Terceirizados da prefeitura abandonam na rua doguinho que foi acolhido
Entidade explica que a devolução de animal reabilitado ao local de origem faz parte do procedimento padrão
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Grupo terceirizado presta serviço para a prefeitura de Camboriú
(foto: divulgação)
Vídeo nas redes GOR largando animal
(Foto: Reprodução)
Um vídeo das câmeras de segurança que circula pelas redes sociais após denúncia numa página no Facebook mostra uma guarnição do Grupo de Operações e Resgate (GOR), de Camboriú, largando um cãozinho na rua Antônio Marcos de Souza Mafra, no bairro do Rio do Meio. O episódio foi denunciado como um suposto abandono do animal pelos agentes, o que a entidade contesta.
Continua depois da publicidade
O caso foi na terça-feira e as imagens se espalharam em grupos de WhatsApp após a publicação no Facebook. No vídeo, dois agentes em uma viatura aparecem deixando o cãozinho. Vizinhos que ...
Já tem cadastro? Clique aqui
Quer ler notícias de graça no DIARINHO? Faça seu cadastro e tenha 10 acessos mensais
Ou assine o DIARINHO agora e tenha acesso ilimitado!
Faça login com o seu e-mail do Google:
OU
Se você já tem um login e senha, por favor insira abaixo:
O caso foi na terça-feira e as imagens se espalharam em grupos de WhatsApp após a publicação no Facebook. No vídeo, dois agentes em uma viatura aparecem deixando o cãozinho. Vizinhos que presenciaram a cena questionaram a guarnição. Os agentes teriam explicado que o cão foi resgatado doente, passou por cuidados mas, como o grupo não pode ficar com o animal, ele foi devolvido no mesmo local. O animal parece meio perdido e ainda se atravessa na frente da viatura antes do carro partir.
Continua depois da publicidade
Em nota, a Fundação do Meio Ambiente (Fucam) informou que “irá apurar os fatos e tomar as devidas providências”. O GOR é uma entidade que atua no atendimento emergencial de animais e no resgate de vítimas de maus-tratos. Em Camboriú, o grupo presta serviço terceirizado pra prefeitura há cerca de dois anos e conta com um base fixa desde 2022 junto à Fucam. A sede do grupo fica em Tijucas.
Continua depois da publicidade
O presidente do GOR, Pedro Henrique da Silva, explica que é usual devolver o animal no mesmo local do resgate após a reabilitação porque a instituição não funciona como um abrigo de animais. As guarnições usam um aplicativo com as coordenadas do local, que indica dados como data, hora e endereço, pra registro do resgate e posterior devolução.
No caso de cachorro atropelado ou doente, o animal é levado para a base do GOR, onde é atendido por médico veterinário e fica até a reabilitação completa. “Posteriormente à reabilitação, ele vai ser solto no mesmo local em que foi pego”, informa Pedro, destacando que o procedimento é o mesmo em todas as cidades em que o grupo trabalha.
“Em todos os municípios que o GOR atua é assim, uma vez que o GOR não é abrigo, não vai se tornar abrigo e é contra abrigos de animais, porque se torna um acúmulo de animais e é um caso de saúde pública também”, defende. “Muitas pessoas não concordam, porém, é a única forma de a gente conseguir trabalhar”, considera.
Até três resgates por dia
Pedro comenta que o grupo faz, em média, de dois a três resgates por dia na cidade. “Se a gente ficar com todos esses animais, daqui 30 dias eu vou ter 90 animais. Teria que ter uma fazenda gigante, estrutura financeira e física pra manter tudo isso”, ressalta.
Conforme ainda esclareceu, os únicos animais que ficam apreendidos com o grupo até a doação são os animais vítimas de maus-tratos resgatados de residência em ação com a Polícia Militar ou com ordem judicial. “Se tu tiras o animal da residência, ele não sabe se virar na rua. É diferente de um cão comunitário”, argumenta.
Sobre a denúncia em Camboriú, Pedro informa que não houve notificação pela Polícia Ambiental nem pela prefeitura. Ele adiantou que os advogados da entidade iriam entrar com uma ação contra o responsável da página do Facebook que divulgou o vídeo alegando danos morais à instituição. Um pedido de liminar também seria feito pra derrubar o vídeo.
Continua depois da publicidade
Mutirão de castração vai atender 150 pets
Tutores devem fazer cadastro prévio pela internet
Em Camboriú, a Fucam tem reforçado as ações de resgate, castração e de adoção de animais recolhidos das ruas ou vítimas de maus-tratos dos tutores. A castração em massa é vista como solução para o abandono de animais pelas ruas, conforme o GOR.
Continua depois da publicidade
Na próxima semana, o bairro Tabuleiro recebe um mutirão de castração, nos dias 20 e 21 de março. O serviço ofertado pela Fucam vai atender tutores previamente cadastrados e será no pátio da Igreja Nossa Senhora Aparecida, na rua Guaraparim, 304, a partir das 8h, nos dois dias.
Serão atendidos 150 pets, entre cães e gatos. Na ocasião, será feita cirurgia e a medicação pós-operatório. Serão castrados animais cujos tutores fizeram cadastro prévio on-line. O procedimento é feito por uma equipe de veterinário e auxiliares, no CastraMóvel. Entre janeiro e fevereiro, o serviço já atendeu 50 pets, segundo o município.
Acredito que deixar o animal, após reabilitação, no mesmo local, sem identificar o dono não é a solução do problema, pois além de estimular pessoas que não estão cientes do problema a abandonarem animais na via pública, pois podem pensar, se o órgão GOR abandona eu também posso, então passa a ser um péssimo exemplo. O que deveria ser feito, seria identificar o dono, ou encaminhar o animal para uma Ong com a finalidade de promover a doação do cachorro e não colocar o animalzinho em risco de atropelamento, ou ainda, poder sofre maus tratos ou passar fome e sede...existem soluções, mas a adotada pelo GOR com certeza não é a melhor.
Somente usuários cadastrados podem postar comentários.
Dando seu ok, você está de acordo com a nossa Política de Privacidade e com o uso dos cookies que nos permitem melhorar nossos serviços e recomendar conteúdos do seu interesse.