Por Gustavo Fonseca - redacao@diarinho.com.br
Blog Doutor Multas
Publicado 22/06/2019 16:45
Você sabia que o sono é a segunda maior causa de acidentes ao volante? De acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), dois em cada dez acidentes de trânsito são provocados por algum distúrbio do sono ou pelo excesso de cansaço. Por mais que muita gente imagine ter controle sobre a situação, o sono é muito mais perigoso do que parece. Para saber mais sobre o assunto, faça a leitura deste artigo. Aqui você conhecerá também a possibilidade de incidência de multa por dirigir com sono. Ficou curioso? Então confira. Algumas estatísticas sobre sono ao volante Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Neurologia (ABN) com 495 condutores apresentou resultados alarmantes. A maioria dos entrevistados admitiu já ter dirigido mesmo com sono, e cerca de 40% já andaram em zigue-zague na pista por conta da sonolência. Imagino que você já tenha ouvido falar que especialistas recomendam em torno de oito horas de sono por noite para preservar a saúde. A privação do sono reflete diretamente sobre o desempenho ao volante. Ter dormido menos de 7 horas na noite anterior dobra o risco de acidente ao volante. Se o total de horas dormidas for inferior a 5, então, o risco aumenta em quase cinco vezes. Se o condutor teve uma boa noite de sono, então, está fora de risco, certo? Errado. Os movimentos e até o som de dentro do carro podem funcionar como uma “canção de ninar” para o motorista. Além disso, alguns horários específicos indicam maior incidência de sonolência ao volante e, consequentemente, de acidentes. Segundo a ABN, os horários de risco são entre 12h40 e 14h, quando as pessoas costumam ficar mais sonolentas por conta do período pós-almoço, e das 22h às 6h. No período noturno, a situação é ainda mais crítica das 3h30 às 5h50 da manhã. E não para por aí. Mesmo que tenha dormido bem na noite anterior, após 19 horas acordado, o corpo sofre efeitos semelhantes a quem consumiu seis copos de cerveja. O sono é traiçoeiro, pois é praticamente impossível lutar contra ele. Segundo Dirceu Alvez Júnior, médico da Abramet, não há nível seguro de sonolência ao volante. Semelhante ao efeito do álcool, o condutor não tem controle sobre os efeitos limitantes da coordenação motora e da atenção. Segundo Dirceu, a maioria das pessoas que se envolvem em acidentes no trânsito por conta do sono nem percebe que tenha fechado os olhos. Como agir em caso de sonolência ao volante Dirigir com sono é tão perigoso quanto conduzir veículo sob o efeito de álcool. Então, o que fazer para combater a sonolência? A maioria das pessoas adota estratégias semelhantes: parar para tomar um café ou outra bebida estimulante, como energético ou refrigerante, lavar o rosto, colocar música alta, mascar chiclete e abaixar os vidros são as principais delas. Contudo, tais estratégias são apenas paliativas e seus efeitos duram muito pouco. O efeito do café ou similar, por exemplo, é eficaz a princípio, mas desaparece após aproximadamente 10 minutos. O som alto acaba sendo mais um elemento de distração que pode atrapalhar a percepção do condutor sobre o que está ocorrendo ao seu redor na via. O vidro aberto, o chiclete e a água no rosto funcionam também por pouquíssimo tempo. Então, o que fazer? Especialistas indicam que a melhor estratégia a ser tomada ao perceber que está sonolento é parar o veículo em local seguro e tirar um cochilo de meia hora. Parece pouco, mas esse período de sono será regenerativo e ajudará para que o motorista chegue ao destino em segurança. Além disso, outras medidas podem ser tomadas para evitar ficar com sono enquanto dirige. Algumas delas são:
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Publicado 17/07/2025 19:49