
JotaCê
Por Coluna do JC -
JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Cânfora disponível

O prefeito de Itajaí, que também é médico homeopata, botou em prática ontem o projeto de distribuição do medicamento homeopático à base de cânfora pra ajudar a aumentar a imunidade da população neste momento de pandemia de coronavírus.
Nas UBS
As doses adquiridas pela prefa peixeira estão disponíveis em todas as unidades de saúde pro povão que tiver interesse em tomar. O remédio é entregue, gratuitamente, em frascos individuais pra uso em dose única.
Idosos e grupos de risco
Pessoas que estão em isolamento domiciliar, como idosos e grupos de risco, podem solicitar à unidade de saúde mais próxima a entrega do medicamento em casa ou que um familiar faça a retirada.
Tudo certinho
A oferta da Camphora officinalis foi aprovada pelo governo da Santa & Bela, por meio de nota técnica da secretaria de Estado da Saúde. A medida também segue as recomendações da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB) e de Santa Catarina (AMHB-SC).
Pode se incomodar
Os sabichões das leis assopraram no zovido deste socadinho escriba e temente ao Altíssimo que o vereador galego Rubens Angioletti (Podemos) pode ter no lombo um processo na comissão de ética da casa do povo.
Explico
Na data de ontem, o edil deu entrevista ao nosso glorioso DIARINHO sobre o caso do teacher José Acácio da Rocha (DEM). Os entendidos do direito relatam que houve quebra de decoro pelo fato de Angioletti divulgar um processo sigiloso, que ainda encontra-se no âmbito interno e que não se tornou público, pois não foi pro plenário, momento em que se tornará público.
E o pior...
Não bastasse comentar a decisão, o vereador ainda deu sua percepção pessoal sobre o acontecido, e só por isso já estaria sob suspeição, segundo os sabichões. Lógico que é inaceitável a conduta de Acácio e tem mesmo que ser cassado.
Até quando?
Se os entendidos em direito tiverem razão, me pergunto até quando não teremos seriedade por parte dos políticos em situações como essa? Como o povo vai ter tranquilidade pra apoiar uma decisão quando o presidente da comissão bota a carroça na frente dos bois, lascam a raça da língua solta. Ai, ai, ai, que dor!
Quer que eu faça o quê, diz Bolsonaro...
Por exemplo, que o senhor comece a liderar. Por exemplo, parar de causar crise atrás de crise. Parar de ser um baita cu de encrenca. Purexemplo, dar o exemplo. A surreal resposta do presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira, quando perguntado sobre as mais de cinco mil mortes devido ao novo coronavírus, surpreendeu, espantou e horrorizou o país ainda mais, com repercussões internacionais. Uma vergonheira atrás da outra.
Nem te ligo
“E daí? Lamento... Quer que eu faça o quê?”, foi a resposta cretina de Bolsonaro diante do baita sofrimento das mais de cinco mil famílias que perderam entes queridos durante a pandemia que ainda não chegou ao pico, infelizmente.
Desumanidade
O cinismo e a desumanidade do presidente se revelaram ainda mais no fechamento da espantosa declaração: “Eu sou Messias, mas não faço milagres”. Bolsonaro mostrou sua completa falta de empatia pelo povo brasileiro, sua completa falta de conhecimento sobre o papel e a relevância de um presidente para uma nação. Lhe falta noção de liderança e da responsabilidade que são inerentes a um presidente da República, lhe falta tudo.
Aprovação de seguidores
Bolsonaro não está preocupado com o povo brasileiro, ele só está preocupado em garantir a aprovação de seus seguidores, os cegos do castelo, que fazem da mídia social o inferno brasileiro das fake news e do linchamento moral de quem ouse contestar as inúmeras aberrações a que somos submetidos diariamente por quem deveria nos proteger e ajudar.
Jogou nas costas
Para completar, ontem, quarta-feira, Bolsonaro juntou políticos de sua tropa de choque e foi para uma entrevista tumultuada na porta do Palácio da Alvorada e jogou nas costas dos governadores e prefeitos a responsabilidade pelo aumento dos casos do pestilento Covid-19 no país.
Até quando?
Bolsonaro atacou, principalmente, o governador de São Paulo, João Dória, seu possível opositor em 2022. Mais uma prova de que Bolsonaro só enxerga a si mesmo, e o resto que se exploda. A pergunta é: até quando?
Enquanto isso...
A coisa ferve por aqui também. Nova denúncia apurada pela imprensa de superfaturamento em compra de máscaras pelo governo do Estado traz ainda mais dúvidas sobre a equipe do governador Carlos Moisés, enrolada para explicar a compra de 200 respiradores por R$ 165 mil cada e, ainda por cima, o pagório adiantado do equipamento que nunca foi entregue.