Um turista paranaense morreu após levar pauladas na cabeça na manhã de terça-feira, na rua Brusque, no bairro dos Municípios, em Balneário Camboriú. O assassino estaria em crise psicótica por uso de drogas no momento da agressão e cumpria saída temporária do presídio.

O que foi registrado na polícia até agora é que Gustavo Ernest Martins, de 23 anos, foi atingido duas vezes na cabeça. Os golpes foram dados pelas costas, sem chance de defesa, por um ...

O que foi registrado na polícia até agora é que Gustavo Ernest Martins, de 23 anos, foi atingido duas vezes na cabeça. Os golpes foram dados pelas costas, sem chance de defesa, por um homem que tentou roubar a pochete da vítima. O rapaz foi socorrido pelo Samu e levado para o hospital Ruth Cardoso, onde ficou internado, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu de traumatismo craniano.

Sem parentes em BC, a morte só foi descoberta porque, antes de ser socorrido e levado para o hospital, Gustavo conseguiu fazer uma chamada de vídeo pelo WhatsApp para um amigo.

No vídeo, ele apareceu caído no chão, machucado, gemendo de dor. Um homem pegou o telefone da vítima e falou que uma ambulância estava vindo para socorrê-lo. O amigo passou a procurar Gustavo nas unidades de saúde do município, até que o encontrou no hospital Ruth Cardoso.

Ao ligar novamente, a assistência social do hospital pediu que o amigo fosse com urgência até o Ruth Cardoso. Ao chegar ao local, o médico informou que Gustavo sofreu um traumatismo craniano e não resistiu aos ferimentos.

O amigo avisou a mãe de Gustavo, que mora em Londrina, no norte do Paraná, e que chegou em BC na manhã de quarta.

Surto

Segundo o comandante da PM, Eder Jaciel de Souza Oliveira, o agressor estaria em uma crise psicótica quando atacou o matou a vítima, possivelmente por conta do uso de crack.

O comandante ainda revelou que, por algum erro operacional, a equipe médica do Ruth Cardoso não acionou os órgãos de segurança. O procedimento é padrão para hospitais e unidades de saúde ao receberem vítimas de agressões.

A PM ficou sabendo do latrocínio – roubo seguido de morte – quando a família registrou o caso na delegacia. Os dados foram cruzados, com checagem de imagens de câmeras de segurança, e se chegou à identidade do assassino.

O acusado, que estava de saída temporária do presídio, se apresentou no Complexo Penitenciário da Canhanduba no começo da tarde desta quarta, após permanecer sete dias em liberdade.

Agora ele também responderá pelo assassinato de Gustavo. O acusado do crime já tem passagem por receptação, lesão corporal, posse de drogas e adulteração de sinal identificador de veículo.