Em 2022, a Vigilância Epidemiológica de Itajaí registrou, entre 15 notificações, nove casos positivos em humanos, sendo sete casos no bairro Cordeiros, onde está caracterizado surto da doença. Os outros dois casos positivos foram nos bairros Brilhante e São Vicente. Neste ano, até o dia 13, já foram quatro positivados, dois em investigação e um descartado.
Continua depois da publicidade
Os casos da doença em animais também motivaram o alerta. De junho de 2022 até esta semana, a Vigilância Epidemiológica confirmou 43 casos da doença em gatos e dois em cães. A Secretaria de Saúde esclareceu que monitora os casos positivos e que tem adotado medidas de controle. A situação do Cordeiros é acompanhada por profissionais do município.
Conforme a pasta, desde 2019, quando teve o primeiro caso de esporotricose, os médicos veterinários foram orientados sobre a doença, a coleta de amostras e o tratamento dos animais. Outra ação preventiva foi de orientação aos profissionais de saúde que atuam na região onde os casos foram registrados.
Continua depois da publicidade
“Visitas domiciliares são realizadas pela médica veterinária da Gerência de Controle de Zoonoses e há a busca ativa ao redor dos casos positivos além da orientação de moradores sobre as medidas de prevenção”, informa a secretaria.
A “doença do jardineiro” é de notificação obrigatória em Santa Catarina desde 2021. O fungo causador da doença está presente no solo, em palhas, plantas, espinhos e madeiras, podendo ocorrer no ambiente urbano ou rural. A doença é a maior infecção por animais do mundo e atualmente é considerada uma hiperendemia na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Como ocorre a infecção
As pessoas geralmente pegam a doença no contato do fungo na pele ou mucosa por meio de um ferimento decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira contaminados.
A transmissão também pode ocorrer no contato com vegetais em decomposição e por arranhões ou mordidas de animais doentes. O gato é o transmissor mais comum aos humanos em áreas urbanas.
Quando um gato é diagnosticado com a doença em estágio inicial, é possível a cura. Mas caso o animal morra, o corpo precisa ser cremado pra que a doença não se espalhe pelo solo.
Continua depois da publicidade
Como identificar os sintomas?
Nos felinos
Os sinais mais comuns são feridas profundas na pele, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam crescer rapidamente.
Em humanos
Continua depois da publicidade
Normalmente a infecção é benigna, com lesões apenas na pele, mas há casos em que ela se espalha pelo sangue e atinge ossos e órgãos internos. O período de incubação pode levar de sete a 30 dias, podendo chegar até seis meses após a infecção.
Os sintomas variam conforme a forma de manifestação, se na pele ou em órgãos internos.
O mais comum é primeiro aparecer um pequeno caroço doloroso, parecido com uma picada de inseto, que pode ser na cor vermelha, rosa ou roxa e ter ou não pus. Geralmente a lesão aparece no dedo, na mão ou no braço.
Nos casos mais graves, a infecção pode atingir os pulmões, provocando febre, tosse, falta de ar e dor ao respirar.
Como prevenir?
Continua depois da publicidade
|
Usar luvas e roupa de manga comprida no trabalho com terra/jardinagem
|
Evitar contato com animais de rua e desconhecidos
|
No caso de arranhões por lascas de madeira ou por gatos, lavar o local afetado com água corrente e fazer compressas constantes com água quente
|
Cuidar pra que crianças não brinquem com animais perto do rosto, prevenindo casos da doença nos olhos
|
Tratar e não abandonar animais com suspeita da doença
|
Manter os pets sem acesso à rua e evitar contato com outros animais
|
Castrar os animais para evitar brigas
|
Evitar levar terra e outros materiais da rua para os animais de casa
|
Animais mortos pela doença devem ser cremados
|
Saiba mais
Doença do jardineiro
Os primeiros casos foram registrados em plantadores de rosa nos Estados Unidos, no século 19. Inicialmente, a doença afetava quem lidava diretamente com a terra e plantas, no meio rural. A infecção tem cura em humanos e animais, com o tratamento correto. Em Itajaí, tutores de pets podem tirar dúvidas sobre cuidados com a Gerência de Controle de Zoonoses pelo (47) 3249-5571.-5571.