ITAJAÍ

Cordeiros tem surto de infecções da “doença do jardineiro”

Micose afeta humanos e animais; gatos são transmissores; saiba como prevenir

Sete casos positivos em humanos foram confirmados no bairro Cordeiros neste ano (Foto: Arquivo/João Batista)
Sete casos positivos em humanos foram confirmados no bairro Cordeiros neste ano (Foto: Arquivo/João Batista)
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Itajaí está sob alerta de casos de esporotricose, um tipo de micose conhecida como “doença do jardineiro” que atinge pessoas e animais domésticos e que tem o gato como principal transmissor nas cidades. A situação é classificada como surto diante do aumento do número de casos positivos de fungos em gatos e humanos no ano passado e de novos casos neste ano. O caso mais preocupante é o do bairro Cordeiros.

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Em 2022, a Vigilância Epidemiológica de Itajaí registrou, entre 15 notificações, nove casos positivos em humanos, sendo sete casos no bairro Cordeiros, onde está caracterizado surto da ...

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Em 2022, a Vigilância Epidemiológica de Itajaí registrou, entre 15 notificações, nove casos positivos em humanos, sendo sete casos no bairro Cordeiros, onde está caracterizado surto da doença. Os outros dois casos positivos foram nos bairros Brilhante e São Vicente. Neste ano, até o dia 13, já foram quatro positivados, dois em investigação e um descartado.

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Os casos da doença em animais também motivaram o alerta. De junho de 2022 até esta semana, a Vigilância Epidemiológica confirmou 43 casos da doença em gatos e dois em cães. A Secretaria de Saúde esclareceu que monitora os casos positivos e que tem adotado medidas de controle. A situação do Cordeiros é acompanhada por profissionais do município.

Conforme a pasta, desde 2019, quando teve o primeiro caso de esporotricose, os médicos veterinários foram orientados sobre a doença, a coleta de amostras e o tratamento dos animais. Outra ação preventiva foi de orientação aos profissionais de saúde que atuam na região onde os casos foram registrados.

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“Visitas domiciliares são realizadas pela médica veterinária da Gerência de Controle de Zoonoses e há a busca ativa ao redor dos casos positivos além da orientação de moradores sobre as medidas de prevenção”, informa a secretaria.

A “doença do jardineiro” é de notificação obrigatória em Santa Catarina desde 2021. O fungo causador da doença está presente no solo, em palhas, plantas, espinhos e madeiras, podendo ocorrer no ambiente urbano ou rural. A doença é a maior infecção por animais do mundo e atualmente é considerada uma hiperendemia na cidade do Rio de Janeiro (RJ).

 

Como ocorre a infecção

As pessoas geralmente pegam a doença no contato do fungo na pele ou mucosa por meio de um ferimento decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira contaminados.

A transmissão também pode ocorrer no contato com vegetais em decomposição e por arranhões ou mordidas de animais doentes. O gato é o transmissor mais comum aos humanos em áreas urbanas.

Quando um gato é diagnosticado com a doença em estágio inicial, é possível a cura. Mas caso o animal morra, o corpo precisa ser cremado pra que a doença não se espalhe pelo solo.

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Como identificar os sintomas?

Nos felinos

Os sinais mais comuns são feridas profundas na pele, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam crescer rapidamente.

Em humanos

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Normalmente a infecção é benigna, com lesões apenas na pele, mas há casos em que ela se espalha pelo sangue e atinge ossos e órgãos internos. O período de incubação pode levar de sete a 30 dias, podendo chegar até seis meses após a infecção.

Os sintomas variam conforme a forma de manifestação, se na pele ou em órgãos internos.

O mais comum é primeiro aparecer um pequeno caroço doloroso, parecido com uma picada de inseto, que pode ser na cor vermelha, rosa ou roxa e ter ou não pus. Geralmente a lesão aparece no dedo, na mão ou no braço.

Nos casos mais graves, a infecção pode atingir os pulmões, provocando febre, tosse, falta de ar e dor ao respirar.

Como prevenir?

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Usar luvas e roupa de manga comprida no trabalho com terra/jardinagem

Evitar contato com animais de rua e desconhecidos

No caso de arranhões por lascas de madeira ou por gatos, lavar o local afetado com água corrente e fazer compressas constantes com água quente

Cuidar pra que crianças não brinquem com animais perto do rosto, prevenindo casos da doença nos olhos

Tratar e não abandonar animais com suspeita da doença

Manter os pets sem acesso à rua e evitar contato com outros animais

Castrar os animais para evitar brigas

Evitar levar terra e outros materiais da rua para os animais de casa

Animais mortos pela doença devem ser cremados

Saiba mais

Doença do jardineiro

Os primeiros casos foram registrados em plantadores de rosa nos Estados Unidos, no século 19. Inicialmente, a doença afetava quem lidava diretamente com a terra e plantas, no meio rural. A infecção tem cura em humanos e animais, com o tratamento correto. Em Itajaí, tutores de pets podem tirar dúvidas sobre cuidados com a Gerência de Controle de Zoonoses pelo (47) 3249-5571.-5571.




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