Crime ambiental
Trinca-ferros, coleirinhos, sabiás e outros passarinhos silvestres são resgatados de cativeiro
Flagra foi de cerca de 130 pássaros em gaiolas
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Dezenas de pássaros da fauna nativa catarinense foram resgatadas pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) e Polícia Militar, na última semana, em Santo Amaro da Imperatriz, na região metropolitana de Florianópolis. A ocorrência foi atendida após denúncias de maus-tratos aos animais.
Entre as espécies estavam Trinca-ferro, Corrupião, Polícia Inglesa do Norte, Tico-tico, Canário-da-terra, Coleirinho, Pintassilgo, Saíra-sete-cores, Saíra-militar, Sairão, Saíra-tucano, Gaturamo, Sanhaço-frade, Tangará-dançarino, Sanhaço-de-encontro-amarelo, Tacelão, Azulão, Gaturamo-grande, Ferro-velho, Tiziu, Gaturamo-rei, Saíra-preciosa, Saí-azul, Canário-assobio e Saíra-sindra. As aves foram levadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), que fica no Parque Estadual do Rio Vermelho administrado pelo IMA, em parceira com o Instituto Espaço Silvestre.
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As espécies traficadas, geralmente aves coloridas, costumam chamar a atenção pela beleza e pelo canto bonito. Somente em 2023, o IMA recebeu 187 aves de apreensões em Santa Catarina. Na maioria dos resgates, as aves dão entrada no Cetas muito debilitadas, doentes, ou já mortas. Isso porque os animais vêm de gaiolas sujas, cheias de restos de fezes e fungos, muitas vezes compartilhando o espaço com diversas outras aves, num nível alto de estresse.
“Ao chegarem no Cetas, todas as aves passam por triagem, avaliação clínica, marcação para identificação individual e são destinadas para os recintos onde vão iniciar o processo de reabilitação ou para o setor da veterinária, quando apresentam alterações clínicas”, explica a gerente de Biodiversidades e Florestas do IMA, Ana Veronica Cimardi.
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A captura, o comércio e a posse de aves silvestres são considerados crimes ambientais, com pena de detenção de seis meses a um ano, e multa. As denúncias podem ser realizadas pela Ouvidoria do governo de Santa Catarina.