Atividades culturais, recreativas e cursos preparatórios para intercâmbio fazem parte do dia a dia de escolas particulares do ensino médio em municípios da Amfri (Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema, Navegantes, Balneário Piçarras, Bombinhas, Penha, Porto Belo, Ilhota e Luiz Alves). Elas estimulam uma visão de cidadania interligada com tendências mundiais, tendo o inglês como carro-chefe, por ser uma das línguas mais faladas no planeta. A região oferece desde aulas de idiomas integradas à grade curricular até instituições com interação 100% em outro idioma no ambiente de estudo. Além do inglês, o espanhol também é uma opção bastante procurada.
De acordo com a direção do Colégio Uniavan, que tem uma unidade em Balneário Camboriú e conta com mais de 2 mil alunos matriculados na rede (do fundamental ao médio), a fluência em outros ...
De acordo com a direção do Colégio Uniavan, que tem uma unidade em Balneário Camboriú e conta com mais de 2 mil alunos matriculados na rede (do fundamental ao médio), a fluência em outros idiomas não é apenas o desenvolvimento de uma habilidade, mas uma ferramenta fundamental: “Nossos alunos são estimulados a falar, ouvir, ler e escrever de forma dinâmica e prática. Usamos recursos multimídia, projetos interdisciplinares e situações reais de uso da língua para garantir fluência e confiança. O aprendizado acontece de maneira natural, com ênfase na comunicação e no desenvolvimento de competências culturais”.
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Além das aulas de idiomas, entidades têm promovido atividades de reforço na formação dos alunos, como a realização de festas temáticas, projetos sobre costumes de diferentes países, oficinas e jogos interativos.
Em Itajaí, a Valley International School oferece formação diretamente em inglês para alunos brasileiros e também de outros 10 países que integram a comunidade escolar, contando com a atuação de professores de seis diferentes nacionalidades. A instituição apresenta metodologia reconhecida internacionalmente: o International Baccalaureate (IB), programa educacional global de qualificação de ensino médio. Segundo a diretoria da entidade, o aprendizado de idiomas acontece no cotidiano escolar desde os primeiros anos. “O inglês é vivenciado em sala de aula e em diferentes situações da rotina dos estudantes, fortalecendo a confiança para se comunicar em diversos contextos. Além disso, eles também têm contato com o espanhol, ampliando seu repertório linguístico”, reforça a direção da escola.
No posicionamento da diretoria da Valley, o método IB não é apenas uma meta curricular. “É um projeto de vida que forma cidadãos globais, capazes de dialogar com o mundo e transformar a realidade ao seu redor”. A entidade também prepara os alunos para exames de proficiência internacional, como o Cambridge English, abrindo portas acadêmicas e profissionais em diferentes países, e possui convênio com o Rotary Internacional e o King’s College London. Os lugares mais procurados para intercâmbio são Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
Já o Colégio Salesiano de Itajaí e a Escola Sesi aplicam o TOEFL (Test of English as a Foreign Language), que é um exame padronizado de língua inglesa no qual são avaliadas as habilidades de leitura, compreensão oral, escrita e expressão oral de falantes não nativos do idioma. O teste é um requisito comum para admissão em até 13 mil universidades estrangeiras. Com essa prática, as instituições avaliam de forma concreta a evolução da proficiência dos alunos e os preparam para atender aos padrões internacionais de ensino.
Para o alemão Artur Eswein, 39 anos, que mora em Itajaí há três anos com a esposa Valentina e seus dois filhos Isabella e Maximilian, o fato de haver escola bilíngue na cidade foi de grande importância no quesito adaptação. “Aprender inglês e português foi um desafio para meus filhos, mas também uma grande oportunidade. Hoje eles falam ambos os idiomas fluentemente, além do alemão que falamos em casa. A interação deles com os colegas de classe brasileiros foi extremamente positiva e enriquecedora, eles fizeram muitos amigos e isso também os ajudou a desenvolver habilidades sociais e culturais”, conclui.