No Colégio Salesiano Itajaí, a tecnologia é usada de forma pedagógica, sempre com orientação docente. O uso de celulares, notebooks ou tablets é permitido apenas quando solicitado pelo professor. A escola mantém um Laboratório de Informática e uma Sala Maker, onde os alunos desenvolvem pesquisas, projetos digitais e trabalhos colaborativos. Para além da técnica, a preocupação é com a formação para a cidadania digital: ética no uso da internet, segurança online, consciência crítica e prevenção ao hiperuso. “Queremos que a tecnologia seja uma aliada, nunca fonte de dispersão”, explica a coordenação.
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No Colégio Uniavan, cada aluno recebe um Chromebook, com acesso à plataforma Geekie One. Oficinas de robótica, cultura maker e projetos digitais ampliam o repertório dos estudantes. “Equilíbrio é essencial. Planejamos momentos de imersão digital, mas também experiências fora da tela, para que o aprendizado seja completo e saudável”, afirma a diretora adjunta Marlene Toledo.
A Escola SESI de Itajaí, com 760 estudantes e mais de 11 mil em SC, mantém laboratórios STEAM (sigla que, traduzida do inglês, significa: Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), equipados com impressoras 3D, cortadoras a laser, braços robóticos e softwares educacionais. A proposta vai além da técnica. “Trabalhamos ética, ergonomia, segurança digital e até saúde visual. O digital deve ser aliado, não dominante”, pontua a coordenação pedagógica.
Na Valley International School, o currículo integra tecnologia ao aprendizado desde cedo. Projetos interdisciplinares unem ferramentas digitais ao ensino de idiomas, ciências e humanidades. A escola também adota políticas rígidas de proteção de dados em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além de manter constante diálogo com as famílias para orientar o uso equilibrado da tecnologia em casa.
Clubes de programação, oficinas maker e feiras tecnológicas são comuns nas quatro instituições. Os alunos participam de olimpíadas científicas e competições digitais, conquistando premiações. O SESI, por exemplo, leva equipes a torneios de robótica; Uniavan destaca estudantes em projetos de inovação; e o Salesiano utiliza simulados digitais como ferramenta de avaliação e desenvolvimento acadêmico.
Outro ponto de destaque é a preparação para o futuro profissional. Escolas têm investido em itinerários formativos ligados à inovação, em conformidade com a nova lei 14.945/2024, que reestrutura o ensino médio. A legislação valoriza metodologias investigativas, projetos interdisciplinares e o uso consciente da tecnologia como recurso pedagógico. Com isso, a tecnologia deixa de ser acessório e passa a ser parte estruturante da formação.
Mais do que ensinar a usar ferramentas, as escolas estão formando cidadãos digitais responsáveis. O equilíbrio entre tecnologia e convivência presencial, aliado ao uso intencional dos dispositivos, mostra que o futuro da educação já está em prática nas instituições da região.