A Portonave é o primeiro terminal privado de contêineres do Brasil a operar com uma empilhadeira 100% elétrica para movimentação de contêineres. O equipamento chamado reach stacker integra um pacote de investimentos de R$ 439 milhões em novos maquinários.
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A aquisição foi feita por meio do regime tributário Reporto, que incentiva a modernização dos portos brasileiros. A nova empilhadeira reforça o desempenho do terminal de Navegantes que, segundo dados ...
A aquisição foi feita por meio do regime tributário Reporto, que incentiva a modernização dos portos brasileiros. A nova empilhadeira reforça o desempenho do terminal de Navegantes que, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), é o mais eficiente do país, aliando tecnologia à sustentabilidade e segurança.
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Parte do plano de descarbonização da Portonave, a reach stacker elétrica não emite dióxido de carbono (CO₂), nem poluentes como óxidos de nitrogênio (NOx) e de enxofre (SOx). Entre os recursos tecnológicos estão câmeras com visão 360°, sistema de detecção de obstáculos, bafômetro obrigatório para liberação do uso e significativa redução de ruído.
De fabricação chinesa
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O investimento no novo equipamento foi de R$ 3,8 milhões. A compra foi feita em outubro de 2024, e as operações começaram em julho deste ano. Produzida pela Shanghai Zhenhua Heavy Industries (ZPMC), da China, a máquina tem capacidade para empilhar até seis contêineres de 45 toneladas.
A bateria tem autonomia de oito horas seguidas de operação. Quando atinge 20% de carga, o sistema emite alerta para o operador, que conduz o equipamento até a base de recarga. O tempo médio de recarga é de 1h20.
Antes de começar a operar, a empilhadeira passou por um teste de resistência de 84 horas seguidas em atividade, com paradas apenas para recarga, sem apresentar falhas. Atualmente, ela atua no depósito da Iceport, câmara frigorífica que armazena contêineres refrigerados.
Mais investimentos à vista
Com a nova aquisição, a Portonave agora conta com sete reach stackers. Em breve, dois novos scanners de inspeção de contêineres devem entrar em operação. Além disso, em 2026 devem chegar dois guindastes Ship-to-Shore (STS), usados no embarque e desembarque nos navios, e 14 guindastes Rubber Tyred Gantry (RTG), para movimentação no pátio. Com a obra de adequação do cais, o terminal estará pronto pra receber navios de até 400 metros de comprimento.