Público lotou plenário da câmara de vereadores e clima esquentou
(Foto: Divulgação)
Público lotou plenário da câmara de vereadores e clima esquentou (Foto: Divulgação)
Público lotou plenário da câmara de vereadores e clima esquentou (Foto: Divulgação)
Público lotou plenário da câmara de vereadores e clima esquentou (Foto: Divulgação)
Público lotou plenário da câmara de vereadores e clima esquentou (Foto: Divulgação)
Público lotou plenário da câmara de vereadores e clima esquentou (Foto: Divulgação)
Sob os gritos de "covarde", "vergonha" e com a presença da Polícia Militar, o vereador David LaBarrica (PRD), presidente da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú, suspendeu a sessão que votaria o projeto de lei do executivo que anula a lei municipal que proíbe mudanças no Plano Diretor em ano eleitoral.
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A lei foi sancionada pelo prefeito Fabricio Oliveira (PL), em janeiro de 2017, mas foi aprovada pelo legislativo em 2016. O prefeito Fabrício alega que o ministério público "cobra" agilidade ...
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A lei foi sancionada pelo prefeito Fabricio Oliveira (PL), em janeiro de 2017, mas foi aprovada pelo legislativo em 2016. O prefeito Fabrício alega que o ministério público "cobra" agilidade para a aprovação do novo plano diretor.
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A suspensão, segundo o presidente do legislativo, foi por causa da "baderna" do público.
A votação já tinha sido paralisada duas vezes desde o início da discussão, durante as falas de Marcelo Achutti (MDB) e Gelson Rodrigues (Cidadania). “O presidente reiterou duas vezes, pediu a cooperação e silêncio. A sessão foi suspensa durante a fala de um vereador da base do governo, porque o pessoal não estava cooperando. O presidente explicou que regimentalmente só poderia suspender por duas vezes, e na terceira vez era obrigado a encerrar a sessão”, explicou a assessoria da câmara.
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A gota d'água para o encerramento da sessão foi a fala da vereadora e pré-candidata a prefeita Juliana Pavan (PSD) que foi "ovacionada" pelo público. A votação deve ser retomada às 16h de quarta-feira.
"Panelaço"
Com panelas, cartazes e presentes entre o público, 21 delegados do Plano Diretor já tinham feito um manifesto contra a anulação da lei. Eles são contra o projeto de lei 65/2024, apresentado pelo Executivo, que revoga a lei 4026/2017, que trata da proibição de qualquer mudança no Plano Diretor em ano de eleições municipais.
Os delegados não-governamentais do processo de revisão do Plano Diretor classificaram a proposta como “inusitada”. “É no mínimo curiosa a intenção, uma vez que já se passaram 7,5 anos do atual governo sem a priorização do Plano Diretor e agora decide-se por empurrá-lo ‘goela abaixo’ nas vésperas das eleições, evidenciando desrespeito à sociedade e à inteligência alheia”, acusam.
No manifesto, os delegados repudiam o projeto e pedem que ele seja “sumariamente rejeitado” pelos vereadores. O documento ainda traz críticas à revisão do Plano Diretor iniciada em agosto de 2022.
Segundo os delegados, após inúmeras reuniões, os trabalhos do Colégio de Delegados estão praticamente paralisados desde o início do ano. O grupo alega que a empresa licitada para assessorar o colegiado trabalha só para os técnicos da prefeitura, desconsiderando pedidos e propostas dos representantes não-governamentais.
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O processo estaria emperrado por falta de apresentação do diagnóstico socioambiental da cidade para leitura técnica em audiência pública. O estudo traz os potenciais e deficiências de cada região, sendo base para o planejamento de ações para o desenvolvimento econômico sustentável do município. Os delegados também relatam que sugestões importantes são ignoradas e que outras propostas são colocadas para votação em “caráter surpresa”.
“Ficou evidente no decorrer dos trabalhos a falta de interesse dos representantes do governo em debater tecnicamente as propostas apresentadas pela Câmara Técnica dos delegados não-governamentais acerca do novo zoneamento, corredores de centralidades, eixos estruturantes, áreas vocacionadas, de propósitos ou estratégicos, o que evidencia o descaso com a opinião e efetiva participação da sociedade na construção do novo Plano Diretor”, acusam.
