Região
Setor náutico quer criar cursos para capacitação
Objetivo é atender a demanda com formação de mão de obra especializada
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
A indústria náutica e naval no Brasil está vivendo um momento de crescimento, gerando mais de 100 mil empregos, conforme relatórios da Associação Brasileira de Barcos e Seus Implementos (Acobar).
Para atender a essa demanda e fortalecer o setor na região da Amfri, o Sindicato das Indústrias da Construção Naval de Itajaí e Navegantes (Sinconavin) assumiu a iniciativa de criar um comitê dedicado à qualificação e capacitação de profissionais.
Paulo Santana Neto, presidente do sindicato, explicou que iniciativas foram estabelecidas, incluindo a colaboração com o Senai e das secretarias de Desenvolvimento Econômico de Navegantes e Itajaí.
A última reunião do comitê, na semana retrasada, reuniu representantes de recursos humanos das empresas e especialistas. Durante o encontro, foram elencadas agendas que visam a concepção de um programa de capacitação. Nesse processo, a equipe do Senai terá participação especial.
Paulo Santana Neto adiantou que o comitê planeja se reunir regularmente para elaborar um cronograma de ações. Dentre os participantes, estão representantes de estaleiros, do Sistema S e do poder público de Itajaí e Navegantes. Empresas como INC, Naveship, Keppel, Detroit, Azimut, Okean e Consórcios Águas Azuis também integram o comitê.
O objetivo é implementar um programa voltado à qualificação de eletricistas, soldadores, montadores e outras funções com alta demanda. “Junto com o Sistema S e outras instituições, planejamos disponibilizar cursos. Nossa demanda mais crítica é por profissionais para a indústria naval”, acrescentou.
Um dos estaleiros atuantes no comitê é a Indústria Naval Catarinense (INC), sediada em Navegantes. A empresa, que possui capacidade de processar 100 toneladas de aço mensalmente, emprega diretamente cerca de 300 pessoas e indiretamente mais de 500. Especializada na construção e reparo de embarcações de serviços, lanchas e rebocadores, a INC também tem demanda permanente de mão de obra qualificada.