CICLONE

Ventos de até 132 km/h deixam rastro de destruição na região

Vendaval provocou apagão, destelhamentos e quedas de árvores e placas. Entre terça e quarta choveu quase o esperado pro mês inteiro

Galhos, árvores e materiais lançados sobre a fiação deixaram quase 200 mil unidades consumidoras sem energia 
(foto: divulgação)
Galhos, árvores e materiais lançados sobre a fiação deixaram quase 200 mil unidades consumidoras sem energia (foto: divulgação)
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Os fortes ventos que atingiram a região na quarta-feira chegaram ao pico de 132 km/h às 8h30 na estação meteorológica do molhe de Itajaí e causaram estragos nas 11 cidades da Amfri. O vendaval provocou apagão, suspendeu serviços públicos, destelhou casas, danificou escolas e postos de saúde e derrubou árvores, postes e placas. Os municípios de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Itajaí, Navegantes, Penha, Porto Belo, São João do Itaperiú e Barra do Sul vão decretar situação de emergência pelos estragos provocados pelo ciclone.

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A região também sofreu com alagamentos pontuais de ruas e casas pelo volume de chuva. Conforme medição da Defesa Civil de Itajaí até às 16h de quarta-feira, foram 80 milímetros de chuva ...

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A região também sofreu com alagamentos pontuais de ruas e casas pelo volume de chuva. Conforme medição da Defesa Civil de Itajaí até às 16h de quarta-feira, foram 80 milímetros de chuva registrados em 24 horas, quantidade perto da esperada para o mês inteiro. Entre sábado e às 7h de quarta-feira, o total foi de 119 mm em Itajaí, 151 mm em Balneário e 124 mm em Camboriú, segundo o monitoramento da Univali.

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Os municípios de Balneário, Camboriú, Navegantes, Penha e Piçarras abriram abrigos pra famílias atingidas por destelhamentos ou alagamentos. Mas até fim do dia não havia informações de desalojados ou desabrigados na região. Em Penha, foi decretada situação de emergência, e em Camboriú teve alerta de transbordamento do rio Camboriú.

Segundo o coordenador Regional de Defesa Civil, Daniel Bazanella Cardoso, as principais ocorrências foram relacionadas à ventania, com destelhamentos, rompimentos de fiação da rede elétrica e quedas de árvores e placas. Ele informou que as coordenadorias de cada município da região ainda levantavam o prejuízo, sendo priorizado o trabalho de socorro junto com as equipes da Celesc e dos Bombeiros.

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Os estragos foram provocados pela passagem de um ciclone extratropical que atinge Santa Catarina, com rajadas de vento em torno de 90 km/h e picos acima dos 100 km/h. Galhos, árvores e materiais lançados sobre a fiação da rede pública deixaram quase 200 mil unidades consumidoras sem energia no estado.

A região de Itajaí, com mais de 220 mil casas afetadas, foi a mais prejudicada com o apagão. Até o fim da tarde, 50 mil unidades consumidoras ainda permaneciam sem luz na região, com Navegantes, Camboriú e Bombinhas entre as cidades com mais endereços às escuras. A Celesc informou que 230 equipes trabalharam no estado pra restabelecer os serviços.

A Defesa Civil estadual registrava 10 famílias desabrigadas e 17 desalojadas em Santa Catarina até a tarde de quarta-feira, nas cidades de Nova Veneza, Jaguaruna, Morro da Fumaça e São Francisco do Sul. Ao menos 32 municípios registraram ocorrências ligadas à passagem do ciclone, entre alagamentos, quedas de árvores e deslizamentos. Kits de ajuda estão sendo distribuídos aos municípios conforme as solicitações das prefeituras.

Os maiores índices de chuva em 24 horas foram registrados em Schroeder (200 mm), Florianópolis (195 mm) e Joinville (164 mm). Na região, o pico de volume foi de 158 mm em Bombinhas e de 145 mm em Porto Belo, acima do nível esperado para o mês inteiro.

Cerca de 220 mil endereços sem energia

Na noite de quarta, cerca de 40 mil pessoas ainda sem luz

Na noite de quarta, cerca de 40 mil pessoas ainda sem luz (foto: leitor)

 

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O ciclone que atingiu em cheio a região na quarta-feira, com rajadas de ventos de mais de 130km, afetou a linha de abastecimento da Celesc, chegando a deixar 220 mil unidades consumidoras sem luz nos municípios da Amfri. Às 21 horas desta quarta-feira ainda faltava luz em regiões de Itajaí,  como Cordeiros, e na praia dos Amores, em Balneário Camboriú. Eram cerca de 40 mil unidades ainda sem luz.

Segundo o gerente Regional da Celesc, Pedro Molleri, o sistema só deve ser recomposto no final de quinta-feira. “O maior pico de falta de energia foi por volta das 11h, quando ficamos com 220 mil unidades sem energia”, explica Pedro.

  “Os maiores problemas encontrados foram postes caídos, árvores e muita sujeira na rede. As cidades mais afetadas foram Itapema, Balneário Camboriú, Camboriú, Piçarras e Itajaí”, comenta. 

 

“Para os próximos dias teremos períodos mais nublados e outros com sol. Chance de chuvisco isolado” - Sergey de Araújo, climatologista

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Sol volta entre nuvens 

Após os picos mais fortes pela manhã, as rajadas de vento perderam força à tarde, assim como houve diminuição das chuvas, com o afastamento do ciclone para o alto mar. A previsão da coordenadoria região da Defesa Civil é que a região volte a um cenário de “normalidade” nesta quinta-feira, com a situação ainda em monitoramento.

Segundo o laboratório de Climatologia da Univali, o deslocamento do ciclone para o mar leva junto as áreas de instabilidade, melhorando o tempo a partir desta quinta-feira. A previsão é de períodos de sol, intercalados com maior nebulosidade, até domingo na região, se mantendo a chance de chuva fraca de forma isolada. Para sábado e domingo, há condição de nevoeiros.

As temperaturas mínimas devem ficar entre 10 e 14°C e as máximas entre 18/22°C na região. Há condição de geada nas regiões serranas do estado até sábado.

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No mar, as ondas diminuem nas praias da região, com séries de até 2,5 metros nesta quinta e sexta-feira, com tendência de baixa para o fim de semana. Os ventos também perdem intensidade, indo de calmaria a vento suave. Para esta quinta-feira, ainda podem ocorrer rajadas até 45 km/h, segundo previsão da Epagri/Ciram pro litoral norte.




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