Apoiadores do candidato a deputado federal Samuca Chang (Podemos), de Itajaí, teriam sido agredidos por militantes do candidato a governador e senador Jorginho Mello (PL) durante uma passeata a favor de Jorginho na tarde de quinta-feira, em Itajaí. O caso foi denunciado pela campanha de Samuca, que é ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL).

Segundo a assessoria do candidato do Podemos, parte da confusão rolou após um dos apoiadores de Samuca questionar Jorginho sobre o apoio do senador na base do governo Dilma Rousseff (PT), quando ela ainda era presidente da República. Uma foto trazida pelo apoiador de Samuca mostrava Jorginho num palanque na campanha de Dilma.

Ao abordar o candidato ao governo, o rapaz relatou que teve o celular jogado no chão por um assessor de Jorginho, conforme a denúncia. O boletim de ocorrência narra que a vítima estava filmando, o assessor bateu no celular, derrubando o aparelho e quebrando a tela.

Outros apoiadores de Samuca questionaram, em meio à manifestação, o uso do fundo eleitoral. Isso teria provocado uma nova agressão por parte de integrantes da passeata, desta vez contra outro apoiador do candidato a deputado. A vítima denunciou que foi golpeada com uma placa e derrubada no chão, sofrendo um sangramento no tornozelo.

Os dois casos, envolvendo um rapaz de 19 e outro de 20 anos, foram relatados em boletim de ocorrência registrado no fim da tarde de quinta-feira na Central de Plantão Policial. A passeata de Jorginho começou na rua Brusque, onde teriam ocorrido as agressões, e circulou pelas ruas do centro.

Os apoiadores de Samuca acompanharam o movimento para fazer perguntas ao candidato a governador. “É um absurdo. Essa turma que quer governar nosso estado? Não é possível que uma simples pergunta seja respondida com violência. Jorginho apoiou Dilma e vai ter que explicar isso ao catarinense”, comentou Samuca sobre o caso.

Contraponto

A assessoria da campanha do candidato Jorginho negou que tenha ocorrido agressões e informou que também não houve nenhuma confusão com os militantes do MBL. A alegação é de que eles teriam sido chamados pelo candidato a deputado para questionar o senador no ato de campanha. A assessoria ainda avaliaria a divulgação de uma nota oficial sobre o caso no fechamento desta edição.