A draga holandesa HAM 316, com 128 metros de comprimento e capacidade para armazenar carga de mais de 11 toneladas, chegou na sextaa-feira a Itajaí com a promessa de retomar o serviço de dragagem e devolver a profundidade de 14 metros ao canal de acesso ao Complexo Portuário de Itajaí.
A Superintendência do Porto de Itajaí chegou a ser multada em R$ 200 mil pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) por não manter a profundidade adequada no canal de acesso ...
A Superintendência do Porto de Itajaí chegou a ser multada em R$ 200 mil pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) por não manter a profundidade adequada no canal de acesso portuário e berços de atracação. Atualmente o canal de acesso está em 13,60 metros, com trechos de 10 metros – o que impede a entrada e saída sem restrições de cargueiros do complexo portuário.
Vinda do Porto de Santos (SP), a draga é do tipo sucção (Hopper), tem bandeira do Panamá e auxilia na remoção de materiais sólidos trazidos pela correnteza após as chuvas de outubro.
A draga deve atuar por pelo menos duas semanas, 24 horas por dia, para devolver o calado ideal ao canal. O objetivo é recuperar os 14 metros de profundidade para que o acesso dos navios cargueiros ocorra sem impedimentos. Atualmente, os navios precisam entrar e sair dos terminais com menos contêineres, segundo determinação da Marinha do Brasil.
A embarcação atuará permanentemente na dragagem ao longo do canal de acesso - áreas a montante e jusante - do rio Itajaí-açu e também nas áreas das bacias de evolução, em frente aos portos de Itajaí e Navegantes e na Baía Afonso Wippel, o popular Saco da Fazenda.
Segundo a superintendência, esta draga substituirá a draga holandesa Lelystad e atuará em paralelo com a draga NJORD, sendo que esta injeta potentes jatos de água no fundo do rio, fazendo com que sedimentos sejam eliminados junto com a correnteza.
“Assim como eram realizados os serviços de dragagem de sucção pela draga Lelystad, a nova draga, a HAM 316, recolhe os sedimentos, carrega-os em sua cisterna, e, num raio de 5 milhas, o equivalente a 10 quilômetros de distância da saída do canal de acesso ao complexo, os dejetos são despejados num ponto indicado pelas autoridades ambientais como área de descarte (bota-fora), sendo depositados em alto-mar”, disse o diretor geral de Engenharia, Jucelino dos Santos Sora.
Boca da barra fechada
Nesta sexta-feira, após as fortes chuvas, o canal de acesso ao complexo portuário foi fechado novamente pela Marinha do Brasil. Nenhum navio pode entrar ou sair dos terminais ao longo do rio Itajaí-açu nesta sexta.
Durante a tarde havia três navios atracados na Portonave aguardando para sair e outros 10 fundeados aguardando para entrar no complexo portuário.