O Botafogo conquistou o seu primeiro título de Libertadores final épica na tarde deste sábado, em Buenos Aires. Com Gregore expulso aos 30 segundos, o Fogão venceu o Atlético-MG por 3 a 1 no estádio Monumental de Nuñez, jogando durante mais de 90 minutos com um jogador a menos.

Luiz Henrique e Alex Telles deixaram o Botafogo em vantagem no primeiro tempo. Vargas descontou para o Galo no início da etapa final, mas Júnior Santos sacramentou o título carioca no último minuto de jogo.

Com a conquista, o Botafogo carimbou seu passaporte para o Mundial de Clubes a partir de 11 de dezembro, no Catar, e para o Super Mundial de Clubes em junho de 2025, nos Estados Unidos.

Na quarta-feira, o Botafogo pode ser campeão brasileiro se vencer o Internacional em Porto Alegre, às 21h30, e o Palmeiras tropeçar contra o Cruzeiro em Belo Horizonte, no mesmo dia e horário.

O jogo

Logo aos 30 segundos, Gregore acertou a orelha de Fausto Vera em dividida no círculo central e recebeu o cartão vermelho, deixando o Botafogo com um jogador a menos. Os cariocas tiveram que recuar, enquanto o Galo teve mais posse de bola, mas com pouca efetividade. Hulk arriscou em dois chutes de fora da área, que John defendeu bem.

Do outro lado, o Botafogo foi fatal quando foi ao ataque. Aos 35 minutos, Luiz Henrique iniciou jogada pela esquerda da área e tocou pra trás para Marlon Freitas finalizar. A bola desviou em Almada na pequena área e sobrou novamente nos pés de Luiz Henrique, que fuzilou por baixo de Everson para fazer 1 a 0.

Luiz Henrique foi decisivo de novo no segundo gol botafoguense. A defesa do Galo afastou mal a bola na risca da grande área, o atacante chegou antes que Everson e foi derrubado aos 44. Após análise do VAR, o árbitro assinalou pênalti. Alex Telles cobrou firme, no canto oposto do goleiro, ampliando a vantagem carioca.

O Galo fez três substituições no intervalo e o resultado veio no segundo minuto da etapa final. Hulk cobrou escanteio e encontrou Vargas, que tinha acabado de entrar, livre na área para cabecear no ângulo e descontar para os mineiros.

O Atlético-MG se lançou ao ataque, mas com dificuldades de entrar na defesa do Botafogo. Vargas teve as duas melhores chances já depois dos 40 minutos. Na primeira, ele foi lançado cara a cara com o goleiro e bateu tirando tinta do travessão. Depois, a defesa do Fogão recuou mal a bola para o goleiro, Vargas chegou antes e tentou encobrir John, mas pegou mal na bola e mandou longe.

O golpe de misericórdia do Botafogo veio aos 51 minutos de bola rolando. Júnior Santos saiu da marcação de dois jogadores e cruzou, a defesa tentou cortar, mas a bola sobrou para o próprio Júnior Santos com o gol aberto estufar as redes e dar início à festa do título carioca em Buenos Aires.