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JotaCê

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JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.

Moro sai atirando


Moro sai atirando

O assunto bomba que não para de repercutir foi o anúncio, em entrevista coletiva, do pedido de demissão de Sérgio Moro do cargo que ocupava de Ministro da Justiça. Na esteira da decisão de Moro uma série de declarações de políticos e empresários traçam para o horizonte bolsonarista muita tempestade à vista. Moro alegou sair por não admitir interferência política na PF.

 

O início do fim

À boca pequena, e mesmo abertamente, já se fala que a saída de Moro é o início do fim do governo do presidente Jair Bolsonaro, que colecionou críticos aos montes, começando pelos presidentes da Câmara e do Senado, onde tudo que é importante é votado. Atacou via redes sociais o STF, comprou briga com governadores de estados, brigou com a grande imprensa, e por aí vai.

Cu de encrenca

Com a saída de Moro, e, principalmente, pelo motivo da saída de Moro, grandes empresários já se declararam decepcionados com o presidente. Houve manifestação de militares nos bastidores de que não teriam sido informados da mudança na polícia Federal. Militares se sentem traídos.

Não é bom

O vice-presidente, Hamilton Mourão, lascou em poucas palavras sobre a saída de Moro: “Não é bom.” O ministro da Fazenda, Paulo Guedes, que pode ser o próximo a deixar o primeiro escalão do governo federal, moitou.

Desgaste

O presidente Jair Bolsonaro já vinha carregando um grande desgaste pela demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio a epidemia de coronavírus. Agora Bolsonaro está isolado.

Delação ao vivo

A fala de Moro  trouxe uma série de fatos que podem, e provavelmente irão, colocar o presidente na berlinda. Moro diz não ter sido avisado e não ter assinado a demissão do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, o pivô da crise, purexemplo.

Ilegalidades

Se colocaram a assinatura dele na demissão é falsidade ideológica, ou não? Moro deu a entender que o presidente queria do diretor-geral da PF informações privilegiadas sobre investigações e inquéritos, e por aí vai. Um descalabro!

Resumindo

No resumo da ópera, a certeza de que as consequências desta saída bombástica terá sérias e variadas repercussões. O que se vê numa leitura rápida é a fragilidade de Bolsonaro, o que no Brasil é praticamente sinônimo de impeachment.

Futuro

A possível ascensão de Mourão é óbvia, se o presidente for impichado. Sérgio Moro sai fortalecido do episódio e dono do discurso anticorrupção que elegeu Bolsonaro. Candidatíssimo a presidente em 2022. Ou não? O futuro dirá...

Vergonha alheia

Quinta-feira, quando saiu na imprensa a informação de que o então ministro da Justiça e Segurança Pública ia se demitir, muitos aloprados que se espalham nas redes sociais, detonaram que era fake news. Criticaram pesadamente a imprensa, entre outras bobagens. No fim, ficou claro que não era fofoca e, sim informação apurada, jornalismo na acepção da palavra. Informações contra as paixões e insanidades das redes sociais.

Patético

O discurso do presidente Bolsonaro, no final da tarde, não rebateu as acusações de Sérgio Moro. Na verdade, foi patético, tentando fazer com que as pessoas (na verdade os seus apoiadores) se sensibilizassem com um monte de bobagens. Desconexo da realidade. Fazendo papel de coitadinho que luta contra o sistema. Nem tentou desmentir Moro, apenas choramingou.

Atacou a PF

Bolsonaro atacou por várias vezes a polícia Federal (arrumou uma briga desnecessária), e não demonstrou  nenhuma preocupação com o coronavírus, obrigando os ministros a fazerem um aglomero em seu entorno, sem máscaras, em mais uma cena irresponsável e patética. O único com máscara era o ministro Guedes. Ninguém escondia o desconforto por estar ali. Foi triste. 

MP quer que a Penha pague 

O ministério Público da Santa & Bela  pediu à dona Justa o pagamento de multa e ressarcimento, no valor de mais de nove milhões de reais, relacionado ao descumprimento de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre o MP, a justiça e a prefa de Penha.

Cobrança

O promotor, Luis Felipe de Oliveira Czesnat, pede ainda a penhora dos bens, caso o município não pague a quantia estabelecida no Ministério Público, por não ter cumprido obras na Unidade de Saúde da Cohab.

Multa

A multa por não ter cumprido integralmente os termos do TAC seria arbitrada em 10  mil reais por dia, caso o município não executasse as determinações exigidas no acordo, vencido dia 1 de abril de 2018.

Dez milhões

E chegou ao acúmulo de quase 10 milhões de reais, em  valores atualizados e que estão sendo cobrados na justiça. Com a palavra o prefeito Aquiles da Costa (MDB), que gosta de gravar um vídeo, e quem sabe grave um explicando melhor o fato.

Mestre

O advogado Marcelo Vrenna, que é presidente da Comissão de Direito Eleitoral da subseção da OAB/BC, por ser especialista em Direito Público e Eleitoral, tem sido convidado constantemente para contribuir em vários programas jornalísticos da região.

 


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