Ao entrar em contato com o perfil que fez o anúncio, foi informado que deveria fazer um pix para entrar no apartamento. Desconfiado, o morador foi até o edifício, na rua 511, e entrou em contato com a mulher pedindo o nome do porteiro do prédio, mas foi bloqueado pelo contato.
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“Ela [a falsa proprietária] disse que o acesso ao apartamento é por senha. Era para ir ao local e lá ela me passaria a senha de acesso ao prédio, mas o contrato não conseguia fazer, pois estaria indo viajar. Falou que se eu pagasse já liberava o acesso”, explica.
A intenção do denunciante era alugar um apartamento para a mãe, que mora em Ribeirão Preto (SP) e quer se mudar pra BC. O contato foi feito na última quinta-feira e o imóvel continua sendo anunciado na rede social.
O denunciante também estranhou que a chave pix fornecida, um número de celular de código 54, não batia com o nome do perfil da pessoa no Facebook. “Quando vi o valor e como ela estava agindo para receber, já vi que era golpe”, comenta a quase vítima, que não denunciou o caso na polícia.
A reportagem do DIARINHO entrou em contato com o número de celular da chave pix informada. O contato disse ser marido da responsável pela locação, sendo que somente ela poderia dar mais informações sobre o apartamento, mas se negou a passar o contato. O nome do contato no WhatsApp também não é o mesmo do que aparece na chave pix.
Dicas da Polícia Civil
A Polícia Civil de Santa Catarina tem uma série de dicas para evitar o golpe do falso aluguel, que se torna ainda mais comum durante a temporada de verão no estado. A principal delas é se certificar de que o anunciante é o mesmo proprietário do imóvel e de que o imóvel existe no endereço indicado.
A recomendação é agendar uma visita no imóvel ou pedir uma videochamada com o locatário, para ver se ele tem acesso ao imóvel, antes de efetuar qualquer pagamento.
A polícia também alerta para ficar atento a valores abaixo do mercado para esta época do ano em locais de grande procura, como Balneário Camboriú, que podem indicar um golpe.
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“Uma dica é procurar profissionais do ramo, como agências de viagens e imobiliárias. Isso poderá facilitar na hora de fechar o negócio e evitar fraudes. Peça sempre o registro profissional (Creci) do corretor de imóveis para ter certeza de que não se trata de um estelionatário”, alerta a polícia.
O pagamento é outro ponto em que é preciso atenção. Fique atento a possíveis chaves falsas, que simulem agências de hospedagem e de turismo, por exemplo.
Caso o usuário tenha caído no golpe do falso aluguel, deve ir a uma delegacia para fazer um boletim de ocorrência com documentos que possam auxiliar na investigação, como capturas de tela de conversas pelo celular, comprovantes de transferência bancária, entre outros.
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O boletim também pode ser realizado de forma virtual, através da Delegacia de Polícia Virtual. O número 181 também pode ser acionado para denúncia.