Uma mulher fingindo ser a ministra da Saúde Nisia Trindade Lima tentou enganar a Secretaria de Saúde de Itajaí. Ela ofereceu mais verbas para o município em troca de uma promoção para uma servidora. O caso foi descoberto e, além de responder à justiça, ela foi exonerada do cargo que ocupava no setor administrativo da Secretaria de Saúde de Itajaí.
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Em Itajaí, G.C.C.C.O, de 34 anos, ocupava o cargo de diretora de atenção da saúde. Ela foi admitida como cargo comissionado em setembro deste ano, recebendo o salário de R$ 9.380,87. A exoneração ...
Em Itajaí, G.C.C.C.O, de 34 anos, ocupava o cargo de diretora de atenção da saúde. Ela foi admitida como cargo comissionado em setembro deste ano, recebendo o salário de R$ 9.380,87. A exoneração foi publicada no Jornal do Município de quarta-feira.
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A Polícia Civil cumpriu a ordem judicial de busca e apreensão na manhã de quarta-feira. A mulher, que era diretora da saúde, ligava para a pasta se passando pela ministra de Saúde prometendo repasse de verbas ao governo do estado e às secretarias municipais em troca de favores.
Segundo a DEIC, em Santa Catarina esse repasse aconteceria se a entidade ajudasse uma servidora da pasta da saúde, colocando a servidora para um cargo com salário maior.
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Este não é o primeiro golpe da estelionatária. Ela já responde pelo mesmo crime nos estados de Goiás e Rondônia.
Em nota, o município de Itajaí informou que recebeu na tarde de quarta-feira um ofício da Polícia Civil sobre o caso e imediatamente exonerou a servidora. A prefeitura não informou como ocorreu a contratação dela e se ela apresentou documentos falsos para conseguir o cargo comissionado na área da saúde.
Fraude em Goiás
Em Goiânia, ela foi investigada por apresentar diplomas de graduação e pós-graduação falsos. Ela se dizia formado em Enfermagem pela Universo em Goiás em 2011, quando tinha 23 anos. Em 2015, teria terminado uma especialização em ginecologia e obstetrícia na FacUnicamps.
As duas instituições negaram, à época, que ela tivesse concluído curso nas unidades de ensino superior.
Mesmo sem formação, ela conseguiu com os diplomas falsos uma carteira profissional no Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) e ocupou cargos em três hospitais de Goiânia entre 2019 e 2021. Na época, um procedimento administrativo foi aberto para apuração.