Prefeito diz que lei é “obstáculo ao progresso”
O prefeito Fabrício Oliveira (PL) justificou o projeto para anular a proibição de mudanças no Plano Diretor em ano eleitoral. De acordo com ele, a cidade teve um crescimento urbano e populacional significativo nos últimos anos, sendo “imprescindível” a atualização do Plano Diretor. “A revisão do Plano Diretor em andamento busca adaptar a legislação às novas demandas e desafios do município, promovendo um desenvolvimento sustentável e harmonioso”, defende.
Ele avalia que a restrição imposta pela lei 4026/2017, “embora tenha sido criada com o intuito de evitar decisões precipitadas ou influenciadas pelo contexto eleitoral, atualmente se mostra um obstáculo ao progresso”. “Com a revisão do Plano Diretor praticamente concluída, a vigência desta lei impede a continuidade do processo legislativo, atrasando a implementação de medidas vitais para o desenvolvimento do município”, afirma.
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Fabrício acredita que a revogação é necessária para que o projeto do novo Plano Diretor seja enviado e discutido na Câmara ainda neste ano. “A revogação permitirá que a tramitação legislativa ocorra sem entraves temporais, viabilizando a atualização urgente e necessária das normas urbanísticas e de planejamento do município”, concluiu.
A revisão do Plano Diretor está em fase final. A previsão era que o projeto fosse concluído no fim de 2023, mas as últimas reuniões ficaram para 2024. A prefeitura não respondeu porque o processo não avançou ne se há datas para novas reuniões e audiências públicas.
"Interesses pessoais"
Fabrício defende revisão do Plano Diretor (foto: divulgação)
A nota da prefeitura diz que a “estranha a movimentação para que a revisão do Plano Diretor não prospere, vai na contramão da transparência de todo o processo realizado até o momento”.
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O município alega que foram realizadas quatro reuniões preparatórias nos bairros, 33 reuniões públicas na Câmara de Vereadores e reuniões com a câmara técnica, envolvendo os técnicos designados por entidades da sociedade civil e técnicos do município.
“Cabe ressaltar que existe uma Ação Civil Pública Cível N° 5001023-71.2019.8.24.0005/SC, que tem como autor o Ministério Público, com decisão a qual objetiva a determinação judicial para que o município promova a revisão do seu Plano Diretor. O envio do projeto lei, a fim de revogar a Lei 4026/2017, que proíbe a tramitação de qualquer projeto que visa alterações no plano Diretor em ano de pleito eleitoral, vem ao encontro do cumprimento de decisão judicial”, destaca a nota oficial.
A prefeitura conclui a nota afirmando que manteve as “portas abertas” para ouvir a população, garantindo a efetiva participação da sociedade civil no processo de formulação das propostas, levando em consideração a função social e o bem coletivo, objetivando o equilíbrio. “Interesses pessoais, econômico-financeiros, não devem interferir na construção de um Plano Diretor sério e transparente para todos”.
Quem assina o manifesto
Carlos Júlio Haacke Junior
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana
Valdir de Andrade
Conseg BC
Luiz Gustavo Melo do Couto
Associação dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social de Balneário Camboriú
Ênio Faquetti
Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camboriú
Joel Rosa Junior
Associação Comunitária de Moradores do Nova Esperança
Lucas Pasquali Peixoto
Associação de Moradores da Praia do Estaleirinho
Daniel Cenci
Rotary Club Balneário Camboriú Praia
Maisa Carla Valar Silva
Associação Quilombola Comunidade Morro do Boi
Maria Eroni Cavalheiro
Associação de Moradores do Jardim Denise
Andre Ricardo Ceni de Andrade
Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc)
Marco Rodrigo Haendchen Vieira
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Balneário Camboriú e Região (Sindisol)
João Paulo Packer Silva
Sindicato da Indústria da Construção de Balneário Camboriú (Sinduscon)
Fabiane Schlindwein
Associação dos Corretores de Imóveis de Balneário Camboriú (Acibc)
É diferente. Deixem de ser mentirosos e espalhar fake news. Ele encerrou a sessão e as reclamações começaram. O prefeito Fabrício se mostra um pilantra ao agir assim. O rastro de desgraça que ele vai deixar é gigantesco. E quer aumentar o estrago.
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