mesmo que se analisa por aqui, junto com a omissão, no caso da compra dos 200 respiradores, pagos antecipadamente com R$ 33 milhões, sem entrega até hoje.
Diferença
A única diferença é que Witzel foi julgado também por corrupção na contratação de empresas para construir e gerir hospitais de campanha durante a pandemia de covid-19 e ainda responde por crimes comuns no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que é foro para julgar governadores. Por aqui, o governador Carlos Moisés teve inquérito arquivado no STJ, mas persiste a discussão pelo crime de responsabilidade por omissão.
Parque de Itajaí
Audiência pública, em data a ser marcada nos próximos dias, na Alesc, tratará de questões relacionadas à criação do Parque Nacional da Serra do Itajaí, por proposição do presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, deputado Ivan Naatz (PL).
Sem dindim
Naatz visitou o local e relatou que diversas famílias foram afetadas pela criação do parque, em municípios como Timbó, Indaial, Brusque e Botuverá. “Foram atingidas com a criação do parque e não foram devidamente indenizadas. Agora estão sofrendo represálias dos órgãos ambientais como ICMBio [Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade], que faz o controle da área.”
Mixaria
Na opinião do entisicado Naatz está havendo uma expropriação da terra dessas famílias, visto que agora há regras limitadoras das atividades nas propriedades. Das cerca de 1200 famílias do local, apenas 64 teriam sido indenizadas regularmente. Complicado
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