Tragédia
Policial ‘hipster da Federal’ é morto em Goiás
Lucas teria invadido fazenda aos gritos dizendo que na casa havia um demônio
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]




O agente da Polícia Federal Lucas Valença, de 36 anos, conhecido como “hipster da Federal”, morreu na noite de quarta-feira após levar um tiro de espingarda, dentro de uma fazenda em Buritinópolis, Goiás.
De acordo com boletim de ocorrência, Lucas invadiu a fazenda Santa Rita aos gritos de que na propriedade havia um demônio. Ele desligou a energia do local e arrombou a porta.
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O dono da fazenda, de 25 anos, contou que estava em casa com a mulher e a filha quando ouviu barulho do lado de fora - uma gritaria com diversos xingamentos, falando que naquela casa havia um demônio. Em seguida, viu Lucas desligando a energia e arrombando a porta da casa. O dono alega que tentou mandar o policial embora.
Com medo, o dono da casa diz que disparou a espingarda contra o invasor. Ao religar a energia, ele percebeu que havia atingido Lucas Valença no peito. O agente da PF morreu no local e o proprietário acionou a Polícia Militar de Goiás.
Valença ganhou fama nacional depois de escoltar políticos presos pela Operação Lava Jato. Na época, pelo estilo de cabelo, em coque, e pela barba comprida, foi apelidado na internet de “hipster da Federal”.
Lucas nasceu em Goiás, mas morava em Brasília. Ele ficou conhecido em 2016 ao aparecer escoltando o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), condenado na Operação Lava Jato.
O último caso emblemático do policial foi a caçada ao criminoso Lázaro Barbosa, em Cocalzinho, em junho de 2021. Ele estava entre os 270 policiais do DF que fizeram parte da megaoperação.
Redação DIARINHO
Reportagens produzidas de forma colaborativa pela equipe de jornalistas do DIARINHO, com apuração interna e acompanhamento editorial da redação do jornal.